31.12.09

Balanço das metas de 2009

Chega aquele dia do ano que tá todo mundo criando novas metas pra não cumprir no ano seguinte, mas eu ainda tenho que prestar contas comigo, com vocês, com os bytes para saber se alcancei ao menos uma das metas que postei aqui no primeiro dia desse ano. As metas em negrito foram as que eu cumpri. E as em itálico, que eu não cumpri.

1. Praticar exercícios físicos.
Olha, eu não fiz academia e muito menos pratiquei algum esporte. Mããããs eu posso dizer que o meu preparo físico melhorou depois de tanto subir a ladeira (muito tensa) do pensionato onde eu morava. Sem contar que também passei boa parte do primeiro semestre indo a pé para a UFSC e eu demorava uns 25 minutos andando e ainda tinha que ficar subindo e descendo morro (amo a geografia de Floripa... ). Considero que alcancei metade dessa meta.

2. Aprender a cozinhar.
Aprender a cozinhar eu aprendi, aqui mesmo em São Luís, antes de me mudar. O básico eu sei fazer, carne, farofa, vinagrete, a teoria do arroz... A questão é que em Floripa eu nuuunca cozinho. Além de morrer de preguiça, existe o restaurante universitário custando 1 real e cinquenta, né?

3. Não desviar do foco do curso de Jornalismo e da vontade que eu tenho de estudar Letras.
A questão é que eu nem sonhando quero estudar Letras! hahaha. E tudo o que eu não tive em 2009 foi foco. Portanto, meta nada cumprida.

4. Arranjar um emprego.
Fail. Não arranjei um emprego, nem bolsa na universidade, nem nada. Teriam surgido algumas oportunidades, mas depois eu comecei a achar que não tava na minha hora.

5. Melhorar o meu inglês e pensar em aprender outra língua.
Pensar em aprender outra língua eu penso o tempo todo, mas só penso também. Principalmente porque o meu objetivo agora é aperfeiçoar meu inglês, coisa que não fiz esse ano, pra fazer meu intercâmbio em paz. Acho que não adianta começar outra língua agora, sendo que eu nunca cheguei a minha tão sonhada fluência no querido inglês.

6. Ser uma pessoa menos individualista.
Considerando que meu namorado me conheceu esse ano e me acha uma pessoa muito individualista, acho que eu não mudei nada..

7. Dar voz ao meu lado emocional.
Opa, essa eu cumpri! A melhor coisa que fiz foi me livrar de um relacionamento que não me fazia bem nenhum e encontrei um namorado perfeito tipo do meu lado!

8. Voltar a escrever no meu diário.
Só escrevi no meu diário quando eu passei aquele mês sem internet e já tava quase surtando em casa. Mas, considerando que antes eu escrevia no diário porque tinha que "contar" minhas coisas para alguém e que hoje não tenho mais nada a ver com aquela pessoa fechada ao extremo, acho que não existe tanta necessidade de continuar escrevendo o tempo inteiro sobre os meus sentimentos. Se bem que se eu comprasse um diário novo (não guento mais aquele caderno que uso há uns dois anos), poderia me empolgar a escrever mais..

9. Me preocupar mais com minha saúde.
Olha, quando eu aprensentei uns sintominhas de doença no segundo semestre, eu fiquei bem preocupada mesmo, mas nem fui ao médico porque foi numa época que eu estava sem plano de saúde. Aquele hospital universitário é uma loucura e eu não ia pagar uma consulta particular, né? Enfim, agora que o plano de saúde voltou estou indo a todos os médicos que não fui no ano inteiro e pronto. Ah, descobri que estou meio que com princípio de refluxo e, por isso, meu probleminha na garganta. Vou tomar remédio por duas semanas e maneirar no refrigerante (tenso!).

10. Ser menos preguiçosa.
Ainda continua difícil encontrar alguém mais preguiçosa que eu. Tenho melhorado um pouco, mas continuo sendo muuito. Meu namorado que o diga, né?

De dez metas, consegui cumprir só 3 e meia, que vergonha! Foi ainda pior que em 2008, quando cumpri 4 e meia. Por que eu crio tantas metas impossíveis? Hein, hein?

+ Amanhã posto as metas para 2010, mantendo a tradição.

29.12.09

Arrilia

subst. fem.: Em maranhês, é o mesmo que agonia, incômodo. Do verbo arriliar. Outros derivados: arriliado/arriliada/arriliante.

Arrilia é o que eu sinto quando vejo por aí o nome do meu blog escrito como And Make Me Smile. Porque ele é todo formado por palavras pequenas e fica muito estranho com todas as iniciais maiúsculas. Não que eu esteja reclamando de vocês, blogueiros queridos, que me linkam no próprio blog, mas o mundo seria mais feliz e o texto seria mais harmonioso se você escrevesse apenas And make me smile. Né?
Ah, claro que não estou pedindo que vocês todos mudem agora o link do meu blog, mas sabe como é... naquele dia que você estiver editando o blogroll, não custa dar aquela mudada (se lembrar de mim, é claro!).

+ Você sabe o que é marocar?

25.12.09

Uma carta, uma biografia, a história do Chile

"Paula" é mais um livro da Isabel Allende que começou com uma carta. O primeiro foi "A casa dos espíritos", sua primeira obra de ficção publicada, e que começou como uma carta para o avô da escritora que estava prestes a morrer. Já "Paula" começou como uma carta para sua filha. Ela sofria de uma doença hereditária chamada porfiria (distúrbio no metabolismo) e teve uma forte crise aos 28 anos, tão forte que entrou em coma. Isabel Allende resolve, incentivada por sua editora, escrever uma carta para a filha contando a história da família para se Paula perdesse parte da memória quando acordasse.

No livro, a autora conta a sua história desde o casamento dos seus avós até a sua própria união com o americano Willie, passando pelo governo de Salvador Allende (primo do pai de Isabel) no Chile, o exílio na Venezuela durante a ditatura militar de Pinochet, o período pós-ditadura, uma aventura extraconjugal na Espanha, sua carreira como jornalista, entre outros fatos. Dá pra aprender um pouco da história chilena, que é bem interessante, e também os costumes e a cultura desse povo. A Isabel também trata rapidamente de outros países da América Latina como a Argentina e a Venezuela, onde ela passou perrengues durante o exílio.

E, ao mesmo tempo que Isabel narra a história da família e a própria história, ela fala sobre a doença da filha. Como Paula foi parar no hospital, o que aconteceu lá, como era a rotina médica, quem eram os outros pacientes que ficavam na mesma enfermaria com ela, a transferência de Paula para os Estados Unidos (antes, ela estava em Madri) e, depois, para a casa de Isabel e Willie que tem vista para a baía de São Francisco. Isabel narra um rápido progresso de Paula e depois sua deterioração. E, nesse período, os dons clarividentes da família aparecem para a autora, que vê Paula todos os dias em seus sonhos e conversa com ela no nível espiritual.

É triste e muito emocionante acompanhar o sofrimento e o desespero de uma mãe que não queria perder tão cedo a filha querida, que tanto valoriza a família e que tem uma união muito forte com os parentes. A morte de Paula não é surpresa e, por isso, não deixa o livro triste demais.

+ E, ontem, conversando com papai ele me contou que no acidente de carro que ele sofreu, antes do carro capotou, ele sentiu uma tranquilidade tão grande, uma paz tão forte que ele parecia estar no paraíso.. e sentiu também que a mãe dele, já falecida, estava ao lado dele. Tem como não acreditar no que ele disse tendo terminado de ler Paula no mesmo dia? Nunca perdi ninguém tão próximo de mim, mas tenho certeza de que quando isso acontecer, a pessoa vai continuar viva em mim. Como Paula vive em Isabel Allende e como vovó vive ainda em papai.

22.12.09

(1,500) Days of Summer


Ontem assisti ao filme pela terceira vez e percebi que era a hora de falar sobre ele. No cinema, a história fica ainda mais emocionante e o som tem uma qualidade beeem melhor (óbvio) e isso faz toda uma diferença no filme, que tem uma trilha sonora incrível. Nas duas outras vezes, assisti pelo computador.

Tom (Joseph Gordon-Levitt) é um arquiteto frustrado que trabalha escrevendo cartões comemorativos e conhece Summer (Zooey Deschanel) na empresa. Ele se apaixona pela adorável secretária, que diz não acreditar no amor e não querer um compromisso sério. Ela não gosta de ser alguma coisa de alguém. Os dois passam um bom tempo tendo um relacionamento um tanto casual até que Summer sugere que eles parem de se ver. (Antes que alguém venha reclamar, isso não é spoiler. O trailer do filme já diz isso).


Sinceramente? O filme é muito amor e eu tinha que ver depois de tanta propaganda no tumblr. A história contada de maneira não-linear deixa tudo mais incrível, mas confunde um pouco. Teve coisa que eu só entendi bem na segunda vez que assisti. Tom e Summer têm ótimos momentos juntos. Tanto que você fica apaixonada pelo casal e não tem como ficar com raivinha dela por acabar com ele. Só perdoei porque é a Zooey Deschanel. O roteiro é muito, muito bom e ainda trás referências de O Retrato de Dorian Gray e The Graduate. E sobre a referência a The Graduate, criei uma teoria...


Cena de The Graduate que aparece em (500) Days of Summer

O filme é citado duas vezes: a primeira é quando o narrador apresenta Tom. O tal narrador onipresente com uma voz que me lembra o Deus de Todo Poderoso fala que o nosso querido mocinho acreditava que nunca ia achar a mulher da vida dele pela interpretação errada que fez do filme The Graduate. No dia que a Summer terminou o relacionamento, Tom a tinha levado para assistir esse filme no cinema e ela chorou muito, ficou desanimada. Mas Tom a forçou a sair com ele, ir no sebo, comer panquecas. Porque ele acabou forçando o fim do romance. Talvez ela estivesse num dia ruim, ou insegura. E, ao assistir ao filme, percebeu que era o Dustin Hoffman e talvez estivesse com a pessoa errada.

