30.12.07

Macapá

Amanhã deixo esta terra que não tem Mc Donald´s e muito menos avenidas com meio-fio. Sabe, a viagem não foi nem um pouco ruim. Fazer nada é sempre bom e, aqui, pude perceber que eu reclamo de boca cheia quando falo da minha cidade.

Gostei das pessoas daqui, a maioria se mostrou simpática e tudo mais. Eu gosto de sotaques. Acho muito bonitinho os macapaenses puxando o S e falando "galhinha" e "lhindo".

Um dia passei pelo Amazonas e perguntei "Esse é o Amazonas, né?". Sabe, eu tava tão acostumada com a litorânea de São Luís.

Descobri que a minha tia, antes considerada a mais sem graça, é uma das que mais tem a ver comigo e compartilha comigo o gosto pela leitura.

Li cinco livros aqui. Os melhores foram O Menino do Pijama Listrado e O Perfume.

Ah, descobri uma coisa boa. Aqui, ao contrário de São Luís, tem mais homens bonitos que mulheres bonitas.

Aqui tem umas coisinhas boas. Um dos três remanescentes de quilombolas e a fortaleza mais preservada do Brasil. É só pra quem pode, benhê.

Nunca mais voltarei aqui na minha vida. Minha família não morará mais aqui daqui a uns anos. Então é realmente provável que eu não venha mais aqui. E digo. É muito estranho conhecer pessoas e conviver com algumas delas sabendo que (talvez) você nunca mais as verá na vida. Estranho, muito estranho. E essas frases aleatórias? Mais estranhas ainda.

26.12.07

Conversa fora de hora

Hoje fui acordada por duas amigas conversando por cima de mim que estava dormindo na rede. Tantos outros lugares na casa.... Enfim, uma estava dando escândalo porque estava indo ao dentista pra tratar uma cárie que se formou num buraco de obturação (não faço questão disso estar escrito certo). Essa menina tá dando pití, na verdade, desde segunda-feira quando ela começou o tal tratamento. Tudo bem que essas coisas no dente doem pra caramba e que ela é traumatizada porque já fez quinhentas mil cirurgias por causa do aparelho que usava, mas precisa de tudo isso?

Ela começou o seu discurso de como o aparelho era ruim. A outra menina, que usa aparelho há séculos, estava ouvindo. Ela começou a dizer que achava o cúmulo quando alguém queria usar aparelho por questão de estética. No mesmo instante, me meti na conversa e disse que eu vou usar (um dia) por questão de estética sim. Aí pronto, ela quase me bateu. Disse que meus dentes eram perfeitos (não são) e quase me bateu, ela ficou alterada mesmo.

Gente, se alguém quiser enriquecer um dentista e colocar mil coisas na boca, deixa esse alguém. Pelo amor de Deus, ela não passa horas no salão arrumando o cabelo? Por que alguém não pode passar horas na cadeira do dentista? Isso tudo foi só pra dizer que se as pessoas aceitassem as vontades das outras, a vida seria muito mais feliz. Cada um faz suas escolhas e pronto. Se aquela minha prima quer mesmo ser Miss Amapá, que seja. Que faça tudo para se tornar Miss que eu assisto a competição de Miss Brasil só pra vê-la na TV.

24.12.07

Dia de Natal

Sim, estou em Macapá. Ou como o povo daqui costuma dizer, estou no meio do mundo. (Acho que tem a ver com o fato da cidade ser cortada pela Linha do Equador e tudo mais). A viagem tá sendo boa, por mais que eu nâo tenha feito nada de tâo interessante assim. O aeroporto daqui é lastimável e agora eu entendo porque meus familiares acham São Luís uma cidade tão bonita.

Ontem eu tive o desprazer de assistir a uma apresentação de um cantor que foi criado lá no Maranhão. Sabe quando você sente vergonha pelos outros? Imagina quando esse outro tá em cima do palco do Teatro das Bacabeiras (oh, oh, aprendi o nome!). E quando eu fui na confraternização do trabalho do meu tio, tocou reagge e, bom, o cantor (que é conhecido da minha família) elogiou o jeito que eu dançava. Também, com sangue maranhanse se eu não fizesse bonito ia até pegar mal.

Agora vou correr daqui que é NATAL, minha gente. E eu ainda nem fiz meu cabelo...

