29.4.09

O sol do outono

Meio-dia. Outono. Adoro o jeito que o sol bate na minha pele recém-banhada. Tenho quase que fechar meus olhos porque o exagero de luminosidade me incomoda. Sinto a pele ficando quentinha sem nem chegar perto de sentir calor. Minhas bochechas parecem arder em fogo e as sinto vermelhas. Tenho vontade de retribuir o sorrisão com o qual o sol me recebe. Dou risinhos disfarçados para não parecer assim tão maluca.


28.4.09

Pra colorir minhas palavras


Todo aquele preto e branco do post sobre Pedro Martinelli combinado com as fotos do layout e a cor preta da fonte, estavam começando a me desanimar. Eu não aguentava mais olhar tanta cor neutra e tava perdendo a vontade de vir aqui.

27.4.09

Todo um estilo viking de ser




"Pedrão é um fotojornalista que
anda, andou muito, continua
andando, navegando, há trinta
anos, registrando histórias da Amazônia."




Pedro Martinelli é um fotógrafo independente desde 1994 que já trabalhou em jornais como o Diário do Grande ABC e O Globo. Também foi fotógrafo e editor de fotografia da revista Veja. Em 1970, Martinelli foi escalado pelo O Globo para cobrir a célebre expedição de atração aos chamados "índios gigantes", na rota de abertura da rodovia Cuiabá-Santarém.


Fotos de cada livro do Pedro: Gente x Mato (1), Mulheres da Amazônia (2), Amazônia: o povo das águas (3) e Panará: a volta dos índios gigantes (4).

A minha professora de fotojornalismo falou do Martinelli nos primeiros dias de aula e eu fiquei com esse nome na cabeça porque já tinha lido uma reportagem sobre ele. Passei a visitar com frequência o blog onde ele posta fotos que já tirou, na Amazônia ou não, e conta um pouco da história daqueles personagens ou do momento. Eu particularmente acho bem interessante. Fiquei apaixonada pelo trabalho dele como fotógrafo e até peguei um livro dele que tem na Biblioteca Universitária (Amazônia: o povo das águas).
Exemplos de posts do blog do Pedro
Leia mais:

24.4.09

Fui publicada... !


Em março, eu estava toda enrolada com a mudança e sem internet já que a compra do meu notebook tinha dado errada. Nesse meio tempo, o and make me smile foi selecionado para o Tudo de Blog 2009 e eu quase não consegui mandar o e-mail confirmando a minha participação. Dia 2 de abril, comecei a escrever posts sobre as pautas e não imaginei que fosse ser publicada assim tão cedo! Não precisa dizer o quão desnorteada fiquei quando vi um scrap no orkut que dizia que meu texto tinha saído na revista, né?

Confirmei que eu tinha saído na comunidade do TDB e fiquei doida para comprar a Capricho. Comprei hoje depois da aula e folheei no meio da rua, a caminho do ponto de ônibus, só para ver meu rostinho ali. "Tenho certeza de que arrumaram essa foto no computador", foi a primeira coisa que pensei. 

Bom, o texto publicado foi esse. Não apareceu (e nem tinha como) a parte que eu deixo claro que só me refiro a escolas particulares aos moldes da minha antiga, mas é claro que as adolescentes do Brasil não vão me odiar só porque coloquei a culpa nos professores. 

(Clique na foto para ampliar)

23.4.09

O fim do dilema da franja

Descobri que os salões de Floripa não abrem às segundas-feiras. Fiquei bem surpresa já que, em São Luís, eles fechavam nos domingos. Era feriado enforcado e eu saí de casa só para cortar a franja. Dei de cara com o salão fechado e fui direto para o supermercado comprar guloseimas.

Ontem a minha franja estava feia, mas tão feia, que eu resolvi não entrar em casa sem a franja cortada. O salão daqui perto estava aberto e o cabeleleiro não tinha ido embora. Disse para ele que usava a franja de lado e que queria ela um pouquinho mais comprida que a sobrancelha. Ele acabou cortando abaixo da sobrancelha, mas considerando a minha franja reta. Ficou um tantinho curta e, é claro, diferente de como meu querido cabeleleiro costumava cortar, mas nem ficou tão ruim.

