18.7.11

Crise do meio curso

Que escola e faculdade são dois mundos diferentes todo mundo sabe. Não preciso mais usar uniforme, nem lidar com as crianças do pré correndo para lá e para cá. No máximo, fico desviando dos motoqueiros que insistem em andar nas calçadas da UFSC. Mas a maior diferença entre os dois tipos de estudo é que, na preparação para o vestibular, se teu cérebro se recusa a aprender sobre nematelmintos, você não morre chegando sem saber sobre o assunto no dia da prova. Na faculdade, você não pode ignorar um trabalho ou um texto qualquer, porque é claro que ele vai estar na prova. 

O pior é que eu sempre fui do tipo que desiste. De física eletromagnética, de qualquer detalhe sobre botânica, de questões mais complexas de estequiometria e tipos de vegetação. E fico me perguntando como tinha sobrevivido nesse mundo ufsquiano até agora. Nesse semestre, me matriculei em mais matérias do que deveria, continuei com o estágio de 20 horas, comecei a organizar uma semana acadêmica e desisti de uma disciplina. Assim sem mais nem menos. Porque não estava afim de apurar a reportagem final. Mas não deixei de usar como punição para me mostrar que se eu quiser fazer alguma coisa, tenho que fazer direito. 

Comecei o semestre muito empolgada com as disciplinas, mas tinha tanta coisa que acabei sem tempo para fazer nada direito. E agora eu teoricamente tenho um semestre antes de começar a pensar no TCC. Onde aperta o reiniciar do curso de jornalismo?

8 comentários:

Anônimo disse...

Ah, Lu... essas crises acompanham a gente durante o curso todo. As minhas começaram desde que a empolgação de caloura passou e eu vi que faculdade não era esse glamour todo.

Mas como eu disse na teoria da centésima página, tenho uma jeito persistente para algumas coisas. Talvez se não fosse isso, eu não suportaria pegar o máximo de créditos por semestre, nem teria continuado a frequentar aulas odiosas de matérias optativas, nem teria conseguido terminar o TCC.

Respira que no fim as coisas dão certo. E se não der para levar tudo ao mesmo tempo, como as milhares de matérias e estágio, largue o que for menos necessário.

Amanda disse...

Conheço BEM esse teu pânico, Lu. Foi o mesmo que o meu. 6 cadeiras, 30 horas semanais de estágio e NO LIFE. É de pensar em suicídio, né não?

Mas vamo que vamo, que a gente consegue!


Beijinhos!

Bia disse...

Pois é, e eu que chegay ao nono semestre, NONO. Lá vou fazer tcc 1, o tema já tenho na minha cabeça, mas e aí, vou conseguir o professor que possa me orientar nesse tema?
fudeu!

Vanessa disse...

Acho que também estou numa crise de meio do curso e pelo jeito ela é normal. No início do semestre eu tava me sentindo meio perdida lá na faculdade. Aí consegui uma bolsa de IC e me reanimei. Mas no semestre que vem a maioria dos meus amigos vai começar o TCC e eu não. Ando, ando e continuo perdida, querendo tudo e sem focar em nada. Quero o reiniciar do curso de História.

Tary ♥ disse...

Estou exatamente na mesma situação, exceto o estágio porque se eu não saísse de lá, enlouqueceria. Eu não sei como nos consolar. Só resta desejar que a força esteja conosco, viu... Ai, boa sorte pra gente! E que os cabelos não caíam durante a produção do TCC (Pelo menos, não todos os fios). Beijo!

Anônimo disse...

Fora tudo isso, o fator que realmente nos move é a administração de tempo. No caso, saber fazê-lo. Somente dessa forma alcançamos nossos objetivos.
Abraços.

Anna Vitória disse...

Sabe, não sei porque lendo seu post tive uma sensação "eu sou você amanhã". Porque eu sou exatamente dessas que pega mais coisa do que aguenta e depois sai desistindo pelo caminho.
Não tenho experiência pra te dar um sábio conselho, porque eu, na sua situação, estaria em pânico também. Se isso ajudar em algo, pense que ao menos todas essas atividades extras que você pega, tipo a organização da Semana do Jor, estão te dando uma bagagem de experiência bacanas. :)
Beijo! Respira fundo! haha

Rúvila Magalhães disse...

Eu sou dessas que desiste de aprender geometria e que usa isso como punição também. Enfim, acho que a gente sempre acha que dá conta de tudo, no começo dá até certo, mas quando bate o cansaço...
Boa sorte, Luisa!
Sempre que venho aqui no seu blog tenho mais certeza que você é o futuro do jornalismo no Brasil.
beijos