Talvez o Tom fosse a Mrs. Robinson e ela precisasse encontrar a sua filha da Mrs. Robinson. Talvez ela estivesse errada, por causa do dia ruim. Só que o Tom a forçou a conversar com ele e, talvez, de cabeça quente, ela terminou o namoro. E como era desapegada com as coisas de que gostava, pode ter se acostumado a viver sem ele rápido. E acabou casando com o cara aguado. Triste. Essa minha teoria ainda tá meio furada porque já faz um tempinho que assisti a The Graduate e quero rever pra poder falar com autoridade.

Sei que muita gente já assistiu a (500) Days of Summer, mas se ainda não viu, veja logo! Se não estreou na sua cidade (em Floripa, por exemplo), baixe pela internet. Vale à pena. E baixe também a trilha sonora. Fiz isso hoje e não consigo parar de escutar! Destaque para as músicas Hero (Regina Spektor), Vagabond (Wolfmother), There is a light that never goes out (The Smiths) e Us (também da Regina Spektor).

20.12.09

Casório

Ontem fui ao casamento da irmã do meu padrasto (ou cunhada da minha mãe) e acho que esse foi o primeiro casamento que fui já crescida. Lembro de ter ido ao do meu pai com minha ex-madrasta e o de uns amigos da minha mãe (que eram, na época, pai e madrasta da minha melhor amiga, mas isso é outra história). Fiz cabelo, estreei um vestido daqueles que a gente compra pra posteridade e a festa apropriada parece nunca acontecer, comi tanto que quase cheguei a passar mal, enfim... Agora só consigo pensar em duas coisas:

1) Faço essa linha durona de menina que não consegue chorar em filme algum, mas fiquei muito emocionada quando vi a noiva, que já é quarentona, andando em cima do tapete vermelho ao som da marcha nupcial. Sério, aconteceu toda aquela coisa de lágrimas nos olhos.

2) Como fotógrafos de cerimônias reagem à popularização das câmeras compactas? Fiquei com vontade de perguntar isso para o fotógrafo do casamento durante toda a noite. Como ser paciente com os convidados que acham que precisam tirar foto de tudo, que se acham os fotógrafos da noite? Eu mataria um por um com aqueles flashes enquanto eu, caso fosse profissional, estivesse fotogrando os noivos.

p.s.: Só a minha mãe tirou 325 fotos com a compacta dela.

17.12.09

Quase um show de Móveis

Comecei a gostar de Móveis Coloniais de Acaju em junho do ano passado e estava tudo bem até que um amigo meu da faculdade perguntou no Twitter se alguém queria ter o nome na lista para assistir ao programa de verão da MTV com o Lobão e Móveis. Animei na hora, porque finalmente conheceria alguma praia de Floripa e ainda assistiria ao show de uma banda que gosto. Só que, bem, o show era no dia depois da minha mudança. Saí daquele pensionato chato onde morava e agora divido um apartamento bem mais perto da UFSC com mais duas meninas.
Enfim, levei minhas coisas para a casa nova praticamente de madrugada, carreguei malas e caixas pesadas, já não tinha dormido bem a noite anterior porque tava arrumando minhas coisas, enfim... No dia de Móveis, acordei mais quebrada do que se tivesse passado 10 horas fazendo musculação e é claro que não tive disposição para ir a uma praia longe pra caramba e ainda ficar debaixo do sol. Então, por enquanto, o mais perto que cheguei de assistir a um show dessa banda foi no desenho feito pela Jana. Conseguem me achar?

Floripa - Rio - São Luís

Fiquei de férias já tem um tempinho, mas só hoje vim visitar parentes e amigos e a vida antiga aqui em São Luís. Rolou aquele desespero natural de perder o voo já que ele estava marcado para as 20hrs e eu teria que sair de casa em pleno horário de pico no trânsito. Felizmente cheguei ao horário (só porque os taxistas podem andar na faixa exclusiva dos ônibus entre as 18 e 20 horas). Começou a chover quando eu ainda estava no táxi e tava torcendo pro meu voo não atrasar. A viagem em si foi tranquila, mas em Floripa passei por dois #fail.


nº1 - Imprimi meus cartões de embarque naquelas maquininhas "modernas" com o e-Ticket e quando fui despachar a mala, o atendente da TAM simplesmente esqueceu de carimbar meu cartão. Descobri que precisava desse carimbo quando tava embarcando e já era a última chamada. Tive que voltar correndo pro balcão da empresa.

nº2 - O aeroporto de Floripa não tem aqueles corredores que nos levam da sala de embarque até a porta do avião. Muito menos aqueles ônibus que nos levam lá pra pertinho da aeronave como os grandes aeroportos do país. A gente sai da sala de embarque e anda um bucadinho até aquela escada que balanga mais que tudo nessa vida. Atendentes tinham que ficar abrindo guarda-chuva para cada pessoa que saía da sala de embarque e outro os recebia na porta da escada. Ao menos não pegávamos chuva, mas que era inusitado, era...

16.12.09

Como escrevo, José?

Agorinha tava lendo as últimas atualizações do blog Dois braços esquerdos, do Felipe Gutierrez (jornalista do Profissão Repórter e que veio para a palestra de encerramento da 8ª Semana do Jornalismo da UFSC). Lendo as palavras dele, percebi que o jeito que ele escreve no blog é muito parecido com o jeito que ele falou na palestra, com o jeito que ele demonstra no programa. E aí eu fiquei me perguntando se eu também consigo isso, de escrever mais ou menos do jeito que eu falo.
Sei que não escrevo aqui os "Oxe!" e "É o que, menino(a)?" que solto quando converso com alguém. Tava disposta a escrever esse post perguntando a opinião de vocês e lembrei que, dãr, ninguém me conhece pessoalmente. Fica a minha dúvida, então. E vocês não têm a chance de ler o que eu escrevo com todo meu sotaque maranhense (admiti que tenho sotaque, droga!).

13.12.09

Natal em Floripa

Quando eu conheci a Beira-Mar de Florianópolis, descobri o que era uma avenida bonita de verdade. Porque a Avenida Beira-Mar de São Luís não é bem desse estilo e a que mais se aproxima é a Litorânea, que também não corresponde ao padrão de prédios altos e belíssimos na frente da praia. A referência de Beira-Mar que eu tinha era a de Fortaleza e a de Maceió, mas nem se comparam a daqui. Aí mamãe resolveu se apaixonar pelo clima natalino só porque foi a New York há algum tempo e viu a cidade preparando a decoração. Ela começou a insistir que eu tirasse fotos do Natal daqui de Floripa. Nada que um passeio pela Beira-Mar e pelo Iguatemi não resolvesse.


Na Beira-Mar, pude conferir a árvore de natal bancada pela prefeitura e que custou 3,7 milhões de reais. Já tinham me dito que ela não era lá muito bonita, mas ela é totalmente decepcionante. Ainda mais por ter custado tão cara. De longe, ela não chama muita atenção porque não fica perto dos postes de iluminação e a luz que ela emite não é assim tão chamativa.


De perto, a árvore consegue ser ainda pior. Tive que aumentar o brilho da foto para que aparecesse algo aí. Fico imaginando como deve ser frustrante para os pais levarem os filhos pequenos para ver a tal árvore de perto e se depararem com isso. De dia, ela consegue ser ainda pior. Sem a iluminação, ela é de um verde morto e não aparece nada além de uns desenhos natalinos toscos.


O passeio ao menos foi salvo pela passagem dos caminhões de natal da Coca-Cola, com direito a trenó com Papai Noel safadinho acompanhado por duas Mamães Noel e musiquinha para dar aquele clima natalino. Só tinha visto esses caminhões uma outra vez há uns oito anos, em São Luís, quando passaram na porta da minha casa.


Da decoração do Iguatemi, só essa foto porque, apesar de caprichada, decoração de shopping é sempre tão parecida e sem nada de novo, né?

12.12.09

Quase um show de Jota Quest

Ganhei ingresso para uma festa de formatura do terceirão de uma escola daqui de Florianópolis. Tinha show do Jota Quest e eu sempre odiei o Rogério Flausino & Amigos, mas resolvi ir com o namorado mesmo assim. Afinal, seria uma boa oportunidade para colocar uma roupa bonita e sair de casa. O lugar era lá no Norte da Ilha. Pegamos carona e esperamos que nossos amigos chegassem para nos entregar os convites. E, bem, o traje era social, mas não sabíamos que a gravata era obrigatória. Meu namorado estava sem gravata e, para piorar, sem sapato social. Ele foi barrado. Não entramos. Com os convites em mãos. Já mencionei que estava chovendo e que meu cabelo já tinha virado farofa com tanta umidade no ar? Pois é. Saímos de lá e fomos tentar vender os ingressos. Conseguimos 20 reais por convite e o dinheiro deu exatamente para pagar o táxi de volta, ufa.

p.s.: Adivinha quem caiu da ladeira de casa quando tava saindo? Escorreguei porque a chuva tinha acabado de começar...
p.p.s.: Pelo menos não perdi nenhum grande show, né? (Fãs da banda, não me batam. Simplesmente não gosto e ponto).

10.12.09

Wonder wonder wonderfalls

Você aí que está de férias, já assistiu todos os episódios atrasados das tuas séries preferidas? Nem tá de férias ainda? Não importa. Wonderfalls é uma série de 2004 que só teve uma temporada e foi cancelada. Na verdade, só teve alguns episódios exibidos na Fox e depois do apelo dos fãs, os treze episódios da temporada foram lançados em dvd. Treze episódios vão embora rapidinho, assisti a todos eles em dois dias (momentos que só as férias proporcionam).
A série gira em torno da vida da Jaye Tyler (foto), 24 anos, formada em Filosofia e que trabalha numa loja de lembranças da cidade turística Niagara Falls. Como se ter uma família perturbada e uma vida meio fracassada, animais de brinquedo ou enfeite começam a falar com ela. Na verdade, mandam que ela realize algumas tarefas. O primeiro a falar com ela foi um leãozinho desse de cera (ok, não era esse exatamente, todos os leões que aparecem na série tem a cabeça deformada e esse está perfeito). Toda essa história de animais falantes pode parecer loucura, mas a série é super engraçada e é bem dinâmica, conta com questões familiares, romances e as tais tarefas da Jaye.
E, bom, vale à pena assistir à série mesmo que ela tenha sido cancelada na primeira temporada, porque o último episódio tem um certo fim. E que é muito bom, por sinal.

p.s.: Nessa comunidade do orkut, você encontra todos os links para fazer download dos episódios com legenda.