O que mais me faz falta, na real, é meu cabeleleiro de São Luís. O salão fica no bairro onde morei quase minha vida inteira e Roberto cortava meu cabelo desde os dez anos! Meu mimimi já fazia parte da tradição, sabe? Eu ficava dizendo que ele estava me deixando careca e ele ria. As manicures/pedicures e a mulher do caixa riam também. Era todo mundo da família. Ele deixava minha franja curta-mas-nem-tanto e, o mais importante, não me deixava com essa cara de E.T. que eu estou agora. Espero que minha franja cresça um tico logo.

p.s.: Hoje fiz minha primeira entrevista.
p.p.s.: E minha primeira prova da faculdade (era de fotojornalismo).

20.4.09

Feliz aniversário, Jana!

Quando eu vi no orkut (hihi) que o aniversário da Jana estava se aproximando, eu pensei "Tenho que fazer um desenho para ela!". Para quem não conhece o Frutila (blog da Jana), ela desenha super bem e sempre faz as ilustrações para o layout dela.

Bom, nos conhecemos há mais de um ano e éramos duas vestibulandas noiadas, eu pelo menos a achei super legal desde o início. Ainda lembro do dia que ela estava com dificuldade em uma questão de matemática sobre números complexos que eu também não soube fazer e ela me explicou semanas depois.

A evolução do rosto da Jana que eu desenhei na minha imitação de moleskine
É nessa hora que você, leitora, pensa que eu fiz certo ao escolher Jornalismo e não Design. Mas o que vale é a intenção, né, gente!
p.s.: Os desenhos em marca d'água ali em cima foram feitos pela Jana e eu roubei carinhosamente do DeviantArt dela.

19.4.09

Sobre o tempo, erros e achismos

Devia ter... visto mais novela
No passado, cometi vários erros que talvez merecessem ser corrigidos. Alguns realmente viraram minha vida de cabeça para baixo. Já cheguei a pensar que eu teria sido mais feliz se não tivesse errado tanto, mas percebi que foram minhas falhas que me fizeram sonhar, batalhar e alcançar meus objetivos. Tudo o que a gente vive, seja uma situação boa ou ruim, desenha o nosso caminho. Metaforicamente falando, é como se a cada ingrediente que colocamos na nossa receita, o prato final mude. É claro que me arrependo de coisas que disse, que deixei de dizer ou de besteirinhas que não devia ter feito. Mas o que eu tenho lembrado constantemente é que não passei o tempo que deveria com a minha mãe. A transferência dela para outro país foi meio que uma surpresa, mas eu poderia ter conversado mais que dez minutos com ela após sua chegada do trabalho, poderia ter largado os exercícios de física quando ela me chamava para assistir novela ou poderia ter preparado aquele sanduíche que ela pediu. Mãe, eu prometo que, em julho, vou grudar no seu pé até você enjoar de mim!

Trintão: sem franja e sem óculos, por favor!
Sabe como eu me vejo aos trinta anos? Sem franja! Franja seria adolescente demais para uma mulher de trinta anos. Quero ser uma trintona realizada profissionalmente e sem cabelo caindo nos olhos. Falando em olhos, espero já ter feito a cirurgia de miopia. Não vou aguentar usar óculos para sempre. Não quero estar apresentando um grande telejornal ou talvez escrevendo colunas para um jornal com uma boa tiragem (isso se o jornal impresso ainda existir). Quero ser feliz fazendo o que eu mais gosto: escrever. Quero escrever cinco, seis, dez notícias por dia. Quero já ter um ou dois ou cinco livros lançados. Quero uma casa só minha com uma biblioteca gigante. Quero saber cozinhar meus pratos prediletos. Quero aproveitar minha independência financeira. Não sei se vou estar casada. Talvez isso me preocupe ou não. Talvez eu comece a achar que está na hora de ter filhos ou adotar um. Estou muito nova para pensar nessas questões de mulher madura. Por enquanto, decido não ter mais franja aos trinta anos. No máximo, um franjão para dar um movimento no meu cabelo.
Pautas para o Tudo de Blog

18.4.09

O sonho cor-de-rosa


Na minha descrição aqui no blog, você lê: "Vivo lendo, escrevendo ou morrendo de saudades do Guaraná Jesus." Talvez a maioria de vocês já tenha ouvido falar desse refrigerante, mas aposto que vai ter alguém que vai achá-lo super bizarro!

