30.7.10

Pagu indignada no palanque

Anteontem foi o Dia da Lingerie no twitter e só uma garota que eu sigo participou disso. Na verdade, ela não só participou como é uma das incentivadoras. Fiquei pensando por que ela faz tanta propaganda, por que concorda tanto. E acabei me questionando: "Por que eu a sigo?". Juro que tentei achar motivos decentes, mas não deu. Só a seguia porque ela é bonita e vi o quanto eu estava exercitando meu lado machista lendo os tweets dela. Unfollow. Se eu ao menos não fosse heterossexual, teria uma razão, mas né.

p.s.: Sou contra o #lingerieday.

29.7.10

Desaniversário

Dia 31 de julho está chegando e junto com ele vem todo o clima de tristeza que me atinge. Sabe inferno astral? Funciona direitinho comigo. Não sei o que é pior: ser também o aniversário de morte do meu vô paterno (eu tinha apenas dois anos quando ele faleceu) ou ter que definir algo pra fazer e reunir pessoas completamente diferentes como meus amigos, meus pais divorciados, os filhos do meu padrasto, meus irmãos pequenos e os amigos da família. Até agora tô ignorando que sábado está bem aí, mas daqui a pouco não vou poder mais. Seria tão mais fácil se na data só se comemorasse o aniversário de Harry Potter ou, quem sabe, ter nascido no dia 29 de fevereiro. Comemorar aniversário só de quatro em quatro anos seria ideal pra mim.

28.7.10

Leitora

Depois de ter uma crise existencial porque li pouquíssimo no meu primeiro ano de faculdade (até hoje tenho xerox que guardei pra ler e nada) e resolvi tirar o atraso em 2010. Já li 24 livros (!) e pretendo chegar aos 200 no skoob até o fim do ano.

Jornalismo
O que é ser jornalista, Ricardo Noblat ★★★★★
A arte de fazer um jornal diário, Ricardo Noblat ★★★★
Jornalismo Internacional, João Batista Natali ★★★★
Por trás da entrevista, Carla Mühlhaus ★★★★
Guerra e imprensa: um olhar crítico da cobertura da Guerra do Iraque, Verônica Goyzueta ★★★
Los cinco sentidos del periodista, Ryszard Kapuściński ★★★
Jornalismo on-line: modos de fazer, Carla Rodrigues ★★★
Como escrever na rede, Leonardo Moura ★★
Jornalismo digital, Pollyana Ferrari ★★
Jornalismo online, Mike Ward ★

Faculdade
A Identidade Cultural na Pós-modernidade, Stuart Hall ★★★★★
Edição e Design, Jan V. White ★★★★★
Cultura da Convergência, Henry Jenkins ★★★★★
O que é arte, Jorge Coli ★★★
Por que as comunicações e as artes estão convergindo?, Lúcia Santaella ★★★
A Palavra Pintada, Tom Wolfe ★

Romance
Forever Princess, Meg Cabot ★★★★★

Clássicos
A feijoada que derrubou o governo, Joel Silveira ★★★★★
A Sangue Frio, Truman Capote ★★★★★
Fama & Anonimato, Gay Talese ★★★★★
Paris é uma festa, Ernest Hemingway ★★★★★
O Velho e o Mar, Ernest Hemingway ★★★★
Na pior em Paris e em Londres, George Orwell ★★★

Humor & policial
Os Viúvos, Mário Prata ★★★★★

26.7.10

Federal ou particular?

Nesse final de semana estava no novo shopping de São Luís (informação para mostrar que a cidade agora tem mais de um shopping decente) e mamãe encontrou um coleguinha que brincava com minha irmã quando ela tinha um ano. Ou seja, eu nem tinha nascido.

Depois de dizermos que não lembrávamos um do outro, falamos, é claro, de faculdade. A mãe do tal Alexandre se apressou a dizer que ele já está no oitavo período de Direito e mamãe conseguiu enfiar na conversa que eu nem morava mais aqui. Fiquei até brincando com ela depois que pais só criam os filhos para exibir nessas conversas de corredor. Acabei cometendo uma pequena gafe perguntando se ele era da federal, enquanto estuda numa particular. Só fico me perguntando de como vai ser, no futuro, a relação formados na federal/formados na particular. Porque o boom de vagas e cursos nas particulares é recente (aqui em São Luís) e pelo menos acho que até agora não formou tanta gente assim. Será que vão influenciar nas relações de trabalho ou na escolha de currículos por muito tempo ainda?