8.12.09

Mulherzinha

Nunca fui tão menininha a ponto de não abrir mão do salto alto ou pesquisar na internet tutoriais sobre como fazer a maquiagem perfeita. Não que eu tenha algum tipo de preconceito contra quem faz esse tipo de coisa, acho muito legal, na verdade. Simplesmente não me apetece e eu prefiro optar pela maquiagem simples que eu sei fazer. Isso quando eu faço. Porque por mais que eu seja a mais vaidosa entre eu, minha mãe e minha irmã, isso não é lá tão difícil (considerando que uma das únicas vezes em que mamãe realmente se maquiou foi no casamento com papai). Mas por que mesmo estou dedicando tantos caracteres à maquiagem?
Usei salto alto no último sábado. E essa ideia não foi muito boa. Não que o ônibus tenha sido problema, mas andei tanto indo pra casa de uma amiga, pro terminal, pela Lagoa, enfim. Não fez bolha, mas doeu pra caramba. Sofri de boca fechada, afinal, eu optei por aquele sapato. Foi desconfortável, mas valeu à pena. Sabe por que? Porque eu não usava salto alto desde, sei lá, fevereiro. E já tinha esquecido o poder que ganho com alguns centímetros a mais. Pior é que eu até entendo não ter usado essas sandálias quando ônibus e minhas pernas passaram a ser meu único meio de transporte. Mas por que mesmo as ignorei nas férias na Jamaica? E naquela semana que passei em São Luís?
(Ok, agora lembrei... não só usei salto na Jamaica, como pisei na areia com ele. Acho que dá pra ver como só faço escolhas inteligentes...)

5.12.09

Se eu tivesse uma irmã gêmea...

Lembro de um dia que, sem nada para fazer, eu e minha irmã (dois anos mais velha do que eu) paramos pra imaginar que queríamos ter um irmão mais velho pra tomar conta da gente e nos dar carona. Completei que eu queria ter uma irmã gêmea. Hoje eu não tenho a menor ideia do que me fez desejar isso um dia. Porque eu tenho a mania de não querer seguir os passos de ninguém. Nem da minha mãe, nem do meu pai, muito menos da minha irmã. Só tenho uma prima jornalista e não fui influenciada por ela na minha escolha profissional. Na verdade, eu já me sinto invadindo o campo da minha irmã (que faz Desenho Industrial/Design de Produto) quando eu tenho que usar o InDesign, diagramar, editorar, dar uma de diagramadora. Então se eu tivesse uma irmã gêmea, eu faria o possível para ser o mais diferente dela possível. Já ia ser mais que o suficiente ter a mesma aparência e o mesmo signo que a minha irmã, não queria ter a mesma personalidade e muito menos as mesmas habilidades e preferências.

Pauta para o Tudo de Blog

4.12.09

Acho que voltei

Porque não adiantou a experiência do primeiro semestre aqui em Floripa e o segundo também foi uma loucura. Já andava sumida com o blog e meu notebook ainda inventa de dar problema. Linhas brancas na tela. Eu tinha que achar uma posição que ela funcionasse e ainda ficar segurando com uma mão. Pense no que é diagramar uma página usando só uma mão - e sem mouse. A criaturinha aqui passou mais de um mês na assistência. Foram quarenta dias fazendo trabalhos nos computadores da UFSC ou dos amigos. Tive que fugir para o Sul da Ilha para escrever um ensaio, inclusive. O que importa é que fiquei de férias e no dia seguinte meu notebook estava pronto. Agora creio não ter mais motivos que justifiquem minha ausência aqui. Fico em Florianópolis até o dia 16, quando sigo para São Luís. Passar as festas de fim de ano com a família, sabe como é. No outro ano, sigo para a Jamaica (Caribe, me aguarde!) e de lá não sei o que faço da minha vida.
Ainda fico me perguntando se o calendário do ano que vem vai atrasar, já que o vestibular da UFSC foi adiado por causa do Enem. Enfim, acho que assunto também não me faltará, só espero não vir chorar minhas pitangas sobre os voos que perdi.

18.10.09

Vida de Gato, Clarah Averbuck

Quando meu namorado me perguntou sobre o que era o livro, pensei por um tempinho e respondi "História de uma mulher que levou um pé na bunda". Falei pouco, talvez na onda do twitter. Só sei que ele perguntou por que pessoas escrevem livros sobre isso e meio que riu.
Pensei melhor e vi que não dá pra resumir a história de Camila, a protagonista, como um simples pé na bunda. Quis ler pra ver se entendia o que leva uma mulher a passar tanto tempo sofrendo por um cara, a definhar por um amor que ela sabia que nunca tinha sido correspondido e, mesmo assim, se deixou iludir.
Acho engraçado alguém viver assim sem muita perspectivas, se deixando levar pelo dia-a-dia, acumulando dívidas no bar preferido... Porque acho engraçado tudo que me parece estranho. Como sentir frio nas mãos. Mas, por outro lado, gostava da Camila porque ela conquistava as amizades mais interessantes e inusitadas. Como o caixa do bar predileto que guardava os cartazes de filmes para ela.
No começo, você acha a protagonista uma louca. Como alguém vive sem dinheiro e ainda viaja por aí? Como gasta 100 reais numa bota e guarda 50 pra se sustentar por um bom tempo? Como alguém ocupa o apartamento de uma velhinha sem pagar aluguel há séculos? E a família dela, cadê?
Mas aí você se envolve com a história e com os pensamentos da Camila, já que o livro é narrado em primeira pessoa. Você começa a enxergar que nem todo mundo precisa do que você precisa pra viver. E que, dane-se, deixa a Camila viver do jeito felino que ela quer.

Clarah Averbuck escreve tão bem que você nem se incomoda com os palavrões. E ela têm umas frases, umas linhas de pensamento geniais. Rabisquei meu livro inteiro.

16.10.09

Aeroporto de Brasília, 15/10 às 23h10

Fico me perguntando por que viagens de avião não conseguem dar certo comigo. Depois dos voos conturbados tanto na ida quanto na volta da Jamaica, cheguei no horário para a viagem à São Luís. Sim, depois de sete meses, voltei à Ilha do Amor para ver alguns familiares e comer farinha de verdade com Guaraná Jesus, sabe como é. Estava tudo lindo até que sentei no avião que me levaria à Florianópolis. Comecei a ler o livro (Vida de Gato, Clarah Averbuck) que comprei numa promoção da Laselva por 7,90 e achei estranho o tanto de tempo que passamos parados no solo.
Até que o comandante começou um aviso falando que estava tudo pronto para a decolagem e o computador deu uma mensagem de erro... Falha na comunicação do comandante. Olhei para o computador que os comissários usam e ele mostrava uma mensagem estranha. E todas as luzes, de atar cintos, de proibido fumar, do banheiro, as que chamam as aeromoças, todas elas começaram a piscar como dando pane. “É hoje que morro voando”, pensei.
Toda vez que entro num meio de transporte penso que vou morrer lá dentro, mas dessa vez tinha mais certeza. Daí o aviso do comandante voltou e ele estava se despedindo “Obrigada pela atenção, blábláblá”. Uma das comissárias disse a ele que não havíamos escutado a melhor parte. E ele repetiu, é claro. Parece que houve uma falha no computador que grava os dados do voo e a legislação (?) diz que aviões não podem decolar sem isso funcionando. Só sei que teríamos que trocar de aeronave e, antes disso, esperar o nosso “despachante” que nos guiaria de volta ao salão de embarque.
Durante cinqüenta minutos pensei no que fazer. Estava sem créditos no celular. Como avisar quem iria me buscar no aeroporto que eu iria trocar de avião? Meu assento era o da janela. No meio não tinha ninguém, o que foi bom já que pude colocar meu fardo de Jesus nos pés da cadeira ao lado. Já no corredor, tinha um senhor que parecia ter uns 50 anos. Tomei coragem e pedi uma mensagem de texto para que pudesse avisar meus parentes. Demorei tanto pra tomar essa coragem que no meio da mensagem (digitei super lenta porque nunca tinha mexido num Blackberry) as pessoas começaram a sair do avião.
Quase corri para a livraria para comprar crédito para o celular. Sistema da TIM fora do ar. Cartão telefônico? Foi o jeito. Avisei que teria que trocar de aeronave. E informaram pelos alto-falantes que o avião que me levaria à Floripa chegaria aqui às 23 horas e o embarque estava previsto para às 23h30. Liguei mais. Fali comprando três cartões. As unidades parecem fugir de mim. Acabaram de dizer que meu avião se encontra em solo e que devemos aguardar acomodados perto do portão 12 até que o embarque tenha início.
Não tinha cadeira vaga, sentei no chão. Cena clássica. Pelo menos não estou mais com calor. E tenho meu notebook para digitar isso e escutar Sutilmente do Skank. Sabe, acho que o Protógenes Queiroz está no meu voo. Já assisti a uma palestra dele na Ufsc e tenho certeza de que é ele. Também acho que senadores voarão comigo. Vi um, bem velho, cabeça toda branca, batendo um papo esperto com uma aeromoça que reclamava ter sido remanejada pra esse voo à Floripa. Antes, ela iria para casa – Campo Grande – e ficaria por lá durante cinco dias. Me chamaram para o embarque, devo enfrentar uma baita fila. E nem aguento mais carregar o fardo de Jesus. Meus dedos estão vermelhos e um pouco inchados.  São sete quilos, caramba! Isso na mão... Sem contar a mochila nas costas. Só meu note queriido pesa 2,4 kg.

p.s.: Hoje eu penso que foi melhor ter me atrasado por duas horas do que o avião ter dado pane no ar, peeense!

