31.8.08

Merci - Finest Selection

O bom de ter um padrasto fazendo doutorado na España é que ele pode viajar pela Europa e trazer chocolates suíços de presente para mim.

A chegada dele estava marcada para o dia 10 de setembro, mas ele quis fazer uma surpresa para mamãe e chegou aqui ontem. (Mamãe já tinha descoberto que ele chegaria nesse dia, mas o importante é que todo mundo ficou muito feliz).
Até agora eu só tive coragem de comer um (E dei um igual para minha irmã porque não tem esse sabor na caixa dela). Ele tem só uma camada bem fina de chocolate, um recheio de um creme branco que eu não reconheci o sabor. Só sei que ele tinha um gosto de cereja que demorou um pouco para aparecer. Huuuuuuum, como diria a Ana Maria Braga. Não vejo a hora de provar os outros sabores.

28.8.08

Na escola

Ontem tu me disseste que eu sou uma pessoa solitária. Mudei de assunto, naquela hora não soube o que dizer. Mas depois de pensar sobre isso, "descobri" que não sou solitária coisa nenhuma. Na verdade, eu andava tão tensa e mau-humorada que a única pessoa com quem eu aguentei conversar naquele dia foi você. E o pior é que às vezes (não agora) eu me sinto ao menos um pouco importante na sua vida. Talvez a importância que você atribui às pessoas não seja a mesma atribuída por mim.

Enfim, o que eu queria dizer é que eu me sinto solitária agora. Você e minhas amigas me viram saindo, eu sei que viram. Talvez elas tenham pensado que eu saí por raiva e, por isso, não vieram ver se eu estava bem. Mas, por incrível que pareça, esse não é o único sentimento que existe em mim. Eu sou sensível. Também posso ficar triste. E nem sinto vontade de ficar só o tempo todo.

Alguém entrou na sala. Era um cara. Alto. Tive a esperança de que fosse você. Mas não era. Viu? Também posso ser iludida. E nem perco as esperanças de que você entre por essa porta e me dê um abraço e um chocolate.

[...]
Sozinha, na sala, de novo. Imagino se você pensa em mim nesse instante. Ou está completamente absorto na palestra?

p.s.: Desde ontem de manhã, a escola fez propaganda sobre uma palestra que teríamos hoje. Só que ninguém avisou que seria sobre o ENEM. Escrevi isso depois de sair da sala e chorar um bucado.

23.8.08

O que mudou

depois que eu soube que não fui inscrita no ENEM.

Como eu falei no post passado, no dia da descoberta eu saí da escola mais cedo porque não parava de chorar. Fui ao curso de exatas. No meio da aula, eu lembrei de toda a história, chorei de novo e minha irmã foi me buscar (ainda me levou para tomar sorvete!!!). À noite, não consegui pegar em livro algum.

Nos dias seguintes, eu não conseguia me concentrar direito, não estudei como deveria. Na verdade, não produzi (aprendi, no caso) nem metade do que eu produzo normalmente. Não conseguia resolver quase nenhuma questão de física, tive um péssimo desempenho na aula de redação e não tive ânimo (nem lembrei) para participar do trote de ontem. Sem contar que eu não sinto fome há algum tempo (não que eu tenha parado de comer, não sou louca).

Maas estou colocando um ponto final nessa semana apática e, por isso, resolvi mudar o layout do blog. Aquelas cores neutras estavam me deprimindo! Essa vetorização quem fez foi minha irmã (imprimiu numa gráfica e me deu de aniversário!) e nem precisa dizer que eu amei, né? Só não sei se aguento muito tempo olhar meu rosto toda vez que entrar aqui...

20.8.08

ENEM 2008

No semestre passado, a diretoria da minha escola disse que pagaria a inscrição do ENEM dos 11 melhores alunos do terceiro ano. Eu estou entre esses 11, fiz minha inscrição ao lado do professor de português e vi o boleto de pagamento sendo impresso.

Hoje, fomos conferir nossos locais de prova. Coloquei meu nome, o nome da minha mãe, meu estado e minha data de nascimento. Não acharam minha inscrição. Dei o número do meu CPF (que eu tento decorar há séculos) e não acharam nada também. A minha esperança era que eu tivesse errado o número do CPF. Mas não, tava certo.

Conclusões: ou a escola esqueceu de pagar minha inscrição ou esqueceram do meu nome na hora de mandar a lista com o nome dos alunos (acho que é pra confirmar que a gente estuda lá, já que a inscrição pede essa informação). Parece que esqueceram o nome de outro aluno também.

Acho que eu nunca senti tanta raiva na minha vida. Chorei, deixei coordenador falando sozinho, chorei, gritei com a minha voz fina de choro e chorei mais ainda. Depois eu resolvi vir para casa porque eu não ia aguentar ficar lá sem chorar mais.