Será que com as cotas que, na federal aqui, reservam 50% das vagas para negros e estudantes que se formaram em escolas públicas não está mais do que na hora das faculdades particulares lutarem por uma fama decente? São Luís já está grandinha, né.

17.7.10

Já tomei guaraná jesus


Qual a probabilidade de encontrar no avião a única maranhense que você conhece em Floripa? Pois é, cheguei depois do almoço aqui em São Luís. Calor demais. Tive um almoço muito bom com a família e agora acompanho esse pôr-do-sol na varanda de casa. Será que essas três semanas vão ser fotográficas assim?

16.7.10

Por onde andei

Você só começa a reparar nas calçadas quando as próprias pernas viram seu principal meio de transporte, mas se acostuma com as elevações causadas por uma árvore que nasceu no lugar errado e com o trecho que é muito estreito e você morre de agonia quando um ônibus passa ao lado. Só que um belo dia a prefeitura resolve tirar um poste do lugar e deixa de presente pra você - que passa ali pra ir pra 99% dos lugares da sua vida - um buraco com pedras e areia. Que delícia. Sem contar a outra obra na mesma avenida que deixou areia espalhada por mais de um quarteirão. Nesses dias de chuva - ainda que seja chuvinha - em Florianópolis, tenho que passar por todos esses lugares imundos, deixando meu all star mais sujo ainda. E só consigo pensar "Ainda bem que não saí de sapatilha hoje". Quase todo dia.

p.s.: 87,6% dos postes de Florianópolis ficam no caminho do piso tátil. Algo bem inteligente.

14.7.10

Uma história com o detetive Fioravanti

Fazia muito tempo que eu não lia uma história tão envolvente. Só consigo pensar em Travessuras da Menina Má, que eu li numa semana corrida de provas no terceiro ano. Três dias. Foi o tempo que demorei pra ler tanto o livro de Mario Vargas Llosa quanto o de Mário Prata.

Os Viúvos tem duas histórias paralelas: o detetive Fioravanti recebe e-mails de um psicopata contando sua história de vida e alguns de seus crimes e ao, mesmo tempo, o parceiro do Fiora tenta achar uma prostituta partindo de uma foto. Uma foto da bunda da moça. Meu volume tem até dedicatória pro querido pai do Antônio Prata e só tive tempo pra ler agora que fiquei de férias (ainda estou em Floripa por causa do estágio, mas vou subir para os 2 graus de latitude nesse sábado). Nem sei por onde começar a falar do livro, então vamos recorrer a uma lista. Os Viúvos me ganhou porque:

1 - Se passa em Florianópolis (local onde eu e o Mário moramos. Mas eu moro perto da universidade pela praticidade, ele deve morar de frente para uma das mil praias daqui).
2 - Os capítulos são curtos do tipo que você lê pelo menos um quando a internet cai e não quer voltar.
3 - Os capítulos (ainda sobre eles) têm nomes de bairros, mostrando onde se passa a ação. Um se chama "Universidade federal". O estacionamento da UFSC é palco para um roubo de um carro.
4 - O gênero policial e o humor caem bem na história.
5 - A ideia do livro surgiu quando o próprio autor levou um calote do contador (o psicopata quer matar o ex-contador).
6 - Mário apresenta todo novo personagem com ótimas notas de rodapé.
7 - Na página 136, o trecho "Sim, a gerente do Matisse, o simpático barzinho meio intelectual, meio de esquerda dentro do CIC, se lembrava dela." faz referência a uma crônica do Antônio que eu arrisco chamar de a mais famosa. "Bar ruim é lindo, bicho!" tem até comunidade no orkut.
8 - Uma referência ao próprio filho.
9 - Que é um dos meus escritores favoritos mesmo sem ter lido nenhum livro dele. Até agora.
10 - É muito amor!