2.10.09

Um dia de gasparzinho

Não sei se eu iria realizar vários desejos pequenos se ficasse invisível durante 24 horas. Não poderia ficar lendo na livraria, porque um livro flutuando seria estranho. Nem poderia comer no Restaurante Universitário de graça porque um prato flutuante seria mais bizarro ainda. Para andar de ônibus sem passar pela catraca, teria que ser bem rápida e subir antes do motorista fechar as portas. O legal seria poder assistir a todos os filmes do cinema sem pagar. E ninguém ia reparar que eu estava sozinha, nem que eu estava ali. Mas acho que passar o dia vendo filmes me deixaria entediada. O ideal seria guardar essas 24 horas invisíveis para aqueles dias mal-humorados que me fazem pensar que eu nem deveria ter levantado da cama. Como seria bom não precisar dar bom dia para ninguém na faculdade, nem conversar quando conversassem comigo, nem fazer a social sem estar afim e assistir a aula que eu precisasse. Ruim seria levar falta, mas tudo bem.

Pauta para o Tudo de Blog

1.10.09

Uma dica

Pouco depois de terminar os desenhos do layout, que me ocuparam a madrugada inteira, ia fechar o notebook para ler/dormir. Como quem não quer nada, resolvi dar uma olhada no G1. Bem desculpa de quem quer adiar a saída da internet. O importante é que dei de cara com a manchete que noticiava o adiamento do ENEM. Suspeita de fraude. Jornal O Estado de São Paulo. Provas do final de semana canceladas. A nova data da avaliação deve ser em novembro. Universidades como a USP vão estudar a possibilidade de ainda usar o resultado do Enem no vestibular desse ano. Já a UFMA, que adotou o sistema integralmente, terá o calendário atrasado, acredito.

Só consigo pensar como eu ficaria abalada se ainda fosse vestibulanda. Então eu dou um pequeno conselho: em 45 dias você não vai conseguir aprender aquilo tudo que não estudou nos últimos meses ou todo o conteúdo novo que ainda falta (porque sempre falta alguma coisa). Melhor fazer uma revisão caprichada do que você já estudou e aprender alguns assuntos-chave que são recorrentes em vestibulares. Não vá com tanta sede ao pote, esses dias vão passar voando. Sério.

Rosas (sem cravos)

"As rosas não falam, simplesmente exalam o perfume que roubam de ti."
As Rosas não Falam, Vanessa da Mata.

8.9.09

Perturbada? Eu?!

03:20 da madrugada e eu fico imaginando se sou muito perturbada por ter ficado acordada até agora escrevendo uma resenha descritiva sobre um capítulo de um livro do Milton Jung (Jornalismo de Rádio), sendo que eu poderia ter feito isso durante o feriadão. Ou se eu sou perturbada por fazer tudo isso gostando de estar fazendo isso! Porque não é o erro do carinha da xerox de ter grampeado as últimas páginas na ordem errada que me fez desanimar do minha resenha... Até gostei do resultado! Mas ainda acho que o que mais me faz perturbada é estar aqui fazendo um post bobíssimo (inspiração de José Dias) em vez de dormir, já que tenho aula o dia inteiro!
p.s.: Em breve, o blog volta com sua programação normal. Desculpem o sumiço!

31.8.09

Blog day 2009


Já sou blogueira há mais de três anos, mas nunca tinha participado de um Blog Day. Sempre perdia a data, ó vida cruel. Hoje, não lembrei sozinha, é claro. Twitter salvando a minha vida, como sempre! O projeto consiste em indicar cinco blogs que você gosta para que as pessoas que acessam o seu blog conheçam outros e assim por diante. Saiba mais aqui. Já soube que recebi a indicação da Lusinha. Muito obrigada, Lu! Ah, como nunca participei do Blog Day antes, não vou indicar só blogs novos.

Comecei a acompanhar esse blog quando a Jana era vestibulanda (que nem eu). Agora ela estuda Engenharia Elétrica e tenta conciliar as exatas com seu lado artístico. Os textos que ela posta são leves e com uma boa pitada de humor. Além de sempre ter histórias interessantes para contar, ela também publica desenhos e HQ's.
A Irena é uma estudante de Jornalismo (uhuu) e Design, mas nem fala tanto sobre sua vida acadêmica. Na verdade, os assuntos mais abordados são sobre os vícios que ela adquire - e olha que ela é cheia deles: séries (Veronica Mars), músicas (French Navy) e Zooey Deschanel em geral. Sem contar o mais novo vício: The Virgin Suicides, livro e filme. Ela também publica umas ilustrações lindíssimas!
Anna é uma menina de quinze anos com a mente bem avançada pra quem tem essa idade. Eu, por exemplo, só tinha vento na cabeça. No blog, ela compartilha seus dramas de aluna nerd aplicada que estuda para o vestibular desde o primeiro ano. Além disso, ela fala bastante sobre Cinema e Música. Acho incrível o conhecimento que a guria tem nesses campos de cultura, principalmente sendo tão nova!
Praticamente uma enciclopédia cor-de-rosa, esse blog serve como um melhor amigo gay online. Dá dicas de beleza, receitas (!), fala sobre sexo com humor ou não e ainda tem estilos de post engraçados como o "Acordei meio malvada" e o "E-trash". O blog é tão bom que agora está hospedado no portal da MTV. Só não recomendo ler os posts quando estiver em público, alguns assuntos são meio... picantes! haha.
Blog de um jornalista formado na UFSC (opa!) que fiquei sabendo ao participar de uma das reuniões da VIII Semana de Jornalismo que acontece de 21 a 25 de setembro. Os posts falam sobre o trabalho dele como freelancer (jura?). É legal acompanhar os trabalhos interessantes que ele faz, as viagens então! Detalhe que só depois de muito tempo que eu fui me tocar que ele é o marido da professora que me deu aula de Fotojornalismo I. Mundo nada pequeno.

25.8.09

Meg Cabot na vitrine JÁ!

Desde que moro numa cidade com Saraiva, não deixo de entrar na livraria pra dar uma olhada nos livros. Já sei onde encontrar as obras do Erico Verissimo, Isabel Allende, aqueles mil autores que têm as capas parecidas com a do Mario Vargas Llosa... e achava que sabia onde estava a história da Mia Thermópolis e derivados. Crepúsculo não é difícil de localizar e perto dele ficam os infanto-juvenis mais famosinhos. Formaturas Infernais estava logo ao lado e, mantendo a lógica, os outros livros da Meg Cabot deveriam estar ali também. Mas no lugar onde meu cérebro insistia que os acharia, estavam uns áudiolivros aleatórios. Percorri toda a Saraiva, subi para o segundo piso, passeio o olho pelas seções mais acadêmicas e nada de achar livros infanto-juvenis dessa vida. Comecei a ficar ansiosa e a minha vontade era de perguntar para o primeiro atendente que passasse na minha frente "ONDE vocês esconderam os livros da Meg Cabot?". Claro que perguntei de forma mais civilizada e a mocinha me indicou uma seção atrás da revistaria. Oi? Eu nem imaginava que existia vida literária atrás daquelas estantes com revistas.
O único livro da coleção O Diário da Princesa era o número 10, lançamento escondido no fundo da livraria. Tinha outros da coleção A Mediadora e tal, mas vocês imaginam como fiquei aborrecida ao notar todo aquele destaque para Stephenie Meyer e nenhum para a Meg, que é a melhor autora infanto-juvenil de todos os tempos! Pior é que ao lado da esquecida Mia Thermopolis, estavam Harry Potter e os órfãos Baudelaire. Esse mundo está mesmo perdido, quero Meg Cabot, J. K. Rowling e Lemony Snicket na vitrine JÁ!
p.s.: Só para não desistirmos desse mundo de vez, reparei numa mãe e numa filha que perambulavam pela Saraiva. Pareciam estar procurando algum livro e quando a mãe perguntou se a filha não se interessava por Crepúsculo, ela negou prontamente. UFA!

23.8.09

Top 10 coisas que deixariam a escola melhor

A pauta pedia para deixar a escola mais legal e, do meu ponto de vista, uma escola boa o suficiente para que mais de 3 alunos entre 50 passem na universidade que querem é uma escola muito legal.
1) Armários de filme americano onde pudéssemos guardar nossos livros em vez de ficar carregando aqueles tijolos de casa pra a escola, da escola pra casa.
2) Livros didáditos bem escolhidos. Na minha antiga escola, os livros da lista eram todos da FTD, pois houve uma parceria com essa editora na hora de construir o ginásio esportivo. Seráá que não existia livros melhores que aqueles que eu era obrigada a comprar? E ninguém tem tanto dinheiro pra comprar vários livros de cada matéria, são caríssimos!
3) Professores que não mandassem os alunos fazer exercícios em sala de aula. Tem coisa pior do que acordar super cedo, se deslocar até a escola e na hora ter que fazer algo que você podia estar fazendo em casa, sem pagar nada?
4) Menor número de alunos nas turmas. Em salas com 50 ou 40 alunos, o nível de aprendizado é muito baixo!
5) Cantinas e restaurante que atendesse a todos os alunos. Porque passar 15 minutos na fila e ter só cinco para comer era horrível! E restaurante é essencial para as turmas que têm aula de manhã e pela tarde. A minha não tinha.
6) Apoio psicológico e acompanhamento para o vestibular. Estudar o tempo todo e bastante estressa muito. Aqueles adolescentes perdidos precisam ouvir conselhos, dicas e instruções de vez em quando. Principalmente quando estão em dúvida sobre o que fazer da vida.
7) Bibliotecas de verdade. Com pelo menos todos os livros que são exigidos na lista de material escolar de todas as turmas e literatura, não só os clássicos e principalmente os que vão ser abordados no vestibular local, para aumentar o gosto pela leitura dos estudantes.
8) Salas de estudo. Várias mesas, individuais ou grandes, num lugar confortável e silencioso.
9) Plantar a sementinha do esporte no coração dos gurizinhos. Porque deve ter escola negligente, como a minha era, que não obrigava os alunos a participar das aulas de Educação Física. Eu deveria ter reprovado por falta inúmeras vezes.
10) Aulas práticas. Porque passar uma manhã ou tarde ou o dia inteiro sentada numa cadeira (que muitas vezes nem é acolchoada) é muito chato. Aulas de física e química no laboratório, aulas mais dinâmicas de literatura, por favor!
p.s.: Ou talvez tudo isso reflita a minha frustração de ter estudado durante sete anos na minha ex-escola.
Pauta para o TDB