Guaraná Jesus é um refrigerante cor-de-rosa que só é produzido no Maranhão. Diz a wikipédia que ele foi criado acidentalmente em 1920 por um farmaucêutico chamado Jesus Norberto Gomes (que, ironicamente, era ateu e foi excomungado pela Igreja Católica ao agredir fisicamente um padre).

Ninguém sabe ao certo quais são os ingredientes dessa bebida, mas tem extratos de guaraná e um leve sabor de cravo e canela. O que importa é que Jesus é delicioso e que faz tanto sucesso entre os maranhenses que foi comprado pela Coca-Cola em 2001.

No final do ano passado, a Coca-Cola Brasil criou uma enquete para definir o design na nova lata de Guaraná Jesus e muita gente acabou achando que o produto seria distribuido nacionalmente. Mas o diretor da empresa desmentiu os boatos e ficamos todos decepcionados.

Enfim, esse é meu refrigerante favorito e agora que estou a 3.448 quilômetros da fábrica dele, tenho que substituí-lo pela Coca, Guaraná ou Soda. Maaas na semana em que meu namorado veio me visitar, trouxe muitos litros de Jesus (como vocês podem ver na foto) para eu matar a saudade. Estou num momento de vacas gordas, torcendo para que meu estoque de Jesus dure bastante tempo!

15.4.09

O dilema da franja - parte 2

Hoje estava voltando feliz da vida (ou não tão feliz já que poderia ter economizado a passagem de ônibus ao vir andando e não pegar engarrafamento) e decidi passar no salão. De novo. Quando desci no ponto perto de casa, vi que as luzes do salão estavam acesas. Atravessei a rua e fui falar com a atendente. Perguntei se o cabeleleiro cortaria só minha franja (cortaria sim) e percebi que ela estava falando dele como se ele estivesse distante.

- Hum, ele não tá aqui?
- Na verdade, ele acabou de ir embora.
- Ah... Então, tá, né, volto aqui amanhã.

Veremos.

14.4.09

O que passou, passou

O passado bom de lembrar é aquele dos amigos de infância que se mudaram para cidades completamente diferentes, da comida da avó que já faleceu e dos bons tempos de Ensino Médio. Namoros raramente terminam de maneira amigável e fica aquele clima tenso entre o ex-casal. A menina fica magoada, com raiva ou ainda apaixonada. Na verdade, acaba tudo virando raiva. Se ela ainda gosta do ex, se magoa porque ele não quer mais nada e depois fica com raiva porque sofreu muito por quem não merecia.

Conhecer um rapaz, se apaixonar, namorar, terminar, chorar, sofrer. Tudo isso é válido para o nosso amadurecimento. Temos que passar por essas fases algumas (muitas) vezes na vida. O que não pode é ficar remoendo o sofrimento ou a raiva pelo ex-namorado. Até outro dia, eu ficava bem raivosinha quando via o nome de um dos meus ex nos Visitantes Recentes do Orkut. Mas agora eu nem ligo mais. Quer me marocar? Quer saber o que tenho feito ou com quem eu estou? À vontade. Quem vai ficar vivendo de passado é ele mesmo. O meu está bem esquecido naquela gavetinha escondida do meu cérebro.

Pauta para o Tudo de Blog

p.s.: Algumas pessoas sugeriram nos comentários do post anterior que eu mesma cortasse minha franja. Bom, eu tive experiências traumáticas aos 10 anos que envolviam tesouras e meu cabelo. Além disso, sou destra mas corto com a mão esquerda e não tenho a menor coordenação motora para arriscar cortar a minha amada franja!

13.4.09

O dilema da franja

Antes dos meus dez anos, eu usava cabelo meio channel e franja reta. Desde essa época, cortava meu cabelo no mesmo salão e com o mesmo cabeleleiro que cortou minhas madeixas antes que eu viesse para Floripa. Já faz mais de um ano que eu uso franjinha para o lado e "Quem vai cortar minha franja quando eu me mudar???" era uma preocupação constante.

Já faz mais de um mês que saí de São Luís e devo ter cortado meu cabelo pela última vez há quase dois. Como era de se esperar, a minha franja, que deveria estar mais ou menos na altura da sobrancelha, chega no nariz quando esticada. Tem me dado o maior trabalho para ficar ao menos bonitinha e faz uma curva horrível por causa dos meus óculos.

