29.8.10

Todos aqui o amamos muito

"Olá, Luisa! Aos que estão lendo HONORÁVEIS BANDIDOS meu protesto como maranhense. O Maranhão e o Brasil devem muito ao Sarney. Eu posso dizer que todos aqui o amamos muito. Eu creio na honestidade, seriedade,honradez,dignidade e amor ao povo que ele tem. Se a família dele é bilionária eu tenho certeza que se deve ao senso de economia e poupança que eles têm. Obrigado! Ah! a propósito, ainda ontem me disseram que havia um saci-pererê em meu quintal. Pena que não cheguei a tempo de vê-lo. Eu acredito também em curupira, boi-tatá, mula sem cabeça, marcianinhos verdes e de antenas,papai noel...ahhh! o natal tá chegando e tenho que escrever minha cartinha....Abraço! Martin"

Para provar que no skoob os recados de spam podem te deixar no mínimo perplexa, sem saber o que achar disso tudo. No final, eu ri.

Obs.: Ainda estou bem no comecinho do livro, mas não estou gostando muito da narrativa. E queria deixar claro que nunca tinha ouvido alguém se referir a Roseana como "princesinha do calhau" antes dessa leitura.

25.8.10

Semana do Jornalismo



Gostei dessa reportagem exibida no último Fantástico sobre as queimadas no país e, principalmente, a da Ilha do Bananal - TO. A sequência de imagens te prende e você fica péssima com toda aquela vegetação sendo destruída junto com a repórter Sônia Bridi. Na verdade, melhor ainda foi ouvir da boca pra própria Sônia todo o esforço da Rede Globo para conseguir acesso à ilha fluvial - o Ibama não queria colaborar - e ainda os bastidores da viagem de helicóptero, balsa, carro velho que a equipe de reportagem teve que fazer às pressas pra conseguir fazer a cobertura.

Sônia Bridi é repórter especial da Globo, já foi correspondente em Paris, Nova Iorque e China e é formada em Jornalismo pela UFSC. A repórter veio à Florianópolis essa segunda-feira (23 de agosto) para dar uma palestra no lançamento da Semana Revista, produzida, escrita, diagramada e editada pelos alunos do curso. A publicação tem o objetivo de divulgar a Semana do Jornalismo, também organizada pelos estudantes. A nona edição acontece de 13 a 17 de setembro e adivinhem quem quem está no meio disso. Na revista, escrevi uma matéria sobre machismo nas revistas femininas e estou fazendo os contatos para os minicursos que são oferecidos durante o evento. Consegui hoje fechar a lista das oficinas e são as seguintes: Jornalismo de Humor, Jornalismo Investigativo, Produção de Perfis, Fotorreportagem, Rádiodocumentário, Videoclipe, Jornalismo de Moda e (Adobe) Premiere Avançado.

A Semana já recebeu o pessoal do CQC e o do Profissão Repórter. Esse ano, vão vir Xico Sá, Eliane Brum, Palmério Dória e muitos outros jornalistas bacanudos. Esperem só!

Começa o semestre

Título com três semanas de atraso, mas a minha desculpa da vez é que a minha internet provisória é a cabo e eu não me sinto inspirada pra vir aqui sem wireless, aham.

Meu quarto período na faculdade começou dia 9 de agosto e até parece que estou começando o curso agora. Não só porque minha empolgação com a futura profissão está bem maior, mas porque as disciplinas que estou cursando parecem que vão me ensinar alguma coisa nessa vida. São as seguintes (pela ordem de aulas na semana):

Webdesign aplicado ao jornalismo
É triste começar a semana e essa lista com a única disciplina ruim do semestre. O professor não é lá dos mais entendidos no assunto e as aulas... Nas duas primeiras lemos textos minúsculos e fingimos que fizemos seminários. Na dessa segunda, ele queria brincar com a gente no photoshop. Mais triste ainda é ver a minha oportunidade de aprender alguma coisa sobre html descendo os morros dessa cidade.

Infografia
É a única optativa (alguns chamam de eletiva) que estou fazendo. A professora é muito boa (ok, admito que ela é a minha chefa) e as aulas estão ótimas até agora. Vai ser bem naquele esquema de teoria + prática ao longo do semestre. Estou bem empolgada e agorinha mesmo paguei 12 reais na xérox de um livro da disciplina. É...

Redação IV
Primeira aula de verdade para me ensinar a escrever. Além de discussões sobre o texto jornalístico, temos bastante prática e no final do semestre vamos produzir um jornal laboratório inteiro em apenas 1 semana. Espero que meu texto evolua bastante, porque ainda acho que texto bom ainda está bem longe do meu alcance. É a disciplina que mais me empolga porque, né, quero aprender a escrever!