20.8.09

O mundo dá voltas, CPM 22

Lembro de um dia nas primeiras semanas de aula do semestre passado quando eu tava meio triste, perdida, desanimada. Tinha acabado de perceber que a aventura onde me meti era bem mais complicada do que imaginei e não sabia por onde começar a vida nova. Tava comendo na lanchonete do centro onde estudo, acho que esperando a aula que só começaria 18h30. João, meu colega de curso, me ouvia falar sobre o que eu tava sentindo. Sei lá, eu não tinha ninguém nessa cidade, ele foi super gentil comigo e tava ali comigo, né. Meus olhos encheram d'água e ele falou:
- Não desanima, Maranhão.
Nunca esqueci do tom de voz, do jeito que ele falou pra mim. E obedeci. Continuo no Jornalismo, na UFSC. Apesar de sentir saudade das exatas, estou firme e forte nas humanas. Ele? Em Joinville, fazendo Engenharia da Mobilidade. Fez o vestibular de inverno da UFSC e desistiu do mundo jornalístico ainda na primeira fase. E eu acho isso tudo muito louco.

15.8.09

Jamaica, man



Devido a todos esses problemas de voos atrasados, perda do primeiro dia de aula, correria da vida universitária, acabei não fazendo todos aqueles textos sobre a Jamaica e, bem, vou tentar reunir os pontos principais nesse post.

Comida: Jamaicanos são muito chegados numa pimenta. Mamãe me avisou que os pratos locais eram realmente apimentados, ela passou mal nas primeiras vezes que comeu algo típico. Fugi de tudo que tinha (imagine aqui ler o adjetivo usado lá nos pratos apimentados, esqueci qual é) no nome. Até que no aeroporto, no dia da volta, resolvi experimentar um "Pattie", parecido com um pastel. O recheio, de carne, tinha tanta mas tanta pimenta que tinha que beber um gole de Coca a cada mordida. O que também tem bastante por lá é banana. Tem tudo feito com essa fruta, até cheeps. Isso porque foi a cultura que começou a substituir as plantações de cana-de-açúçar.
Turismo: Não, a Jamaica não se resume a praias belíssimas. Falando nisso, sabia que as praias são, em sua maioria, privadas? São propriedades de resorts, cercadas por muros. As que não fazem parte de um hotel, têm uma entrada onde você paga o ingresso. Claro que existem praias públicas, mas são raridade e os frequentadores são uma muvuca pior do que qualquer uma que você já viu na vida (palavras da minha mãe). As cidades turísticas (Ocho Rios, Port Antonio, Montego Bay, Negril) ficam todas no norte da Ilha e a capital, Kingston, no sul. Fui a Ocho Rios e Port Antonio e tive que enfrentar uma estrada péssima, curvas muito fechadas nas montanhas, um horror. Demoramos umas três horas pra ir de sul a norte na Jamaica, que é minúscula. Enfim, as praias, particulares, valem à pena e aquele país tem muita história para contar. A cidade de Port Royal merece um post só pra ela (em breve!).
Clima: Ô terra quente. Saí do inverno em Floripa, média de uns 13 graus, pra pegar mínima de 30 em Kingston. Sensação térmica por volta de 40 graus não é raridade lá. A cidade fica no litoral, tem muito vento (todas as árvores são curvadas), mas o ar do vento é muito quente. A brisa vem direto do inferno, sério. A região é frequentemente atingida por tempestades, ciclones, furações, todos os desastres naturais possíveis. Já teve até cidade destruída por tsunami (aquela Port Royal que merece um outro post). Mamãe morre de medo de ter furacão enquanto ela está morando lá e acompanha um site que monitora o movimento dos ciclones, etc.
Nativos: 99,99% da população é realmente negra. Os únicos brancos que eu via na rua, eram na verdade amarelos. Tem bastante descendente de oriental por lá. Só via brancos (todos turistas) em resorts, hotéis e restaurantes mais voltados pra estrangeiros. As mulheres abusam nos penteados e muitas usam perucas. Elas vestem roupas muito extravagantes - até as gordinhas. Pelo que percebi, a ditatura da magreza é lenda na Jamaica. Ainda bem. O mundo ainda não está todo perdido. Vi bastantes seguidores do rastafari, com todo aquele estilo Bob Marley de ser. A maioria das pessoas que ficavam no sinal, vendiam pitomba (que é um pouco diferente da brasileira). Reparei em vários negões bonitos. O povo é muito carismático! Brasileiro não é hospitaleiro coisa nenhuma, jamaicano que o é! Todos eram muito simpáticos tirando algumas caixas de lanchonetes que não tinham muita paciência pro nosso inglês pobre (como se eles não tivessem um sotaque carregadíssimo...).
Violência: Em Kingston, o sistema público de transporte é muito precário e não atende a todos os bairros. Por isso, a população usa meios alternativos como as vans e táxis compartilhados. Todos super lotados, é claro. Quando nesses táxis, o último passageiro era mulher, os motoristas se aproveitavam e as estupravam. Sim, estupros são bem mais comuns lá. Mamãe viu vários casos no jornal assim que ela se mudou pra lá, pense na preocupação dela... Não é recomendável aos turistas que andem na rua ou peguem táxi. Mamãe não se sente bem nem saindo sozinha de carro à noite.
Uma última consideração: A Jamaica foi colonizada pelos ingleses e os espanhóis, mas atualmente eles importam tudo dos Estados Unidos. Os supermercados são abarrotados de produtos americanos. Vemos franquias americanas em cada esquina. É um pedacinho da terra do Obama no Caribe.

9.8.09

Como perder dois voos num final de semana

Ih, sumi de novo, né? Digamos que a volta para o Brasil foi corrida e eu ainda tô meio sem muito tempo livre, primeira semana de aula é de adaptação, aquelas coisas.
- Dia 31, completei 18 anos. Não vou tirar a carteira de motorista tão cedo, mas pelo menos posso fazer viagens internacionais sem autorização dos pais.
- No dia seguinte, era a minha viagem de volta. Só teria duas horas nos EUA para passar pelo controle de passaporte, pegar minha mala, despachar a mala e embarcar. Claro que o avião atrasou mais de quarenta minutos para sair de Kingston cheguei em Miami uma hora antes do outro voo. Passei mais ou menos quarenta minutos na fila da imigração e gastei uns outros vinte procurando minha mala (mil e um voos chegando ao mesmo tempo). Perdi o voo. Para piorar, o trecho até Miami tinha sido pela American Airlines e o depois era pela TAM. Fui até o guichê da companhia brasileira e eles disseram que não podiam me ajudar, pois o voo para o Rio estava lotado. Que a responsabilidade era da AA. Fui para o outro lado do aeroporto, enfrentei fila e finalmente uma atendente que era obrigada a me ajudar. Foi uma luta até que ela arranjasse uma vaguinha pra mim, todos os voos para o Brasil lotados! O único era na noite de domingo. Tiveram que me dar hospedagem, vale-refeições, etc.
- Um dia em Miami. No hotel dentro do aeroporto. Foi uma aventura. Comi Burger King e tomei Starbucks pela primeira vez e ainda tive coragem de sair, fui ao Dolphin Mall.
- Fiquei tão abobada que esqueci que precisava fazer check-in com uma hora de antecedência, confundi o horário de decolagem e, sim, perdi outro voo. A sorte foi que conseguiram um voo naquela mesma noite, mas que iria para Buenos Aires antes de São Paulo e Floripa. Foi uma viagem bem mais cansativa, mas ao menos chegaria em casa poucas horas depois do previsto.
- Cheguei aqui em Floripa dia 3 de agosto. Perdi a festa de fim de férias, perdi todo o primeiro dia de aula.
- Ao menos aprendi minha lição: nem pensar em voos com poucas horas entre eles; fazer check-in com três horas de antecedência.
p.s.: Acho que estou gostando das disciplinas desse semestre, mas não tem calouro nenhum do nordeste, dá pra acreditar? Nem dá vontade de ser madrinha (para dar as xerox) de nenhum desse jeito...

30.7.09

KFC: eu aprovo!

Lembrei de última hora de um dos meus maiores sonhos e que podia ser realizado aqui em Kingston. Tínhamos a noite livre e marquei de irmos lá. Comecei a me arrumar cedo e fiquei pronta antes de todo mundo. Tentei apressar a irmã, a mãe, o padrasto já estava impaciente também. Era perto de casa, chegamos logo, aquele prédio vermelho, todo bonitão... Uma fila razoável e eu nem sabia escolher o pedido. Pedimos o maior e quando eu vi aquele balde cheio de frango, meus olhos brilharam. Sim, fomos jantar no KFC. Agora quando assistir a um filme americano com uma #gordinhatensa se acabando na gordura do frango frito, vou poder dizer "Já comi desse frango, lalala!".

p.s.: O jamaicano não mandou e-mail! Ainda bem, eu acho.

