27.7.11

Nossa senhora da celulite


Esse é o retrato do fim de uma guerra contra caranguejos e peixes fritos na praia dos domingos, mas o assunto hoje não é comida.

Nossa senhora de celulite, eu sei que desde criança eu era do tipo que voltava de festas passando mal de tanto comer. Só a minha irmã era gordinha, mas nós duas deitávamos empanturradas no sofá da sala reclamando para mamãe da barriga quase explodindo. Cresci e não mudei muita coisa. Tanto que ano passado tive refluxo porque estava comendo além da conta e tomando muito refrigerante. Parei por um tempo de tomar esse veneno gasoso e me viciei no suco de acerola, mas foi só voltar a São Luís e tomar jesus que matei a saudade da coca, do guaraná e de todo o resto.

Em Floripa fica fácil me controlar, só tenho vontade de refrigerante quando já estou sendo gorda com hambúrgueres, pizza e lasanhas de microondas. Aqui na ilha do abandono amor, tomo jesus como água. Entoando minha prece: Nossa senhora da celulite, perdoai todas minhas gulas, todo meu olho gordo. Hoje sou uma falsa magra e já acho minhas celulites suficientes. Sei que todo homem que é homem de verdade não liga para essas coisas, mas não quero minha barriga e coxas furadinhas, não quero ser uma celulite ambulante. Perdoai minha falta de controle e me deixe ter overdose desse sonho cor-de-rosa enquanto ele é abundante.

26.7.11

Posso não ser teu bestseller

Passei a tarde inteira pensando numa comparação. Queria poder dizer que, sei lá, pessoas são como bestsellers:  algumas te oferecem uma amizade duradoura e estão ali o tempo inteiro, como o 1808 na lista dos dez mais da Veja. Besteira.

O que eu queria dizer é que tem gente na tua vida que é só passageiro, não faz parte da equipe de comissários. É claro que ainda acredito em amizade, não são crenças opostas. Sempre achei que universidade era o lugar de encontrar os amigos de verdade. Isso porque tanto a minha madrinha quanto a da minha irmã foram colegas de ciências contábeis da minha mãe. Não que eu não desse valor às minhas amigas de escola, algumas delas têm contato comigo até hoje, mas ficava imaginando que pessoas interessantes ia conhecer na faculdade. Quando minha irmã deixou de andar com meninas que antes eram tão próximas dela no curso, sinceramente achei que o problema era com ela. Como se todo amigo fosse coisa pra se guardar debaixo de vinte e cinco chaves e todo o lenga lenga. Nem todos são. Só fui perceber isso depois que passei pela mesma situação da minha irmã. Não na hora, porque a gente sofre quanto perde convivência com as pessoas, não tem jeito. Mas depois, quando vi que as pessoas que foram embora deixaram espaço para pessoas muito melhores.

É por isso que hoje me sinto mais capaz de perceber e aceitar um relacionamento enfraquecido, seja amizade, família ou qualquer coisa do tipo. Agora sei que somos tantos eus que dá vontade até de perguntar a todos e ao taxista ou à topmodel magrela na passarela, dando uma de orkut: Ei, quem é você? Não adianta forçar relações que tudo acaba em, quizás, meros conhecidos e, depois de algum tempo, numa conversa sem mágoas numa mesa de bar junto com tantos outros conhecidos e teus amigos perdidos ali no meio.

21.7.11

Soy antropóloga

“É pra qual jornal mesmo?” é a pergunta que acaba com qualquer entrevista feita por um estudante de jornalismo. Como falar para uma fonte, especialista ou dona de uma tapiocaria, que a reportagem é uma atividade de aula e não vai ser publicada? O entrevistado te dá nome completo, idade, celular, CEP e nome do cachorro enquanto o futuro jornalista foge de maiores satisfações e às vezes inventa um jornal-laboratório que não está produzindo.

O clima é outro numa pesquisa de campo antropológica. Você conversa com Eduardo, o segurança, João pipoqueiro e o José do guarda-volumes da rodoviária. Sem nem perguntar o sobrenome e ainda pode anotar que o José era medido a comunicólogo e o João, mal criado. A entrevista acaba e eles te deixam ir sem a pergunta que assusta principalmente aos calouros: onde vai ser publicado?