Edição
Com aquele mesmo professor de Planejamento Gráfico, a disciplina da revista que eu diagramei semestre passado. É no mesmo esquema de aulas teóricas chatas, exercícios práticos necessários e que geram muito aprendizado e um trabalho final interessante. Nessa matéria, vamos produzir um jornal-mural de duas folhas A3 sobre um determinado livro. Já escolhi o meu e é Honoráveis Bandidos do Palmério Dória.

Teoria da comunicação
Finalmente vou voltar a pensar na vida. A disciplina promete porque o professor e o método dele são muito bons, acho que vou aprender bastante. Apesar de ter que fichar um ou dois textos difíceis por semana...

Políticas de comunicação
É uma disciplina obrigatória da quinta fase que estou adiantando e o professor é o mesmo de Teoria. Digamos que na primeira semana o professor estava viajando e na segunda, eu faltei. Ops.

18.8.10

Quero ser Leonardo da Vinci

A invenção do relógio de pulso foi impulsionada por Santos Dumont que precisava marcar o tempo de voo e considerava perigoso ter que tirar o objeto do bolso. Uma mulher de 33 anos, formada em jornalismo e em gastronomia, ganha 3 milhões ao ano vendendo brigadeiros mais chiques que ela criou. O modelo Starbucks foi sugerido por um empregado criativo rejeitado e que depois acabou liderando toda a rede de cafeterias. O bufê de sorvete que eu tanto amo foi um reaproveitamento de um bufê de cachorro-quente perto de uma sorveteria. O site Estante Virtual foi pensado por um candidato a mestrado em Psicologia Social que precisava de livros aleatórios. O delivery de pizza surgiu com a Domino's Pizza nos dormitórios da Universidade de Michigan. O Buscapé foi uma baita sacada de uns brasileiros.

Vou largar o jornalismo, fazer uma viagem criativa e ter uma ideal genial de um negócio. Depois eu conto a experiência na Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

p.s.: Teve nota sobre a invenção da receita da Coca-Cola, mas faltou a do Guaraná Jesus, criado por acidentalmente quando o farmacêutico Jesus tentava imitar um xarope pra não sei o que.

17.8.10

Google assassino

A imagem que o Google me passa é que ele quer matar todos os sites e ferramentas da internet que não sejam dele ou não possam ser comprados. O Wave queria matar o e-mail, o twitter, todos os outros sites do mundo e acabou enterrado. A notícia sobre o fim da onda (ou marola) ficou no final das páginas de portais de notícias, poucas pessoas twittaram sobre.

O que o Google não sabe é que ele acabou de por fim à vida da minha agenda de papel. Nunca tinha dado bola pro link "Tarefas" que tinha surgido no Gmail. Até hoje quando estava ficando louca de pensar em tantos compromissos, em tanto e-mail que tinha que mandar e todo o resto. Era um neurônio brigando com o outro pra  decidir qual pendência era mais importante. Antes que eles cometessem suicídio com overdose de sinapses, cliquei em "Tarefas" e comecei a escrever. Achei divertido. No final do dia, 17 ítens na minha lista sendo cinco deles já riscados. Ufa.

15.8.10

Cestinha de compras

Hoje fui ao shopping procurar uma bota e saí de lá com uma saia e uma sapatilha de promoções. Passei no mercado na saída e achei minhas compras bem aleatórias.

Tapete cor-de-rosa para o banheiro: porque estou nessa vibe de comprar coisas para casa aos pouquinhos.
Acetona: fiz as unhas antes de voltar à Floripa e não sei onde deixei a minha nessa loucura de mudanças.
Sabonete para o rosto: minha pele ainda não se acostumou com o frio e esse prometeu que ela não vai ficar ressecada, aham.
Bisnaguinhas: melhores amigas de uma estudante que tem que comer todo o pão que compra.
Pão de queijo: para assar na casa do namorado antes de ir pra minha própria casa.
Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios: fui conquistada pela capa. Quero saber de onde surgiu a ideia de negócios como o Twitter, Spoleto, Starbucks, entre outros. Adorava assistir esse programa da globo nos domingos de manhã, depois de assistir Siga Bem Caminhoneiro no SBT. Era uma criança um pouco perturbada.

12.8.10

Engarrafamento

Depois de andar uns quarenta minutos pelo centro da cidade ontem e descobrir que o cartório eleitoral estava de portas fechadas graças ao dia do advogado ou outra data desse tipo, voltei lá hoje e me cadastrei para votar em trânsito. Pessoas que estarão fora do seu domicílio eleitoral podem votar para presidente em qualquer capital do país. Fiz isso porque procrastinei no período de transferir meu título e não queria me formar jornalista sem ter chegado perto de uma urna eletrônica oficial. Nas eleições de 2008 eu não votei porque preferi estudar para provas em vez de tirar o documento de última hora. Uns 20 minutinhos na fila e me cadastrei pra votar aqui em Floripa com um funcionário que afirmava ter namorado uma maranhense de Paraibanos. Ele reclamou que eu ser do Maranhão o deixou com saudades da ex, parecia um poeta das antigas suspirando.