29.7.09

No supermercado Loshusan

Lá estava eu namorando a estante de chocolates e, do nada, um atendente vem falar comigo. Claro que ele falou daquele jeito enrolado jamaicano e não entendi nada. Apontei pra minha orelha e falei, em inglês:
- Desculpa, não tô entendendo.
Ele fez alguns sinais de libras e disse: "Ah, você é surda?!"
- Haha, não, não. Sou brasileira e não entendo inglês muito bem.
- Ah, brasileira? Você mora aqui?
- Não, minha mãe mora e estou só de férias.
- E você fica aqui até quando?
- Vou embora nesse sábado.
- Ah, então me passa teu e-mail.
Eu já tava morrendo de vergonha e tive que esperar o amigo dele buscar papel e caneta.
- Será que tu sabes anotar meu e-mail? É Pinheiro... - brinquei.
Ele fez uma cara de quem não tava entendendo nada e peguei o papel pra anotar o e-mail.
- Agora me diz teu telefone.
- Ah, não tenho telefone aqui.
- Me diz teu telefone de lá que eu te ligo quando tu chegares.
- Não, não... fica só com meu e-mail mesmo.
- Você não quer o meu?
- Ah, se tu me mandar um, vou saber que é teu!
- Ah...
Vi a oportunidade para eu me mandar dali e larguei um "Bye!".

p.s.: Se só minha irmã fosse chavecada aqui na Jamaica, eu voltaria pro Brasil bem tristinha, hein!

28.7.09

Sobre minhas preferências literárias

Livro de Infância: O principal foi “Marcelo, Marmelo, Martelo” (história de um moleque danado que adorava inventar palavras). Mas também adorava “Sai da frente que aí vem gente” (não lembro a história) e “Ana Z, aonde vai você?” (essa menina caia num poço e vivia um monte de aventuras num mundo novo).


Personagem que queria ser: Mary Newbury, protagonista do livro “Filha de Feiticeira”. Meu blog antes desse era justamente o witch-child.blogger, nome do livro em inglês. E, mais recentemente, quis ser a Menina Má de “Travessuras da Menina Má”, ela ainda é um exemplo pra mim.


Primeiro livro enorme que lembra de ter lido: Harry Potter e o Cálice de Fogo.


Filme que ficou melhor do que o livro: Ih, acho que filme melhor que livro é lenda, ainda não passei por essa experiência.


Livro que te fez sonhar acordada (o): Harry Potter, que é um livro que mexe muito com a imaginação e livros com um romance que me conquistou como “Travessuras da Menina Má” e “A Garota das Laranjas”.


Livro que te fez chorar: Bem, como já falei aqui, nunca chorei lendo. Mas cheguei bem perto com “Marley & Eu” e “O Menino do Pijama Listrado”.


Livro que te fez rir: “Marley & Eu”, os livros de Meg Cabot e Luis Fernando Veríssimo têm umas partes bem engraçadas.


Livro que mudou a sua vida: Harry Potter, porque me fez amar livros, e Poliana, pelo jogo do contente que nada tem de bobo.


Livro que te causou dor: O Menino do Pijama Listrado.


Livro de cabeceira: Não sei bem qual livro colocar aqui, mas se for pra dizer um livro que eu leio partes aleatórias, em momentos aleatórios, pode ser qualquer um da Meg Cabot. Gostava de escolher um quando tava com insônia.


Livro comercialzão: “O Código da Vinci”.


Querido escritor: Antonio Prata.


Sente vergonha por não ter lido: Gonçalves Dias, conhecido nacionalmente e é meu conterrâneo!


Não suporta: Paulo Coelho e Lya Luft.


Para os apaixonados: “A Garota das Laranjas”.


Livro sensual: “O Amante Fantasma” e “Alma e Sangue”.


Para quando quiser ficar feliz: Não leia, vá tomar um sorvete! (Disse isso porque não lembrei nenhum livro lido capaz de deixar leitores alegres).


Para quando faltar esperança: Ler “O Maior Presente do Mundo”.


Livro que ganhou e nunca leu e nem vai ler: Um sobre sexo e Deus (?) que mamãe me deu há um bom tempo.


Para quando for preciso paciência: Sei lá... A história do Patinho Feio?


Livro que comprou e nunca leu: “Paula”, Isabel Allende. Mas foi porque ainda não tive tempo.


Biografia: Não é bem uma biografia, mas “Chico Mendes: Crime e Castigo”.


Para garotas: A coleção “O Diário da Princesa” (melhor série infanto-juvenil para meninas de todos os tempos!) e “Por que não sobraram homens bons” (só de brinks!).


Difícil: “Cem Anos de Solidão”. É tanto personagem com o mesmo nome que fiquei confusa.


Para quem gosta de escrever: Até bula de remédio é útil/bom para quem gosta de escrever.


Leitura de teatro: “O Pagador de Promessas”, Dias Gomes.


Conto gostoso de ler: Acho que nenhum me marcou tanto...


Não conseguiu terminar: “Maya”, Jostein Gaarder, e “Uma Breve História do Tempo”, Stephen Hawking.


Está na fila: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Paula”, “Novo Conto Catarina”, “Raízes do Brasil”, “Os Tambores de São Luís”, “A Hora da Estrela”, são tantos...


Livro que daria de presente: “Travessuras da Menina Má”, “O Menino do Pijama Listrado”, “A Garota das Laranjas”, depende muito do presenteado.


Pérola encontrada nos sebos: Nunca comprei livro em sebo :(

O que está lendo agora: Parei no meio de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “A Hora da Estrela” e “Tambores de São Luís”.

p.s.: Quem me passou esse meme foi a Mel.

27.7.09

Jamaica: primeiras impressões

Logo na sala de embarque, peguei uma fila enorme na Imigração porque mal dois ou três guichês estavam funcionando. As primeiras pessoas que falaram comigo em inglês me fizeram concordar com mamãe: jamaicanos realmente têm o sotaque muito carregado e misturam o inglês com um dialeto local chamado "patuá". Saí do aeroporto e a primeira coisa que fiz foi tirar meu casaco. O calor era in-su-por-tá-vel. Logo percebi que era muito mais quente que São Luís. Fomos almoçar fora e todos os atendentes foram muito simpáticos com a gente. Quem diz que brasileiro é um povo hospitaleiro é porque não conhece nenhum jamaicano. Eles sempre nos recebem com um sorriso (branquíssimo) no rosto e repentem calmamente as frases que não entendemos. Dá para ver que as pessoas ligadas ao turismo tentam deixar a melhor impressão possível, enquanto no Brasil a maioria das pessoas não são muito amigáveis e nem se preocupam muito com o turista. Ah, é claro que a maioria da população é negra. Os únicos brancos que vejo na rua são, na verdade, "amarelos" - descendentes de orientais. Vi brancos de verdade em grande quantitade só no Resort e num hotel que mamãe ficava antes de ter apartamento (fomos almoçar lá uma vez).
Foto: Monumento que tem na entrada do aeroporto. O pássaro é o humming bird (beija-flor), símbolo do país. O legal é que placas com o desenho dele guiam o caminho até o aeroporto.
Fotógrafa: Jaana Pinheiro (ou "Minha irmã").

23.7.09

Me encontre no flickr

Por mais que eu fique bastante tempo na internet (mamãe não está de férias e não é sempre que meu padrasto leva minha irmã e eu para passearmos), não estou com vontade de escrever por esses dias. Ainda assim, estou colecionando muitas, muuuuuitas fotos! Já comecei a colocar as melhores no meu flickr e é por lá, por enquanto, que vocês podem acompanhar como anda a minha viagem numa ilha caribenha! Estou juntando vários assuntos bacanas, tomara que eles não acabem esquecidos no meu documento do word intitulado "Ideias". Para forçá-los a olhar todas as minhas fotos, um pequeno preview:


20.7.09

Jamaica - a ida

Florianópolis
Depois do meu check-in conturbado para a viagem à Brasília, resolvi não me atrasar para o voo e cheguei com atencedência no aeroporto. Entreguei minha identidade, disse que ia para o Rio de Janeiro para pegar um voo com destino a Miami. A mulher perguntou se eu tenho dezoito anos completos e eu neguei. Ela perguntou sobre a autorização dos meus pais. "Está com minha irmã que mora em São Luís, vou encontrá-la no aeroporto do Rio". Descobri na hora que sem a autorização em mãos não poderia embarcar, a viagem já era considerada internacional desde Floripa. Não fazia sentido algum para mim, mas era o que os atendentes diziam. Comecei a chorar desesperadamente. Afinal, tudo o que não choro em filmes/livros, choro quando estou nervosa ou com raiva. Tentei ligar desesperadamente para mamãe, papai, minha irmã, qualquer pessoa que pudesse estar na internet para mandar e-mail para mamãe. Durante meia hora ligando, ninguém me atendeu. NINGUÉM. Chorava 1000 litros/seg e não sabia o que fazer. Depois de lutar para conseguir os documentos e aquela autorização para a viagem... não podia perder assim minhas férias no Caribe! Os atendentes foram muito amor e gentis comigo e me aconselharam a comprar uma passagem para o Rio. Assim, eu poderia embarcar por ser uma viagem nacional e, chegando lá antes do voo para Miami, tava tudo beleza. Felizmente, meu cartão de crédito (que tem um limite mínimo) passou e eu pude comprar uma passagem caríssima em seis vezes. Depois dessa, fico até com peso na consciência de pedir um presente bom de aniversário. É, eu faço dezoito anos daqui a onze dias. Vivi tudo isso porque mamãe não quis me parir um mês antes.
Rio de Janeiro
Cheguei no aeroporto Galeão e logo descobri que não poderia nem iniciar o check-in sem a autorização que estava com minha irmã. Pisei em solo carioca às 17 horas. Minha irmã chegaria às 21h. Meu voo para Miami decolaria às 10:35. Tive que ficar zanzando pelo aeroporto com minha mala gigante. Era bastante incômodo porque só podia andar de elevador e apenas um funcionava. O voo da minha irmã atrasou uns quarenta minutos e quando chegamos no check-in com autorização e tudo em mãos: "O check-in desse voo já foi encerrado". Oi? Não pude fazer o check-in antes porque um avião da SUA companhia aérea atrasou com minha irmã e a autorização dentro? Eles tiveram que levar isso em conta e me colocaram no voo. Estou começando a achar que tenho muita sorte ou que atendentes de aeroportos me amam, enfim. A mulher fez tudo muito rápido, super apressou minha irmã para embarcar logo (ela já tinha feito o check-in dela desde São Luís) e acabamos pegando uma fila enorme na parte onde pessoas marocam nossas bolsas e nos mandam tirar o sapato. Acabou que nem fui ao banheiro antes de embarcar, sou super noiada com isso. Para piorar, não fiquei numa cadeira de corredor e o avião ficou parado durante UMA HORA sem nem sair do lugar. Foram nove horas naquela cadeira apertada. A mulher que fez as reservas das passagens me deixou separada da minha irmã e ainda me colocou naquela fileira do meio, com quatro cadeiras. Apertado demais, jesus! Foram quatro horas pensando nas minhas necessidades básicas até que surgiu uma oportunidade para que eu fosse ao banheiro. Depois, a viagem foi mais tranquila, dormi, assisti filme, dormi, dormi, dormi...
Miami
Foi só quando desembarquei nos EUA que pude falar direito com minha irmã, antes mal tínhamos dito "Oi". Pegamos uma fila enorme na imigração e pudemos conversar sobre todos os meses que passamos separadas. Foi tudo bem com o homenzinho americano, ele nem pediu nossas carteiras internacionais de vacinação! Logo fomos procurar o lugar para fazer o check-in para o voo com destino a Kingston. Atravessamos o aeroporto, que é gigante, e demoramos horrores para encontrar o lugar certo. Demorou tanto que logo depois do check-in, embarcamos. Não pude nem conhecer o Starbucks. Nunca tomei café de lá. Vim do mato, lembra? O pior foi que não pudemos nem lanchar no aeroporto e depois descobrimos que não servem nem aperitivo no voo para Kingston, só uma bebida! A gente não comia desde antes de 6 da manhã, quando tomamos café no avião que ia para Miami, e já eram umas 11h.
Kingston
Mais uma fila enorme na imigração. Só que não tínhamos mais assunto e estávamos mortas de fome e de cansaço. Passamos mais de uma hora em pé com muita fome meesmo e carregando bolsas e mochilas com notebook. Maravilhoso. Quando finalmente pegamos nossas malas (que não foram extraviadas, ainda bem!) e saímos daquela área de desembarque, vi mamãe antes mesmo de sentir aquele vento quente, fazendo Kingston parecer o inferno. Sim, achei aqui mais quente que Teresina-PI. Como se já não bastasse a fome e o cansaço, o calor só me fazia sentir pior. Só depois de comer e dormir, voltei a me sentir Luisa.