Outra coisa que me aproxima muito do livro (não quis fazer onze ítens) é que lugares tipo o supermercado do Iguatemi são citados. E, caramba, é lá que faço minhas compras. Depois disso quero muito ver o Mário Prata num lugar aleatório da cidade pra segui-lo sem ele perceber e ainda escrever uma crônica sobre ele. Se duvidar, ainda mostro pra professora de Estética e Cultura de Massa.

10.7.10

Um amor que goste de cachorros


Você aí cachorro bonitinho - filhote ou não - que passeia com o seu dono frequentemente, devia pensar em outras coisas além de fazer xixi em muros alheios ou cheirar outros da sua espécie. Você não tem ideia do quanto me deixa triste quando passa ao meu lado e nem me olha, nem me cheira, nem nota a minha presença. Queria que você sorrisse com os olhos como só cachorros conseguem fazer, balançasse o rabo de felicidade e pulasse nas minhas pernas pedindo carinho. Mas não, você prefere passar de esnobe, rebolando e me ignorando completamente. Continuo te achando uma fofura, mas, poxa, você me deixa muito triste com toda essa situação. O que me resta é ser nostálgica, lembrar de Lucky, o meu poodle estressado que me espera em São Luís (daqui a uma semana!). 

5.7.10

Não sou argentino, mas odeio futebol

Preciso contar que queria seguir alguém desde que era uma caloura perdida e nem sabia o que estava fazendo no primeiro semestre da faculdade de jornalismo. Uma veterana comentou sobre o exercício e fiquei com muita vontade de achar alguém interessante na rua e escrever a partir dessa experiência.

Saí meio atrasada de casa porque ninguém consegue acordar cedo num sábado sem compromissos. No ponto de ônibus, percebi que chegaria ao centro da cidade pra lá de meio-dia e fiquei ansiosa, com medo de já encontrar o centro se esvaziando. Chegou o ônibus, a beira-mar parecia não acabar nunca, mas eu já ia reparando nas pessoas pra me acostumar a observar cada detalhe. Acho que eu queria ver se conseguia me concentrar numa pessoa sem ela estar conversando comigo em vez de me render aos pensamentos que me lembravam do namorado, da minha cidade ou do tanto de coisa que eu sempre tenho que ler.

Como vou saber que devo seguir alguém?, foi o que pensei quando cheguei ao meu destino. Felipe Schmidt, Conselheiro Mafra, nem sei se já decorei os nomes dessas ruas de comércio, mas percebi que andando por ali só encontraria pessoas fazendo compras. Não queria isso. Me distanciei e foi pro lado do Mercado Público que me frustrei pela primeira vez. Perdi um casal de velhinhos. Eu que tenho 18 anos e que usava meus óculos justamente pra conseguir enxergar tudo, perdi de vista um casal de velhinhos que andavam a passos bem miúdos e de braços dados. Depois, deixei de seguir um anão, acompanhei por uns dez minutos um guri de uns 13 anos carregando uma bolsa pesada, comprando um lanche e indo pra loja da família, segui um gordinho com um exercício de matemática na mão que foi direto pro Ticen e, por fim, segui uma garota apressada que se enfiou por ruas do Centro que eu nem imaginava que existiam. Ela me chamou atenção porque deu um sorrisinho rápido pro Museu Histórico. Andava bem rápido e mostrava confiança nos passos, parecia fazer aquele caminho muitas vezes. Logo tirou o moletom porque o sol quente não parecia um sol de junho e tentou prender os cabelos, mas o coque se desfez depressa e a jovem deixou os cabelos castanhos e um tanto ondulados caírem no meio das costas, se balançando com os movimentos que ela fazia. Praticamente corri atrás daquela garota, que apenas me levou até a casa dela. Tirou as chaves da bolsa preta que carregava, abriu o portão de ferro e sumiu atrás da porta de vidro que dava para o hall do prédio. Se havia alguém me seguindo, dei o mesmo final pra crônica alheia. Sumi por trás da porta de vidro, subi um lance de escada e voltei pra casa.

