26.6.10

Bastidores de uma aspirante

Resolvi parar de ser mentirosa e finalmente coloquei o jornalismo como um dos assuntos do blog. Desculpa, mas eu amo meu curso e não consigo parar de falar sobre isso. Pra começar esse tempo de sinceridade e sem peso na consciência pra estar falando mais uma vez sobre faculdade, vou falar sobre o hoje.

Você que acha que a vida de estudante de jornalismo é facil e que só fazemos trabalhos legais, é porque nunca tentou falar com alguém razoavelmente importante e perceber a falta de credibilidade que você passa quando diz ser um (a) estudante de jornalismo. E, pior, ter que desconversar quando a pessoa pergunta onde vai ser publicado/exibido/transmitido. Com que cara falar pra uma fonte que você está só fazendo um exercício pra aula?

Tá, esse ano tenho um estágio (ou uma bolsa de extensão). Escrevo reportagens para um portal online de jornalismo científico com conteúdo sobre a UFSC. Não coloco o link porque o wordpress ou qualquer serviço do tipo denunciaria meu blog para a minha chefe. Não seria legal. Enfim, A chefa me escalou para uma pauta sobre um programa pioneiro de pós-graduação multicêntrico. Passei o ontem entrevistando minhas fontes e teria que acompanhar a mesa-redonda sobre o curso e entrevistar um dos convidados, professor da USP. E, bem, o evento foi hoje. De manhã. Das nove às onze e meia. Compareceram 15 pessoas (incluindo eu e a jornalista da agência de comunicação da universidade). Tive que esperar um século pra entrevistar o professor visitante e enquanto esperava, só escutava os gritos, fogos e vuvuzelas de quem acompanhava o jogo do Brasil perto do auditório.

Cheguei a tempo de ver o finalzinho do primeiro tempo em pé na lanchonete do prédio onde estudo. No intervalo, tentei ir até a sala onde trabalho e descobri que com a suspensão do expediente por causa do jogo, haviam trancado o corredor onde fica a minha sala. Gravador, caderno, caneta e celular sem crédito em mão. Dinheiro, carteira, casaco e o resto da minha vida trancados até sabe lá que horas. Almocei graças a dois amigos que tinham ido aleatoriamente para a faculdade vazia de uma sexta-feira com o extra de um jogo da seleção.

21.6.10

Vou xingar muito no twitter

O CALA BOCA GALVÃO foi engraçado, rendeu boas piadas, assunto no bar e todo o resto. Ainda houve uma tentativa de fazer algo parecido com a Geyse Arruda, mas - enfim - não deu certo. Agora com toda essa polêmica envolvendo o nosso técnico Dunga e os jornalistas da Globo, não se fala em outra coisa e sempre vejo na minha timeline alguém mandando o Tadeu Schmidt calar a boca. Tudo isso só me faz lembrar do quanto todas essas pessoas que hoje reclamam do Galvão, da Geyse, do Tadeu fizeram graça com os fãs da banda Hori - "família Restart" - porque um guri falou numa entrevista que iria xingar muito no twitter. E essas pessoas não estão fazendo exatamente isso? Xingando o narrador esportivo mais famoso do Brasil (deve haver alguém que goste), xingando a Globo, xingando os jornalistas, xingando os próprios brasileiros que se ocupam com os trending topics e nem ligam para o aumento dos salários dos senadores. Resumindo: todo mundo xingando muito no twitter. Puta falta de sacanagem.

20.6.10

Péssima perseguidora

A professora de Estética e Cultura de Massa finalmente passou o exercício clássico da disciplina que eu ouvi falar ainda no meu primeiro período quando meus veteranos tiveram que fazer. Simplesmente temos que seguir alguém na rua - sem ser vistos - e escrever uma crônica sobre isso. Li o conto "O Homem da Multidão" do Edgar Allan Poe, recomendado pela professora, peguei ônibus num sábado de manhã e fui para o centro da cidade.