7.8.10

Lucky, roupas leves, carne de sol

Depois de passar uma noite inteira sendo chocada por mamãe, estou na véspera de viajar mais uma vez pra Floripa. Criamos a tradição de sempre assistir ao filme Mamma Mia (e cantar junto a maioria das músicas) e amanhã eu desço mais de 3 mil quilômetros carregando garrafas de guaraná jesus, sabe como é.

Vou sentir falta
1. Lucky, o poodle. Nem sei se ele ainda vai estar morando na minha casa quando eu voltar.
2. Comer carne de sol com farofa da boa acompanhada por jesus e, de sobremesa, creme de cupuaçu.
3. Minha pele fica mais bonita aqui (aparentemente ela gosta do calor).
4. Usar meus shortinhos, saias e vestidos leves.
5. A mordomia do meu pai me levar pra almoçar fora quase todos os dias.
6. O beijo dos meus irmãos de 10 e 7 anos.

Vou me livar
1. Minha querida vizinha casa de shows de forró.
2. Esse calor infernal.
3. A casa desarrumada porque a diarista cortou a mão e não veio trabalhar desde antes da minha chegada.
4. Briguinhas familiares
5. Dos quilos extras que ganhei nas férias.
6. Da saudade do meu namorado.

Faço conexão em Brasília e em Congonhas e chego na Ilha da Magia disposta pra mais um semestre letivo. (Não).

4.8.10

Quatro olhos

Esses dias estou almoçando sempre com papai porque minha irmã, a turista que acabou de voltar de Curitiba, já está passeando no Rio de Janeiro. Combinamos de ir depois para o oftamologista. Finalmente voltei a me consultar com o primeiro médico que me passou óculos, que também foi o primeiro de mamãe, da irmã, de papai, de Lucky, etc. No restaurante, eu não usava meu óculos. Primeiro porque raramente uso ele fora da faculdade, do cinema, de lugares onde preciso enxergar. Segundo porque odeio comer de óculos. A armação me incomoda, não é legal. Escolhi comer um frango à milanesa lindo, bem gordinho. Coloquei vários no prato e só escolhi isso de carne. Pesei, sentei, cortei o primeiro frango. Mastiguei e era banana frita.

Semana de saco cheio

Estou há mais de um mês tentando alugar um apartamento com dois amigos e sendo obrigada a lidar com a atendente/corretora mais mosca morta de Florianópolis. A imagem que eu tenho dela é de uma baita procrastinadora. Sei que não posso falar muito porque conheço bem essa condição de vida, mas no meu estágio ninguém depende do que eu faço pra arranjar um lugar pra morar. Então é isso, desço o mapa do Brasil nesse sábado e ainda não tenho um lar. Eis a razão de estar com tanto saco cheio de São Luís mesmo sem ter ido a todos os lugares que queria ir, sem ter tomado o sorvete de tapioca na minha sorveteria preferida e sem ter visto alguns amigos (de novo). Ao mesmo tempo que não posso voltar porque não tenho nem cama e nem teto pra dormir embaixo, queria resolver tudo isso logo e voltar a sentir um friozinho nessa vida. Outro dia senti um ventinho muito fresco aqui em casa e vesti um bolero pra me agasalhar. Um bolero. E claro que senti calor depois.

2.8.10

Dezenove


Quando eu coloco uma roupa meio curta, penso que tenho que vesti-la enquanto ainda sou nova porque não tem coisa pior que coroa que não viveu a juventude e usa esse tipo de roupa fora da época. Então tá, fui com aquele vestido mesmo pra praia com mamãe e o padrasto. Foi no barzinho com o melhor risoto de camarão da cidade que meu aniversário começou. Não cantaram parabéns (felizmente), mas Luiza de Tom Jobim - uma das razões para o meu nome ser esse.

Depois que acordei com as rosas vermelhas vindas de Fraiburgo, começou a parte corrida do dia: comprar os comes e bebes pra reunião aqui em casa, voltar cedo do almoço pra enrolar brigadeiros - e perceber que eu já perdi essa técnica faz tempo -, dar um jeito na área de lazer do condomínio, lavar pratinhos, arrumar cadeiras, me arrumar.

Vale destacar que eu descobri que o meu pai, baiano, faz o melhor acarajé do mundo. Olha que eu não gosto do tradicional que comi de uma baiana em Salvador. O de papai é mais simples, pequenino, com vatapá, camarão e tomate só. Tudo caseiro. Tudo uma delícia. E o melhor de tudo é que ele aprendeu a fazer com receita da internet depois de desejar um acarajé gostoso por muito tempo.

À noite consegui reuni a família, os amigos que eu sempre encontro quando venho aqui passar férias e duas que eu não conversava direito desde os tempos da escola. E quer saber de uma coisa? Apesar de ter reclamado horrores de que faria aniversário e que preferia não passar por essa data, eu adorei meu dia. Não lembro qual tinha sido a última vez que comemorei um aniversário tão bem.