Sem achar tempo livre pra me dedicar a observar a multidão e achar meu personagem, ele acabou vindo até mim. Era o último jogo do Brasil nessa copa – mas eu ainda não sabia disso, é claro – e eu assistia ao fracasso de Dunga num bar da Trindade com os amigos da faculdade. Chegamos em cima da hora, como sempre, e ficamos numa mesa péssima. Eu tinha que ver a TV de ladinho e toda hora alguém ficava na nossa frente. Primeiro tempo, estávamos mais confiantes que o vestibulando que não estudou a vida inteira, mas se inscreveu pra biblioteconomia. Nem ele e nem a gente sabia que seria capaz de tirar uma nota tão baixa na redação. Intervalo. O bar inteiro fez a felicidade do dono do estabelecimento ao se empanturrar no bufê do almoço. A partida estava quase recomeçando quando um garçom me deixou morrendo de raiva por tirar minha bolsa e moletom de uma cadeira vazia pra levá-la a uma mesa que ele inventou de colocar bem na minha frente. Xinguei mentalmente aquele cara que podia ao menos ter pedido um “com licença”, mas relevei. Sempre relevo.

Um casal simpático sentou naquela mesa maldita, mas não demoraram nada. Foram só pra almoçar mesmo. Jogo vai, jabulani vem e chegou outro cara pra sentar à mesa em frente a nossa. Chegou todo educado com seu cabelo de cuia partido ao meio e perguntou se poderia sentar ali. Tudo bem, fazer o que, sorrimos amarelo. Ele escolheu o lugar de costas para a TV e matou o que o estava matando.

Hmmm, onde almoçar hoje? Que merda, jogo da seleção, não vou encontrar um lugar nessa cidade sem vuzuzelas e sem torcedores insuportáveis. Ok, ok, Frango e Fritas mesmo que já estou aqui perto. Sem nem lugar pra estacionar minha moto direito, imagino como vai estar lá dentro. Ufa, me deixaram entrar. A comida parece boa. Pelo menos com esses jogos fazem uns pratos diferentes. Tá, onde vou sentar? Fico com o primeiro lugar vago que achar, não importa onde. Opa, uma mesa pequena, nem quero olhar a TV, é aqui mesmo. Frango, frango, frango, arroz, ostra gratinada. GOL, GOL, GOL, GOL, o bar não para de gritar isso. A bola deve estar no meio de campo ainda e esses empolgados tão aí gritando como se a vida dependesse disso. Respira fundo, cara. Você não precisa mostrar que odeia tudo isso. Vive o teu dia e deu. Eu consigo entrar em alfa, esquecer o mundo à minha volta, fazer tudo isso muito rápido pra não me atrasar no almoço e vou levantar pra pegar a sobremesa grátis sem nem dar uma olhadinha nessa TV maldita. É assim que se cala o Galvão, ouvindo a mim mesmo quando esse chato fica gritando na Globo. Adoro essa sobremesa de morango. É daquelas de caixinha tipo gelatina, eu fazia muito antes de morar sozinho. Ih, os caras da mesa pararam de falar quando eu cheguei perto. Cara, esquece essa mania de perseguição, estão prestando atenção nesse bando de jogador de camisa amarela. Ah, não, merda, esses caras invocaram com as vuvuzelas agora. Até o morango perde o gosto. Tchau, sobremesa.

Não foram nem 15 minutos que o homem com cara de bonzinho, mas com um péssimo gosto pra penteado, ficou na mesa que chamei de maldita ainda agora. 15 minutos que nos fizeram comentar sobre ele na hora que ele foi buscar a sobremesa e depois de ir embora. Realmente tão rápido que ele saiu antes mesmo dos gols da Holanda e de ficarmos mais inseguros que vestibulandos de medicina em dia de divulgação de resultado.

E, sabe, é mais fácil achar que ele realmente odeia futebol e a copa do mundo com todas as forças do que ignorar tudo isso. Nenhum brasileiro ignora futebol. E eu, como toda boa mulher, acha pior ignorar que odiar. Ainda cogitei a possibilidade do meu personagem ser argentino. Mas, se fosse, teria dado uma olhadinha só pra praguear a seleção brasileira. Não que precisássemos, né.

p.s.: Não queria fazer um texto onde aparecesse o exercício de seguir alguém, mas foi o que saiu. E acabei me empolgando, escrevi demais.