Andei, andei e percebi que estava muito em ruas de comércio. Que só ia encontrar pessoas fazendo compras. Me distanciei, fui pro lado do Mercado Público e contei quantas pessoas usavam blue jeans numa amostra de 100. Foram 64. E aí vi uma velhinha idêntica a Suzana Amaral, diretora do filme "Hotel Atlântico" (que eu assisti na sexta). Ela andava bem devagar de braço dado com um velhinho e fui segui-los. Entraram no Mercado, esperei um pouco e entrei também, percebendo que eles haviam parado na primeira banca de peixe. Esperei um pouco, tentei disfarçar e quando voltei a olhá-los, tinham sumido. Sim, eu consegui perder dois velhinhos que andavam super devagar. Entendem o título do post agora?

Resolvi voltar pra saída do Ticen (terminal de ônibus do centro) e ver se saía alguém interessante. Passou um anão, cogitei a possibilidade, titubeei, desisti. Em seguida, reparei num menino de uns 12 anos que carregava uma bolsa pesada. Comecei a segui-lo, ele andou, andou e chegou numa loja de roupas femininas. Será que é da mãe dele?, pensei. Saiu de lá sem a bolsa e foi para uma lanchonete. Esperei e ele apareceu segurando um sanduíche e voltou pra tal loja. Ok, fail. Fui para a praça XV de Novembro e, no caminho, não resisti a uma placa do Mc Donald's. Almocei lá e fui tentar achar alguém legal. Perto do Museu Histórico, reparei numa menina que tava com uma cara bem feliz. Fui atrás dela. Ela estava praticamente correndo por umas ruas que nunca tinha passado antes. Chegamos na avenida Mauro Ramos e ela entrou num apartamento usando chave. Legal, segui alguém indo pra casa.

Peguei ônibus pra voltar pra casa, mas acabei voltando pro Ticen. Ainda fiquei uns bons momentos sentada num banco perto da saída do terminal vendo se ninguém interessante passava. Não passou.

14.6.10

Destinos: Nova Iorque

Hoje, 13 de junho de 2010, estou sim voltando ao blog. Não posto direito desde abril e sinto que perdi de abordar grandes assuntos nesse período. Não falei sobre o dia do trote nos meus calouros (que foi em março, mas enfim), nem sobre a primeira manifestação que eu fui (o primeiro grande ato contra o aumento da passagem de ônibus daqui de Floripa), sobre quando conheci o interior de Santa Catarina (Fraiburgo, a cidade do meu namorado), nem sobre a primeira vez que comi fondue, nunca falei mal sobre as meninas que dividem apartamento comigo e nem vim contar sobre o dia dos namorados perfeito que tive ontem.

A revista Destinos é o meu trabalho final pra disciplina de Planejamento Gráfico que, sinceramente, é a única matéria puxada da terceira fase do meu curso. É nessa cadeira que aprendemos a diagramar: temos 2 meses de exercício prático em sala (diagramando páginas de jornais: standart, berliner, tablóide) e temos que entregar essa revista de 20 páginas de tema segmentado. Escolhi viagens pra dar um migué, mas todas as páginas são sobre New York. Ah, o que interessa é a diagramação, então todos os textos são falsos. Só editamos a capa, o sumário e os títulos pra revista fazer algum sentido.

E vocês não tem ideia do trabalho que essas 20 páginas me deram: conseguir fotos (em alta resolução), fazer o boneco da revista (planejar as matérias fake), escolher tipografia, criar um projeto gráfico, forçar o cérebro a parir diagramações criativas. Sem contar que eu comecei com o tema "noivas" e mudei porque era impossível conseguir fotos boas na qualidade adequada pra impressão. Trabalhei muito muito muito nesse projeto pra ter orgulho dele no final. E, bem, estou muito coruja. Não vejo a hora do professor devolver a revista impressa (que me custou mais de 40 reais contando com os testes).


9.6.10

Na madrugada

Que vontade de postar, assuntos não param de aparecer aqui no meu cérebro maranhense. Mas procrastinei,  procrastinei e agora preciso dormir pra aula de amanhã. Boa noite e volto com o blog direitinho no final de semana.