Hoje estava saíndo da faculdade e pensei: "Se aquele ônibus na parada for o meu, eu dou meia-volta e procuro o salão dentro do campus para cortar de vez esse cabelo". Era o meu ônibus, fui até o salão. Mas chegando lá, a cabeleleira tinha saído para bater papo. A demora dela para voltar era claramente um sinal do destino: "Tu estás prestes a cometer o maior erro da tua vida! Essa mulher não deve ter o mínimo de experiência, corre já daqui". Segui o conselho dessa força maioir e voltei para o ponto de ônibus. Decidi ir ao salão que tem aqui bem pertinho de casa e que tem uma cara bem melhor que o da UFSC. Desci do ônibus, atravessei a rua e quando olhei para o tal salão... "Fechado".

Continua...

5.4.09

Minha ex-escola = piada

Estudei a minha vida inteira em uma pequena escola particular do Maranhão. Não me atrevo a falar da escola pública ou da privada de outras regiões do Brasil. Simplesmente não posso falar do que não conheço.

Durante a minha vida escolar, briguei, idolatrei, incentivei e odiei vários professores. Fui uma aluna bem revoltada porque não aceitava pagar por um serviço que está ficando cada vez pior. Depois dos últimos casos de agressão a professores, tem se comentado bastante que os alunos não respeitam mais seus mestres. Mas, na verdade, são os alunos que não são mais respeitados. A maioria dos professores chega à frente da classe e dá uma aula qualquer. Não se preocupa em facilitar a explicação e nem em falar sobre o assunto de forma interessante. Não se importa com aqueles que querem prestar atenção no que ele está falando e deixa que “os que não querem nada com a vida” tomem conta do espaço. Se os professores chegassem impondo respeito na medida certa, silêncio na hora da explicação e dessem uma ótima aula, o estudante não teria do que reclamar. Com o tempo, acabaria habituado a se comportar na escola.

Alunos, exijam que o professor cumpra seu papel.
Professores, controlem a liberdade que dão a seus alunos.
Diretores, escutem seus “clientes”.
Pauta para o Tudo de Blog

4.4.09

No shopping

Toda vez que vou ao Iguatemi, não resisto a aquele quiosque que vende guloseimas. Hoje não foi diferente e queria comer logo aqueles doces. Andar comendo é muito ruim, então parei e sentei num banco. Para não me render a minha mania chata de ficar encarando as pessoas, tirei minha imitação de moleskine da bolsa e fiquei lendo umas anotações que fiz numa aula qualquer de fotojornalismo.

Obturador, profundidade de campo, teleobjetivas... De repente, um homem aparece ao meu lado e diz “ler e comer doces vai acabar te engordando”. Lembrei desse episódio e pensei “Caramba, mais um desconhecido louco vindo falar comigo”.

- Por que você não lê na Saraiva? Você já foi lá?
- Já, mas eu só estou lendo rapidinho enquanto termino de comer.
- É, se você fosse para lá o atendente ia chegar e dizer bem baixinho que não pode comer dentro da loja, hehehe. O que você tá lendo? Vi você lendo essa espécie de diário e fiquei muito curioso...
- Ah, são umas anotações de aula da universidade...
- E você anota nesse caderninho? Na minha época de faculdade, eu preenchia um bloco enoorme de folhas.
- Ah, é que eu não sou muito de anotar...
- Qual curso você estuda?
- Jornalismo.
- Sério? Vai acabar trabalhando no Notícias do Dia.

(Imagine alguns minutos nos quais ele ficou falando mal desse jornal daqui de Santa Catarina)

- Mas e qual é a sua área no jornalismo?
- Ah, não sei, ainda tô na primeira fase.

Acho que ele se assustou com a minha pouca idade (ele tinha cara de uns trinta), perguntou meu nome e disse que ia parar de me oportunar. Sabe, eu gostava da ideia de desconhecidos falando comigo mas, pelo visto, eu sou impossível de atrair desconhecidos legais.

3.4.09

Introdução às Artes Gráficas

Ementa da disciplina: História das Artes Visuais aplicada ao planejamento gráfico-visual. Semiologia do projeto gráfico. Processos de composição e impressão. Utilização do papel e imagens na mídia impressa. A infografia.