Jornalismo e antropologia não são cursos tão diferentes. O trabalho começa com apuração em campo e termina num escritório, quando é hora de escrever o texto jornalístico ou acadêmico. Teóricos das duas áreas tiveram a mesma ideia de associar os cinco sentidos à prática de cada profissão. Tanto Ryszard Kapuściński quanto Roberto DaMatta valorizam o jornalista e antropólogo, respectivamente, que ouvem, olham, cheiram e sentem suas pautas e seus objetos de estudo. Pelo menos na antropologia o mito da objetividade já foi derrubado e o eu do etnógrafo, quem faz a pesquisa de campo, aparece nas pesquisas mais recentes. O jornalista direciona entrevistas, decide o que fotografar e seleciona fontes, mas consideramos nossa prática objetiva. Preferimos a notícia livre da subjetividade que o preço da gasolina livre de impostos.

A apuração do antropólogo pode durar seis meses, dois anos, o tempo suficiente para ele conhecer toda a cultura de uma população numa ilha perdida do pacífico, no meio da selva amazônica ou no próprio bairro onde mora. Jornalista tem que agir como se conhecesse um estado a três mil quilômetros de distância depois de passar no máximo sete dias no local e ainda trazer informação relevante. Texto jornalístico não prevê um capítulo sobre dificuldades de pesquisa, principalmente com a economia de caracteres feita para caber anúncios cada vez maiores nas páginas dos jornais. Editor é a figura que o jovem jornalista mais teme. Nem se vê tentando vender uma pauta que precisaria de meses de apuração e, quem sabe, mais de um ano para escrever o texto completo, como num doutorado. Nesse caso, o editor perfeito seria o CNPq, a Fapesc ou orientador de TCC.

Uma dica que a professora de antropologia dá num portunhol enrolado aos estudantes, que não sabiam o que era pesquisa de campo até então, é para não se acostumar com os detalhes de uma cultura e anotar num diário todas as experiências. Se o pesquisador começa a achar normal a rotina de uma tribo que pratica rituais secretos e privados, logo acha desimportante o exorcismo de demônios bucais, o apego a poções mágicas e ao curandeiro e tendências masoquistas, como o rito exclusivamente masculino de raspar e lacerar o rosto com um instrumento afiado. Agora imagine um jornalista que propõe pautas como “Homens e mulheres utilizam hoje aparelhos movidos a um líquido amarelado para chegar aos locais de trabalho”, “Brasileiros se vestem para mais um dia” ou “1 milhão de bebês desconhecidos nasceram hoje no país”.

Com ou sem subjetividade e anúncios gigantescos deformando as matérias impressas, bom seria se o deadline pudesse esperar que os jornalistas compreendessem toda uma realidade e traduzissem a apuração num texto digno de Esso. E que os entrevistados dos ainda universitários, apressados com o próximo compromisso, esquecessem todos de perguntar do destino daquela reportagem. Como diria a professora, “A diferença entre antropologia e jornalismo é que ninguém sabe o que é antropologia”. O João pipoqueiro era tão mal criado que nem quis saber por que eu estava fazendo tantas perguntas.

p.s.: Crônica produzida para a disciplina de Redação V e que será publicada na Zero Revista assim que terminarmos de arranjar ilustrações e diagramar.

18.7.11

Crise do meio curso

Que escola e faculdade são dois mundos diferentes todo mundo sabe. Não preciso mais usar uniforme, nem lidar com as crianças do pré correndo para lá e para cá. No máximo, fico desviando dos motoqueiros que insistem em andar nas calçadas da UFSC. Mas a maior diferença entre os dois tipos de estudo é que, na preparação para o vestibular, se teu cérebro se recusa a aprender sobre nematelmintos, você não morre chegando sem saber sobre o assunto no dia da prova. Na faculdade, você não pode ignorar um trabalho ou um texto qualquer, porque é claro que ele vai estar na prova. 