Quatro cidades, três países, as três Américas... em menos de 24 horas.

13.7.09

Queria só uma vez

Sempre quis ir ao cinema sozinha. Até o ano passado, eu tinha a mania de falar durante o filme. Feio, eu sei. Mas era uma vontade incontrolável: eu me sentia obrigada a tecer determinado comentário ou fazer alguma pergunta. Disse que "tinha" essa mania porque acho que a estou perdendo. Quando assisti A Era do Gelo 3 com meus amigos da faculdade, só falei uma vez.
Hoje não consegui acordar muito cedo (minha ideia de não dormir não funcionou, como sempre), mas não perdi a hora do cartório, presenciei uma senhora reclamando horrores por estar esperando para ser atendida, sendo que muitos funcionários de lá estavam em horário de almoço. Almocei comida de verdade como há muito tempo não fazia, descobri que não existe Sedex 10 para São Luís (por motivos óbvios), deitei pela primeira vez no puff da Biblioteca Universitária. Já parou para pensar em quantas pessoas suaram naqueles puffs antes de você deitar lá? Pois é, relevei minhas frescuras e deitei. Tive que ir ao Iguatemi para comprar crédito, um tênis e um biquini. Dez minutinhos andando e lá estava eu no shopping. Faltava mais de uma hora para a sessão de Jean Charles começar e eu pensei "É hoje!". Já queria ver esse filme há um tempinho e ainda realizaria meu sonho de ir ao cinema sozinha.
Minutos antes da sessão começar, entrei na sala e percebi que devia ser a menor de todo o cinema. Ainda sim, fiquei toda abestalhada com a altura da última fila de cadeiras, é bem maior do que a do cinema de São Luís. A diferença de altura entre duas fileiras também é maior. Reparei também que meus únicos companheiros de filme eram dois namorados. Só quando sentei é que lembrei que era uma segunda-feira à tarde.
Assisti ao filme, não vi o tempo passar, não queria que o Jean Charles morresse e quase chorei nas cenas após a morte dele. É, quase. Na verdade, eu nunca chorei assistindo nenhum filme. A primeira vez que chorei assistindo alguma coisa foi no começo desse ano, na maratona de Desperate Housewives, na cena que a Bree chora a morte do marido. Ela sempre foi minha Desperate favorita. Derramei uma ou duas lágrimas, mas, ainda assim, não chorei vendo nenhum filme. E meio que me sinto incompleta por isso. Primeiro porque não chorar para mim significa ficar com as lágrimas entaladas durante as cenas tristes, o que me deixa muito angustiada. Seria bem melhor derramar rios pelos olhos, lavar a tristeza causada pela história e seguir adiante. Mas não, ela, a tristeza, continua dentro de mim. E se junta com tristezas de outros filmes. O Baiano de Sob Nova Direção desesperado com a morte de Jean Charles, a morte de Joaquim em Os Desafinados, o pai da garota que sai de casa em Quatro Amigas e um Jeans Viajante... E eu esqueço que essas tristezas são alheias e as deixo juntas com as minhas próprias.
Lembro de um filme que assisti na aula de Espanhol da oitava série. O filme era Amores Perros e, no fim, duas grandes amigas minhas estavam se acabando de chorar. Uma estava mais contida, mas a outra foi ao banheiro e não parava de derramar lágrimas. "Mas ele não conheceu a filha...", ela dizia com aquela voz chorosa e desesperada que não saiu da minha memória. Hoje, quando lembro disso, sinto inveja. Queria chorar e ter crises histéricas, se fosse possível, pelos problemas alheios. Queria só uma vez chorar e chorar e chorar até que as tristezas alheias se misturassem com as minhas e eu esquecesse a razão inicial de estar chorando.

12.7.09

Desafinados também têm um coração


"Você com a sua música esqueceu do principal,
que no peito dos desafinados no fundo do peito bate calado,
que no peito dos desafinados também bate um coração."

Os Desafinados é um filme que chama atenção pela sinopse amorzinha: na década de 60, quatro amigos têm uma banda de Bossa Nova e decidem ir à Nova York porque, à época, os gringos estavam bem interessados no estilo musical brasileiro. Interpretando um dos integrantes da banda, temos Rodrigo Santoro e, para completar, Selton Mello vive um cinegrafista amigo e companheiro de viagem do grupo (que se chama Os Desafinados, duh). Em NY, o personagem de Santoro conhece Glória (Cláudia Abreu), que vira vocalista da banda.
O interessante do filme é que ele começa com a morte de Glória, que já tinha uns sessenta e poucos anos. Selton Mello, o cinegrafista, tem a ideia de fazer um documentário sobre Os Desafinados. Marca, então, um reencontro com os antigos amigos para gravar depoimentos. O presente vai se alternando com as memórias dos músicos, é bem legal.
Nas duas horas de duração, ouvimos muita música, muita Bossa Nova. A trilha sonora é fantástica, baixei logo que o filme terminou. Sempre gostei desse tipo de música e adorei Os Desafinados. O contexto histórico da implantação da Ditadura Militar também dá mais intensidade para a história.
p.s.: Fica muito óbvio que a Cláudia Abreu dubla as músicas, mas elas são tão lindas que a gente releva.
p.p.s: E releva também o segundo papel de Rodrigo Santoro no filme. Bem no finalzinho, ele aparece como o filho praticamente adolescente de Glória. Teoricamente americano, ele chega falando num inglês de brasileiro e faz uma atuação péssima. Dá vontade de rir, sério.

11.7.09

Californication


"Querida Karen,
Se está lendo isso, significa que finalmente tive coragem de enviar. Bom pra mim. Você não me conhece muito bem, mas quando conhecer vai ver que tenho tendência de falar que tenho dificuldade para escrever. Mas isso... isso é a coisa mais dificil que já tive que escrever. Não há uma maneira fácil de dizer, então falarei logo: conheci alguém. Foi acidental, eu não estava à proucura, eu não estava à caça. Foi uma tempestade perfeita. Ela falou algo, eu também. Quando vi, queria passar o resto da minha vida nessa converssa. Agora tenho essa sensação no peito. Pode ser ela. Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica. Exige uma grande quantidade de renovação. É você, Karen. Essa é a boa notícia. A má é que não sei como ficar com você agora. E isso me assusta pra caralho. Porque se eu não ficar com você agora, tenho a sensação de que vamos nos perder por aí. É um mundo grande, malvado, cheio de reviravoltas. E as pessoas têm um jeito de piscar e perder o momento. O momento que podia ter mudado tudo. Eu não sei o que está acontecendo com a gente e não sei te dizer porquê você devia arriscar um salto no escuro pra gostar de mim, mas, porra, você cheira bem, como um lar. E voce faz um café ótimo, isso deve contar pra algo, certo? Me liga.
Infielmente seu,
Hank Moody. "

9.7.09

Como perder cinco dias da sua vida

Ou como eu perdi quase toda a minha primeira semana de férias.
Há uns três ou quatro anos, meu discurso preferido (porque toda adolescente passa por essa fase dos discursos prontos) era que dormir é perda de tempo. Em 2006, eu estudava à tarde e tinha insônia, não dormia muito. Depois comecei a me preparar pro vestibular, endoidei de vez e passei a dormir cada vez menos. Nesse ano, me deparei com o horário maluco da UFSC. Alguns dias tinha aula de manhã, outros não, enfim. Só sei que comecei a dormir bastante. Tirando o mês de junho que era fim de semestre e quem já está na faculdade sabe como é uma correria só.
Fiquei de férias na sexta e tenho dormido durante tanto tempo que até o Garfield ficaria impressionado. O pior é que isso não quer dizer que eu não tenha saído. Lanchei no Bob's e deixei uma amiga na rodoviária, resolvi algumas pendências, fui ao cinema (e assisti ao meu primeiro filme 3D. Super recomendo A Era do Gelo 3!), fui a um rodízio de pizza e hoje curti meia-horinha da Biblioteca Universitária no seu estado milagroso de silêncio (fim da semana de recuperação, ninguém estudando/conversando lá). Só que não fui assim tão rápida de scannear uma foto e meus documentos que meu pai precisa para a autorização da minha viagem. É, como só faço dezoito no fim do mês, preciso da autorização dos dois responsáveis para fazer a tal viagem internacional. Hoje que eu scannei isso tudo. Jamaica, me espere, estou quase a caminho!