Na primeira aula, o professor disse que nos trataria como designers. Confesso que fiquei relativamente empolgada. Tenho contato com o Design há algum tempo já que minha irmã faz esse curso e seria uma oportunidade de ter uma "matéria do Design" no meio do curso de Jornalismo.

O problema é que, toda sexta-feira, saio de casa só para assistir a essa aula e, quando chego lá, encontro o mesmo falatório combinado com apresentações de slide em datashow. A única vez que fizemos algo diferente foi quando visitamos a gráfica da universidade. É claro que o professor fala de coisas interessantes e importantes, mas eu sinto que podíamos ter uma noção de tudo aquilo lendo livros como Design para quem não é designer.

Para piorar, desde a semana passada o professor nos mandar abrir o Photoshop e ficar "brincando", tentanto descobrir as ferramentas. Se ele quer que aprendamos mais ou menos a mexer nesse programa, por que não oferece um minicurso de verdade? Ao invés de nos mandar "brincar", podia dar curtas lições a cada fim de aula.

2.4.09

Herói Potter

Minha paixão por Harry Potter teve início em 2002 quando escolhi um dos livros da coleção para ler durante uma viagem de avião. A história do bruxinho me conquistou de tal forma que devorei todos os livros já lançados num curto espaço de tempo. Mais ou menos naquela época, começaram as gravações dos filmes e eu acompanhava cada notícia, me apaixonei por Daniel Radcliffe e via fotos dos atores que interpretariam Rony, Hermione, Dumbledore, Draco Malfoy.

Quando conheci os livros de J.K. Rowling, o último lançado era Harry Potter e o Cálice de Fogo. Vivi a expectativa dos pottermaníacos que liam os livros em inglês e passavam o dia acessando o site da autora para descobrir alguma novidade da história. Até participei de um fórum sobre HP, conheci gente do Brasil inteiro (mantenho alguns contatos até hoje), discutia sobre o assunto com meus amigos de escola, do inglês, de todos os lugares.

Fui ficando mais velha e passei a beber de outras fontes na literatura. Mas me orgulho de ter continuado fã dessa série infanto-juvenil. Comprei os dois últimos livros assim que foram lançados e demorei menos de vinte e quatro horas para ler cada um.

Posso considerar Harry Potter meu herói porque ele marcou a minha transição da infância para a adolescência e me fez ficar tão apaixonada pela leitura. Além disso, mostrava ser possível fugir da monotonia do todo dia e viver todas aquelas aventuras. Harry era um garoto extremamente corajoso e dava ótimos exemplos de como a amizade é importante. Também me mostrou que dava para escapar de rótulos já que ele acabou mais herói ainda ao vencer Voldemort e não ficou na sombra do talento dos pais.

O menino que sobreviveu é considerado alter ego de J.K. Rowling. Fazem aniversário no mesmo dia, 31 de julho, que é meu aniversário também. Nossos destinos estavam cruzados, assim como o de Harry e Voldemort.
(Pauta para o Tudo de Blog)

1.4.09

Todo primeiro de abril

Até a quarta série do Ensino Fundamental, estudei numa escolinha daquelas de bairro com poucos alunos. Fiz alguns amiguinhos de infância que reencontrei depois, mas o melhor exemplo é o de Sinval. Loirinho, branquelo. Tenho fotos (encaixotadas em São Luís) nas quais estamos bem novinhos. Na segunda série, ele mudou de escola. Na quinta, foi a minha vez. Acabamos parando no mesmo colégio, na mesma turma. Na sétima série, ele foi morar em Fortaleza e, depois, em Maceió. Voltou a estudar comigo no primeiro ano e nos formamos juntos.

Mamãe conta que eu era apaixonadinha por ele quando tinha uns 8 anos. Mas o que importa é que ele faz aniversário hoje, primeiro de abril. Leitora de Marcelo, Marmelo, Martelo e As Viagens de Gulliver, eu tinha (e talvez ainda tenha) uma imaginação fértil. Desde sempre, ficava pensando na mãe de Sinval, grávida, desesperada, falando para o marido:

- A bolsa estourou! A bolsa estourou! Me leva para o hospital agora... !

E o maridão todo incrédulo achando que era pegadinha. Não existe um Primeiro de Abril que eu não mentalize essa cena.

p.s.: A foto não tem muita relação com o post, mas quis manter o clima nostálgico!