O pior é que eu sempre fui do tipo que desiste. De física eletromagnética, de qualquer detalhe sobre botânica, de questões mais complexas de estequiometria e tipos de vegetação. E fico me perguntando como tinha sobrevivido nesse mundo ufsquiano até agora. Nesse semestre, me matriculei em mais matérias do que deveria, continuei com o estágio de 20 horas, comecei a organizar uma semana acadêmica e desisti de uma disciplina. Assim sem mais nem menos. Porque não estava afim de apurar a reportagem final. Mas não deixei de usar como punição para me mostrar que se eu quiser fazer alguma coisa, tenho que fazer direito. 

Comecei o semestre muito empolgada com as disciplinas, mas tinha tanta coisa que acabei sem tempo para fazer nada direito. E agora eu teoricamente tenho um semestre antes de começar a pensar no TCC. Onde aperta o reiniciar do curso de jornalismo?

15.7.11

Aquele-que-não-deve-ser-nomeado

Nunca fui de demonstrar meus sentimentos. Nem lembro quando meus pais me separaram, mas não chorei quando passei no vestibular, nem quando peguei o voo para Florianópolis sem a passagem de volta... Fria, fechada, tímida, orgulhosa, chame como quiser. Demorou muito para cair a ficha de que estou separada de muita gente importante da minha vida, demorei muito para chorar lembrando de casa. E foi por isso que eu achei que faria parte das pessoas que não chorariam assistindo a última parte do último filme de Harry Potter. Claramente não fiz.

Dez anos atrás, em dezembro. Aeroporto Marechal Cunha Machado. Talvez nem fosse internacional ainda. Lembro que a livraria era num lugar diferente do que é hoje e eu passei lá antes de fazer a primeira viagem sem meus pais. Eu e minha irmã voaríamos até Salvador sob os cuidados das aeromoças - que naquela época ainda não eram chamadas de comissárias de bordo - na primeira poltrona do avião. Escolhi um livro. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Nunca fui boa de identificar se a obra fazia parte de uma série. Terminei de ler antes do Natal e eu e minha irmã ganhamos de presente os dois primeiros volumes da coleção. No avião de volta, outras meninas da nossa idade também liam Harry Potter. Era o início da febre.

Foi a partir desse momento que passei a esperar ansiosamente por cada livro lançado e sabia que fazia parte de algo maior, que aquela espera que tanto me deixava ansiosa, curiosa, desesperada para saber até a última palavra de um volume, só a minha geração ia viver. Não vão saber como foi o gostinho de encomendar livros que acabavam de sair do forninho elétrico da J. K. Rowling, a primeira personalidade feminina que eu admirei na vida. Vieram os filmes - ruins -, o jogo para computador, muitas camisetas e Quadribol através dos séculos. Fui crescendo e os livros acabaram. Sete só? Podia fazer mais... Não? Como que para suprir nossa sede pottermaníaca, os filmes ficaram cada vez melhores até chegar a essa última parte, que mostra um enquadramento desnecessário só para a gente dar uma olhadinha na Madame Pomfrey depois de tanto tempo.

Se no filme passado eu já me mantive firme com a morte do Dobby, mordi forte os lábios quando o Snape foi morto hoje. A menina do meu lado já estava soluçando, soluçando de tremer mesmo. E eu pensando que a situação era ridícula. Não deu nem dois minutos e desandei de chorar com as imagens das lembranças do Severo. Assim, baixinho, achei que eu podia controlar, que meu amigo do meu outro lado nem ia perceber, e aí não deu, eram muitas lágrimas, tinha que enxugá-las, assoar o nariz. Chorei mesmo. E me pergunto se não foi o único filme que chorei de verdade nessa vida.

Sem querer fazer discurso de odeio-pessoas-que-gritam/aplaudem-no-cinema, mas quando o filme começou sem a música tema da série, já imaginava que os editores teriam deixado pro final. Vale a pena morrer de bater palma e não ouvir aquela melodia? Mesmo?