5.7.09

Olá, férias!

Para acabar com os posts "meus trabalhos de faculdade" desse semestre, vim mostrar os trabalhos finais que fiz para as disciplinas Redação para Rádio (para variar um pouco...) e Introdução às Artes Gráficas.
1) Inicialmente, o trabalho final de rádio tinha tema livre e eu já estava planejando fazer sobre o Maranhão. Mas o professor resolveu dar um tema: bastidores. Não quis pegar nada do tipo "shows, televisão, cinema, teatro" porque são bem clichês e um monte de gente já tava escolhendo esses. Depois de muito pensar, escolhi o Boi de Mamão ("folguedo catarinense filho legítimo do Bumba Meu Boi ou Boi Bumbá"). Fiz umas ligações e descobri um arraial onde haveria a apresentação de um grupo. Chegou a data
marcada e era justamente o último dia de mamãe aqui em Florianópolis (logo depois da viagem à Brasília). Eu tinha que escolher: deixar mamãe no aeroporto ou adiantar meu trabalho de rádio? Escolhi a primeira opção e atrasei toda minha vida. Não soube mais de arraial nenhum (terra sem cultura é fogo) e precisava de outro tema. Depois de ter o tema furado mais algumas vezes, finalmente escolhi falar sobre os bastidores de um telecar, aquele serviço de homenagens ao vivo. Foi tudo corrido, tive que fazer a entrevista por telefone (no laboratório de rádio, tem um telefone que podemos usar para fazer entrevista), passei a madrugada anterior à entrega do trabalho editando, mas deu tudo certo. (Não consegui hospedar o áudio no GoEar, então deixo um link para o arquivo no tumblr!) Clique aqui para ouvir.

2) Para Artes Gráficas, tínhamos que diagramar a capa de um jornal tablóide no photoshop. Oi? Eu sei que meu professor adorava nos mandar "brincar" nesse programa, mas diagramar nele? Como assim?! Indesign kd kd. Ainda não entendi a razão desse exercício já que vamos diagramar no Indesign para o resto da vida, mas tudo bem. Escolhi o tema "rodeio", ispirada pela minha dupla que é do interioRRR de São Paulo. Olhando agora, vejo que o espaçamento entre a manchete e a cabeça do jornal ficou muito grande e que isso desequilibra bastante a diagramação, mas já é tarde, né? Fazer esse trabalho foi bem divertido. Não rolou estresse porque eu e minha dupla já tínhamos uma noção de photoshop. Minha irmã sempre tinha o programa instalado no nosso computador porque ela estuda design. Eu "brincava" (já treinando para as aulas de Artes Gráficas), mas nunca imaginei que fosse fazer um trabalho nele, sei lá. Enfim, essa é a nossa Folha do Peão. (Clique aqui para ver ampliada)

24.6.09

O que você está lendo?


Eis o vídeo que ocupou todo o meu domingo e também algumas tardes de segunda-feira (só durante a aula de Tecnologia em Telejornalismo eu podia pegar a câmera para gravar as imagens). Bom, a ideia surgiu porque eu gosto muito de livros (jura?) e tenho vontade de fazer todos meus trabalhos sobre livros/literatura/etc. Foi uma experiência bacana ficar enchendo o saco das pessoas ao interromper a leitura delas para perguntar o que elas tavam lendo. É incrível como elas ficam assustadas ao ver uma câmera + tripé + microfone.
Às vezes eu penso que podia ter editado melhor, que o vídeo podia ter mais de três minutos... mas até que não ficou assim tão ruim, né?
p.s.: Apareço nesse vídeo distribuindo abraços grátis pela UFSC. É o vídeo duma amiga minha. Não reparem na música, o youtube não aceitou a original (a da abertura de Friends).

23.6.09

Visita relâmpago


Cheguei à Brasília à noite e não deu para ver muito da cidade. Só fui conhecer melhor no outro dia a caminho do Consulado Americano para tirar meu visto (ele foi aceito, afinal). Achei bem bizarro o hotel onde fiquei estar num tal de "Setor sul de hotéis". Pelo menos a parte que eu vi, era toda padronizada e organizadinha. Nada de bairros bagunçados como eu estou habituada a ver. Os condomínios de prédios todos iguais, um monte de caixinha de fósforo, uma gracinha.
Conheci a Praça dos Três Poderes porque insisti muito, mamãe só queria ir ao Park Shopping. Tiramos algumas fotos e de lá seguimos para o shopping. Batemos perna, gastamos, conversamos, passamos no hotel para pegar as malas, que já estavam arrumadas, e fomos ao aeroporto.
Essa visita de um dia a capital do Brasil me deixou um gostinho de quero mais. Tenho que voltar lá um dia e conhecer melhor aquilo tudo, inclusive dar uma passada nas cidades satélites. Pelo pouco que conheci, senti que poderia morar lá um dia. Mesmo tendo visto aquele engafarramento enorme, do tipo que eu não estou acostumada meesmo, acho que gostaria bastante de morar lá se um dia surgiu uma oportunidade.
p.s.: Passei para a segunda fase do vestibular da Udesc. A prova é nesse domingo!

22.6.09

Desventuras em série + pautas

Apesar de ter lido uns quatro livros dessa coleção, não vou falar sobre os órfaos Baudelaire. Como disse no post passado, viajei à Brasília para tirar meu visto americano. Bom, o voo era às 17:30 da quinta passada e eu tive que adiantar a aula daquele dia para poder chegar a tempo no aeroporto. Mas é claro que eu deixei para arrumar meu quarto (afinal, mamãe viria me visitar depois) e separar minhas roupas para colocar na mochila nessa mesma tarde. Ia pegar o ônibus das 16:20 para em uns 20 minutos chegar ao aeroporto e estava tudo certo... até eu me atrasar uns cinco minutinhos. Com o sinal fechado para os pedestres, vi o ônibus passando sem que eu pudesse fazer nada. Morrendo de raiva e com o cadarço do tênis desamarrado, fui de cara fechada em direção ao ponto de ônibus. Tropecei num desnível da calçada de cimento e caí pra frente. Mochila pesada com roupas e notebook, foi horrível. Meu joelho ficou todo ralado (como não ficava há anos), mas pelo menos a calça não rasgou. Eu não lembrava qual era o horário do ônibus seguinte e fiquei naquela "Arrisco esperar o próximo ônibus ou chamo um táxi?". Esperei uns dez minutinhos e chamei o táxi. Mas daí o ônibus passou em seguida e eu entrei nele porque o táxi ainda demoraria quinze minutos para chegar.
Cheguei ao aeroporto 17:16 e corri ao guichê de check-in com a identidade na mão. A atendente me informou que o serviço do voo acabava meia hora antes da decolagem. Meu mundo desabou. Imaginei que mamãe fosse me matar por ter perdido o avião e já tava quase chorando quando um supervisor apareceu e disse que daria para eu pegar o voo. Corri para a sala de embarque, subi a escadinha muito rápido e respirei aliviada quando atei o cinto da poltrona. Tive um voo tranquilo, uma viagem interessante e consegui meu visto! Quem sabe eu ainda faça um post sobre a viagem, não estou inspirada agora.

Pauta 1) Um grupo de amigos se juntou e montou o “Amigos de Aluguel”, um serviço oferecido para quem precisa de companhia para passear, fazer programações legais ou viajar. Eles deixam bem claro que não se trata de nada sexual e é apenas uma opção para quem não tem amigos e quer uma companhia bacana. O site deles é http://www.amigosdealuguel.com.br.
Acho bem válida essa ideia de promover interação entre pessoas desconhecidas. Às vezes realmente falta companhia para fazer as compras do mês, ir à sorveteria quando você está desejando aquele sundae ou para tomar uma água de coco na praia enquanto assiste o pôr-do-sol. Só não concordo quando essa ideia envolve dinheiro. Não dá para comprar companhia. Preferiria realizar qualquer atividade chata sozinha – enfrentar uma fila gigante no banco ou no Restaurante Universitário, por exemplo – do que pagar alguém para me acompanhar. Sentiria durante todo o tempo que, lá no fundo, a pessoa desejaria fazer coisa melhor. O site teria mais sucesso se unisse pessoas que precisam de companhia com as outras que não tem nada para fazer e aceitariam sair com desconhecidos sem cobrar. Juntando moradores da mesma cidade, é claro. Seria uma ótima maneira de fazer amigos de infâncias e, quizás, conhecer o amor da sua vida.


Pauta 2) O que salva o seu dia?
Não é difícil que eu acorde atrasada, perca ainda mais a hora enquanto me arrumo e chegue muito tarde para as aulas. Isso me estressa, fico extremamente irritada, mas não consigo mudar. É como se eu tivesse um gene “chegar atrasada sempre”. O que salva meu dia são pequenas coincidências ou um pouco de sorte, ambos capazes de arrancarem um sorriso meu. Seja um sol quentinho num dia frio, seja o meu ônibus chegando na hora que chego ao ponto, seja um elogio, alguém que reparou que cortei meu cabelo... Também não é raro que eu perca noites de sono por causa da insônia que volta e meia aparece ou por causa de trabalhos de faculdade. Já até fui virada assistir a aulas. Tanto nesse caso quanto em dias que eu simplesmente fico muito cansada, o que salva o meu dia é tirar um bom cochilo. Nada como acordar revigorada, com fome, disposta a fazer uma comida bacana e inspirada para estudar/ler/escrever ou fazer o que tiver para fazer.