Por ironia do destino, meus colegas de classe estão assistindo a uma palestra sobre o ENEM nesse exato momento. A minha vontade é de passar em todas as universidades possíveis e não deixar que usem meu mérito para promover a escola. Isso pode ser imaturidade, ressentimento guardado inutilmente, que seja. Eu, que sempre sonhei em ver meu nome no outdoor na escola, faço questão de não ver mais.

19.8.08

Ex-loirinho da USP

Alguém lembra daquele post que eu dediquei a um loirinho que eu conheci no carro do "motorista" que me leva à escola? Hoje (1 mês e 9 dias depois!!!) eu descobri qual era o nome dele. Não era Felipe como eu pensava (esse é o nome de um irmão dele que eu nem conheço, por sinal), mas Nicolas! Sinceramente? Ele tem mais cara de Felipe do que de Nicolas...

Sabe, eu poderia mudar de assunto completamente e dizer que estou tão estressada que não consigo mais sequer olhar na cara das minhas amigas e que todo mundo têm me chamado de doida pelos estudos em excesso, mas é melhor acabar o post.

17.8.08

Perdida

É assim que me sinto depois que fiz o vestibular de hoje à tarde.

Quando eu soube que tinha passado em 1° lugar na Primeira Etapa, a revisão para a segunda já tinha começado em todos os cursinhos. Eu, competitiva toda, não ia abrir mão da minha colocação assim tão fácil. Quase que deixei a escola de lado e estudava história (minha matéria específica junto com língua portuguesa) durante as aulas da escola, nos intervalos, no carro, tomando café da manhã e dormia todo dia com o livro (na maioria das vezes, com a luz ainda ligada).

Hoje de manhã eu tava quase entrando em parafuso. De última hora, resolvi procurar um caderno do ano passado para ler uma anotação. Depois de quase virar meu quarto de cabeça pra baixo, lembrei que tinha perdido o tal caderno na escola.

Como fui na prova? Acho que fui bem. Em história. Minha intuição adivinhou alguns conteúdos que caíram: Balaiada e Roma Antiga. Os outros conteúdos eu acabei de estudar na escola ou revisei ontem. A prova de Português tava bem confusa. Ao menos eu adorei o tema da redação.

E eu juro que esse vai ser o último post falando sobre meu cotidiano.

15.8.08

Deu (quase) tudo errado

Quem tem franja sabe que em determinados dias a dita cuja simplesmente não se deixa arrumar. Hoje foi um desses dias para mim. Quando chegaram aqui para me levar à escola, ela ainda não estava boa, claro. Resolvi ir com a franja do jeito que estava porque já buzinavam aqui na porta há alguns minutinhos...

Assim que cheguei ao portão, percebi que tinha alguém no banco do passageiro. Uma blusa branca, um óculos escuro. Ah, não. Não podia ser. Mas era ele. ELE! O jornalista bonitinho que mora numa rua aqui perto. Logo ele tinha que pegar carona?! Enfim. Me conformei (não deixe meu professor me ver não utilizando a ênclise...) que minha paixonite gravaria a minha imagem como uma garota descabelada e com olheiras. Afinal, eu sempre dou um jeito nas olheiras no caminho da escola (pra economizar o tempo em casa). Ao menos ele desceu do carro antes da metade do caminho. Mas, fora isso, eu já não tinha achado um caderno que precisava levar e percebi que tinha esquecido meu lanche (depois eu descobri que tinha levado sim!).

Na escola, fiquei super tensa porque a segunda etapa do vestibular da UEMA é nesse domingo e as específicas são português e história. Português não me preocupa, mas história... Justamente por ser minha matéria preferida, é a que menos estudo. Se a prova ao menos fosse de biologia ou química! Depois que as aulas acabaram, fui esperar o "motorista". Esperei, esperei, esperei. Fiquei sozinha com o porteiro. Esperei, esperei, esperei. E o celular dele só dava fora de área.

Esperei mais um pouco e a escola foi invadida pela fumaça de uma queimada a poucos metros. Meu nariz ficou péssimo e eu não tinha levado meus descongestionante (cloridrato de feniletrina *-*). Depois de subir a ladeira (odeio) para tomar um remédio que mal funciona, descobri que finalmente tinham ido me buscar! Então eu desci a ladeira, peguei minhas coisas e quando caminhava para o carro (sem óculos de grau e toda descabelada por causa do vento), pisei em falso. Sabe quando o pé tipo dobra? Doeu horrores e eu fui mancando pro carro.

Em casa, engoli o almoço em menos de 10 minutos, me arrumei mais rápido que nunca e fui à aula de redação. Só a minha professora (que tem um nome lindo, Lorelei) pra salvar o meu dia. Foi a primeira vez que ela leu alguma dissertação minha e disse que escrevo bem. A tarde foi super tranqüila. Tirando alguns momentos nos quais me senti a mais burra do mundo por estar no meio de vestibulandos de medicina que fizeram umas 11 questões a mais que eu na prova da UEMA...