A nossa geração tem muito o que agradecer à Rowling por toda essa série, cheia de falhas no texto dos primeiros livros ou alguns detalhes um tanto ridículos, e aos nossos pais que tanto nos aguentaram pedindo mil e um produtos potterianos. Não é fácil popularizar tantas palavras aleatórias como trouxas, quadribol, wingardium leviosa ou horcruxes. Agora fica o vazio. Até arranjar saco para reler todos aqueles livros que já nem tem o título na capa de tão usados e fazer uma maratona com os filmes. Tenho muito orgulho de dizer que minha vontade de leitura começou com Harry Potter. E que, desde que me entendo por gente, Harry, Ron e Hermione eram como aqueles amigos distantes que não precisavam estar ali o tempo todo, mas quando vinham...

Outros textos
Sobre Harry ser meu herói
Sobre a primeira parte de Deathly Hallows

10.7.11

Todo jornalismo é investigativo?

O 6ª Congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) foi, como já esperava, bem diferente das minhas experiências acadêmicas no campus da Trindade. Viagem de ônibus, quarto triplo e a desvantagem de ficar carregando minha mala cor-de-rosa e florida em alguns momentos. Valeu a pena para entrar em contato com profissionais muito competentes e assistir a palestras com jornalistas já formados, alguns que foram de Manaus, Salvador ou de Fortaleza. Desisti de falar de cada palestra, não ficaria muito produtivo.



Recebi dicas de como trabalhar em equipe para produzir grandes reportagens de uma jornalista d'O Globo que cobre administração pública. Interessante pensar que, para tocar projetos como o acompanhamento da evolução salarial de deputados do Rio de Janeiro, os jornalistas tiveram que trabalhar fora do expediente e fazer uma baita pré-apuração antes de vender a pauta aos editores. 

Ouvi um pouco sobre o impacto do vazamento de documentos pela Wikileaks no jornalismo pelo islandês que é o número dois da organização. Ele também falou o nome daquele vulcão impronunciável para estrangeiros: Eyjafjallajökull. Mas a melhor parte foi quando Natália Viana, da Agência Pública, falou dos  documentos sobre o Brasil e contou das parcerias com a Folha e O Globo.

O debate sobre rádio e TV foi caloroso. Boechat e Heródoto Barbeiro (pai dos manuais que eu li quando caloura) têm uma presença muito forte e opiniões pertinentes, às vezes contrárias, sobre os dois veículos. Algo muito interessante que o Heródoto falou foi que jornalistas têm o hábito de confundir suporte com novo veículo de comunicação. A transmissão de sons através da internet continua sendo rádio. E, olha, se eu fosse homem e não tivesse um vozeirão desses ficaria um tanto frustrado.

O evento oferecia várias palestras ao mesmo tempo e acabei optando por uma sobre jornalismo e tablets em vez de assistir ao João Moreira Salles. Continuo interessada pelo assunto, o problema foi que nenhum dos participantes sabe o que será do jornalismo para tablets. Fiquei com a sensação de que ninguém do jornalismo brasileiro sabe, sei lá.

No último dia, tive palestra com o Marcelo Tas que mostrou, novamente, que tem muita coisa interessante para passar para gente. E percebi também que os outros estudantes de jornalismo só queriam saber sobre o "Proteste já!" e eu queria saber sobre jornalismo de humor, o tema da conversa. No comecinho, foi tão legal ouvir sobre os limites do humor no jornalismo, que às vezes a precisão jornalística é abandonada e depois o assunto desandou.

Tive contato também com um programador e jornalista do NY Times que falou sobre jornalismo de base de dados. Muito interessante, mas a plateia, eu inclusive, não soube fazer boas perguntas para que ele desse boas pistas de como a gente pode fazer o que eles já fazem muito bem.

Assisti a outras palestras que não comentei aqui, experimentei usar iPads que o Estadão disponibilizou e recebi jornais de graça. Nós 600 participantes do congresso conseguimos acabar o café da lanchonete da Anhembi Morumbi, anotamos muito nos nossos bloquinhos personalizados e perseguimos muitos jornalistas depois das palestras. Nós da Semana do Jornalismo da UFSC aproveitamos para fazer contatos, conseguimos fechar a mesa sobre jornalismo no Oriente Médio, fizemos o Moreira Salles finalmente confirmar presença na palestra de encerramento e tivemos ideias de trazer pessoas que estavam faltando na nossa programação.