3.7.10

Poxa, Brasil!

Assisti à estreia da seleção brasileira nessa copa num bar com os amigos. De última hora, percebemos que todos os bares do entorno da faculdade estavam apinhados de gente e mudamos de destino. Cheguei na hora do hino. Realmente não sou muito de futebol. Gosto de assistir de vez em quando, mas não grito, fico na minha. Durante a partida, percebi que a minha primeira copa fora de casa seria com os amigos do curso, quebrando o expediente das aulas ou do estágio para ir ao bar e vendo a UFSC inteira parar quando os brasileiros estavam em campo.

Minha relação com a copa da África do Sul começou mais de mês antes com o álbum de figurinhas online disponível no site da Fifa. Todos os dias, três pacotes com cinco figurinhas cada para colar no meu álbum em versão flash. Podíamos trocar as figurinhas entre os outros desocupados que também estavam participando. Do meu grupo de amigos, fui a segunda a completar o álbum. A última figurinha foi o Lúcio, do Brasil, que tanto apareceu nos nossos jogos.


No segundo jogo, acabei ficando em casa porque tinha que lavar roupa (sim!). Acabei contando sobre o terceiro no post passado. A quarta partida coincidiu com a visita de mamãe e padrasto à Floripa e vimos juntos. E, hoje, com a camiseta do Brasil comprada recentemente, dei gritinhos esperando que a nossa seleção virasse o placar no segundo tempo. Não posso dizer que fiquei mais triste do que eu esperava porque realmente não cogitei a possibilidade de sermos desclassificados pela Holanda. Esqueci do meu ódio por vuvuzelas, era muito emocionante todo o bar gritando e pedindo "Gol, gol, gol, gol... !" quando nossos jogadores corriam pelo campo do adversário. Levantei antes do árbitro terminar a partida e fui pagar a conta para evitar uma fila quilométrica no caixa do bar e antes mesmo de ser atendida, perguntei ao namorado "Acabou mesmo o jogo?" numa esperança de que ele respondesse que teríamos outra chance só porque somos o Brasil. Mas isso não existe. E, sim, acabou.

Não pude deixar de ficar ainda mais triste pela derrota na copa dos meus amigos da faculdade. Não tenho a menor ideia de onde vou estar em 2014 e nem das pessoas que vão assistir aos jogos comigo. Tudo isso porque acompanhei a saga de posts do Championship Vinyl sobre as copas do mundo que ele já viveu.

"Minha obsessão com a Copa é puramente emocional.

A cada quatro anos, existe um mês, um único mês, em que eu abandono todos os meus heróis, sejam eles dos cinemas, da música, ou dos quadrinhos, e venero somente aqueles poucos heróis (e odeio com esta mesma intensidade alguns dos vilões) que correm por aquele gramado. Entrego minha felicidade a eles e, justamente na busca por esta felicidade, choro, rio, faço promessas, tenho superstições, abraços pessoas que acabei de conhecer e grito. Grito com força, tudo aquilo que esperei quatro anos para gritar.

Ao mesmo tempo, acompanho todos os jogos, anoto resultados em tabelas, faço projeções e adivinhações, estudo escalações, táticas e revejo gols, sabendo que tive a sorte de assistir a lances que pessoas que serão lembrados daqui a muito, muito tempo.

A cada quatro anos, existe um mês, um único mês em que nada mais existe para mim
." (Trecho da introdução à saga).

E andando pra faculdade depois da eliminação, lembrei do post do Antonio Prata que li ontem. Era um relato de uma conversa pelo telefone com o pai, Mário Prata.

- Tá gostando da seleção, pai?
- Tô torcendo contra.
- Por que?!
- Meu filho, a gente vai ter que passar os próximos quatro anos vendo a Dilma ou o Serra, todo dia, no jornal e na televisão. Além disso, o Dunga?! Tem que pensar nessas coisas…