13.8.08

Pena de piriguete

Hoje mais cedo, eu e minhas amigas conversávamos sobre a "novata":

- Às vezes eu sinto pena dela...
- Pena?!?!?!
- Luh, tu tem que ver que nossa escola é pequena... Ela é a única menina que a gente conhece que ficou com o namorado de outra na frente de todo mundo. No colégio que ela estudava, tinha um monte de menina igual a ela.

Notas
1- Desde quando piriguetes que ficam com metade dos meninos da sala e dão em cima de professor casado merecem consideração?
2 - Queria ver se a corna mais famosa da escola fosse essa minha amiga que sente pena...

9.8.08

Dia dos pais

Em 1994, papai já não morava aqui em casa. Eu tinha 3 anos. Minha irmã, 5. Foram uns sete anos de casamento. Minha mãe me disse que teve medo de que papai pedisse a guarda da gente.

Tirando minha lembrança inventada (quando eu bati a cabeça na quina de uma escada eu estava numa pizzaria com ele), a mais antiga é a do casamento do meu pai com minha ex-madrasta. Eu e minha irmã fomos daminhas. Lembro também de muito tempo depois disso. Eu e minha irmã na sala, comentei: "Faz um tempão que papai não liga pra gente, né?". Eu não tinha mais que 10 anos.

Durante um certo tempo, tivemos algum relacionamento. Passei uns finais de semana com ele antes e depois dos meus irmãos nascerem (são dois). Só que meu pai e essa minha madrasta se separaram há um ou dois anos. Foi uma separação conturbada. Agora ele mora no interior com uma mulher que é pouco mais velha que minha irmã.

Quando eu quis, ele não esteve próximo. Quando ele resolveu correr atrás do prejuízo, já era tarde demais. Por isso, sou tão ligada na minha mãe. É ela quem conhece meus gostos, que sabe desde o início que eu quero fazer Jornalismo em SC, que me contou que o vestibular já tinha sido marcado, etc, etc. Meu pai nem sabe ainda que eu passei em 1° lugar (na primeira etapa) para Pedagogia na UEMA. E não, eu não quero cursar. Só escolhi esse curso porque as específicas (português e história) são iguais às de jornalismo na UFMA.

Enfim, não é que eu não goste do meu pai. Sinto um carinho por ele, é claro. Afinal, ele é meu pai e temos o mesmo nariz, o mesmo sinal na ponta do nariz e o mesmo formato do rosto. Mas não temos intimidade e muito menos assunto.

- Alô, filha?
- Oi pai.
- Como você ?
- bem e você?
- bem também. Alguma novidade?
- Não, pai. só estudando...
- Mas, então, filha, você tá bem?

Por essas e outras que eu digo, antecipadamente:
Feliz dia dos pais, Mãe.

1.8.08

Retrospectiva: os bolos

Por mais que eu não tenha o hábito de comer bolo em festa de aniversário (sempre devoro os salgadinhos), faço questão de comer no dia que completo mais um ano de vida. Mas eu não aceito qualquer bolo. Tem que ser um de chocolate, com recheio de chocolate, cobertura de chocolate, raspas de chocolate e muita cereja em cima. Por isso, resolvi fazer essa retrospectiva.

2003
Mamãe mandou uma confeiteira, que ela conhece há séculos, fazer o bolo. Depois de cantar o parabéns, parti o bolo e descobri que a massa era de trigo, não de chocolate. (p.s.: Nessa época eu não fazia questão das cerejas e nem das raspas de chocolate)

2004
Pelo que eu lembro, foi a mesma confeiteira que fez. A massa era de chocolate, mas as raspas não vieram e a mulher economizou nas cerejas.

2005
Mamãe encomendou uma torta enorme (sem cerejas, mas com raspas). Ela era tão grande que partiu antes de chegar no lugar da festinha.

2006
Tive uma pequena festa de 15 anos (sem formalidades) e o bolo veio junto com o buffet. Foi o melhor bolo da minha vida. Perfeito, perfeito. Além de muitas raspas, muitas cerejas, veio com morangos em cima.

2007
Encomendamos uma torta de novo. Não tinha raspas, mas muitas cerejas. E era muito gostosa! Nada que se comparasse com o bolo do ano anterior, é claro.

2008
Não encomendamos nada. Ontem minha irmã saiu para comprar um bolo e voltou com um que atendia a todos os meus requisitos. Além de ser bem gostosinho, ainda serviu de lanche para hoje, minha volta às aulas (numa sexta-feira!!!).

O escolhido: melhor bolo de todos os meus aniversários (2006). Dos que eu lembro, né.