Ano que vem estarei lá de novo e não perdoo os futuros focas de Sampa que não forem (Sim, estou falando de você, Lu). Só tomarei cuidado para pegar palestras mais práticas e aprender coisas de verdade.

Mais: Cobertura completa do evento.

3.7.11

Sobre a não-Cachaça, um cover de Beatles e falta de luz

Congresso em Sampa, assunto para outro dia, estava cansada da viagem de ônibus, na noite seguinte de ter ficado até 3h terminando um artigo para a faculdade e resolvi acompanhar o grupo para badalar sexta à noite. Passeio pela Paulista e Augusta, fomos para o Studio SP assistir a um show do Vanguart com covers dos Beatles. Estava tipo UAU vou ver Hélio Flandres de novo nessa vida, porque passei a gostar ainda mais deles depois do show que fui em Floripa e meus amigos se empolgaram porque um era cuiabano (cidade da banda) e o resto gostava muito dos Beatles.

Chegamos cedo e esperamos a casa encher, o que deu tempo para analisar todos os desenhos interessantes das paredes estilo galpão e escutar milhares de músicas alternativas demais até para estudantes de jornalismo. Veio uma Amy Winehouse perdida e, logo depois, She & Him com In the sun. Demorou muito para chegar ao nosso nível alternativo, quando dançamos um pouco e logo o show começou. Logo nada, que atrasou quase duas horas. Não dá nem para esboçar uma ordem do repertório depois daquelas cervejas caríssimas e da quantidade de informação que absorvi nos três dias de congresso sobre jornalismo investigativo. Sei que Can't buy me love tocou no começo seguida por outras músicas dançantes. Também ouvi Hey Jude, Come together, And I love her e o resto é realmente difícil de lembrar.

Sair em Sampa foi interessante e tudo, mas não contava com a má educação dos paulistanos. Uma coisa é uma desavisada pisar em você com aquele salto fino, outra é um marmanjo de 1,90 te empurrar para ficar bem na sua frente durante o show. Sem contar as pessoas que insistiam em fumar ali dentro e a falta de seguranças que, se estavam ali perto, não faziam nada. Mas não vi nenhum deles perto de mim.

Voltando ao Flandres, Reginaldo-bota-chifre-em-rede-nacional e guitarrista estranho, o show foi divertido, tirando a bola que o vocalista dava para os bêbados idiotas que insistiam em subir no palco. E a participação também da tal Bluebel (who???), uma horrorosa que estragou todas as músicas que cantou e, no final, teve seu microfone desligado porque até o cara do som percebeu que ela não deveria estar ali. Confesso que queria pelo menos uma musiquinha deles, de preferência Para abrir os olhos ou a símbolo Cachaça. Principalmente porque eles anunciaram que vão lançar disco novo em breve. Músicas que ouvi em Floripa nunca mais.

Tava tudo muito Vang Beats, mesmo com o gordo-alto-bêbado-que-foi-um-dos-que-fumou se balançando de um lado pro outro e esbarrando no maior número de pessoas que conseguia, até que a banda voltou para o bis e o microfone parou de funcionar. Depois de muita reclamação, ok, entendemos que não o som não ia voltar e estávamos conformados em ir logo embora. Só que aí faltou luz em tudo. Resumo da ópera: todos corremos para a fila, o segurança me barrou de acompanhar três dos meus amigos e tive que ir pagar em outro lugar. Depois de muita espera e confusão de bêbado, esses três amigos saíram sem pagar porque o sistema da comanda dali não tinha voltado. Eu e outros dois pagamos. Chegamos no hotel às 5h (sem ouvir que são cinco e meia da manhã e eu vou sair pra talvez te encontrar) e duas horas depois acordados para arrumar as malas e assistir a primeira palestra do sábado. Bom dia.