16.12.07

Recado para o bom menino

- Quando penso em despedidas, logo me vem à cabeça um aeroporto no qual uma garota entrega sua passagem e, depois, sobe a escada rolante em direção à sala de embarque dando um tchauzinho acompanhado de um sorriso. Eu não vou te levar ao aeroporto. Não te acompanharei enquanto fizeres o check-in e não te olharei dando aquele sorrisinho meio bobo antes de me dar as costas para sempre. Afinal, você não me dará as costas. Não literalmente.

- Felizmente, minha memória seletiva me permite lembrar com detalhes da manhã na qual você me disse que ia partir. Você chegou dizendo que tinha algo para nos contar. Alguém leu a sua mente e disse que você ia embora. Eu, incrédula, soltei um ''Até parece!''.

- Quando você explicava os seus motivos, enxerguei quase que os meus próprios motivos para querer ir embora daqui. A insatisfação com a cidade, o mercado de trabalho, tudo. Outros também ficaram surpresos, claro. Só que éramos os únicos com os olhos marejados. Sua voz fraquejava e ainda bem que eu não precisei dizer algo. Minha voz não teria saído.

- Sei que me acostumarei rápido a viver sem ti. Eu sempre me acostumo rápido, é verdade. Mas sempre lembrarei das suas breguices, meu bom menino.

14.12.07

Correria

-É, eu andei sumida mesmo, né? Às vezes (sempre) os estudos sobem à minha cabeça e não deixam este computador atrativo. Além de que sempre há correria nos finais de ano. Dessa vez, meu tempo foi consumido pelos conteúdos de escola atrasados, uma reforma na casa e ida a muitos médicos quando fiquei de férias do colégio. Falar em médicos, fiquei super encantada com meu dermatologista... Eeeenfim, aproveitei pra descobrir que eu realmente tenho uma perna maior que a outra.

- Agora que estou de férias de verdade, começarei a aprontar minhas malas e viajarei nesta segunda para a floresta amazônica. Sim! Estou indo para o Amapá. Saindo de uma cidade com menos de um milhão de pessoas para ir a outra com uns 200 mil (fonte não muito segura). Lá, arranjarei assuntos para escrever aqui. Nem que o rio Amazonas se torne minha fonte inspiradora.

-Se eu não postar antes da viagem, desejem-me boa sorte. Torçam para que eu não vire uma índia (nada contra as pessoas do norte, tá? XD)!

11.11.07

Futucando o passado

De repente, encontrei-me revendo as fotos antigas. Não pude deixar de olhar as do aniversário de quinze anos. Por mais que eu não goste de aniversários, que eu chore em todo 31 de julho (no caso, meu aniversário) e que eu me arrependa profundamente te ter gastado dinheiro e paciência com essa festa inútil que mamãe tanto quis, eu gosto de rever essas fotos. Dessa vez, olhei-as com outros olhos e gostei mais de certas fotos e passei a gostar de outras. Bem inusitadas, por sinal. Tanto que essa foi recortada de uma que me mostrava servindo filé à molho madeira e olhando para o "rondelle" (não sei como escreve messmo) com uma cara de "o quão feio vocês estão, meus amiguinhos!".

//Talvez eu não goste do presente. Gosto de lembrar do passado e imaginar o futuro (e quem não gosta?). Talvez eu não queira voltar ao passado. Talvez o futuro pudesse chegar amanhã. Tanto faz. Talvez. É, pode ser.//

8.11.07

Futuro cirurgião plástico

- Eu conversei com um menino de dez anos. Conversei de verdade. E não foi com qualquer um. Foi com o mais bonito, tá? haha. No ano passado, toda vez que o olhava, gritava que ele era lindo demais e ele tinha medo de mim, acho. Sempre fugia. Esse ano, eu mudei de turno e passei a não o ver mais. Hoje, depois da aula, ele tava passando (devia ter chegado mais cedo) e eu falei ''Eeeei!". Ele me olhou, sorriu e sentou ao meu lado.

- Conversamos por um bom tempo. De assuntos que iam da nossa diferença de idade (seis anos!) até a profissão que queremos seguir. Ele acabou com os jornalistas, dizendo que era um trabalho chato. Me disse que quer ser cirurgião plástico, enriquecer na Inglaterra e morar em Miami depois. Quando eu tinha a idade dele, eu não sonhava assim. Na verdade, nem sabia o que era uma faculdade direito. Acho que eu queria ser escritora (!).

- Fiquei surpresa com a maturidade que ele mostrou já que é um garoto de dez anos. Com dez anos, eu era muito bestinha. Ele até já estudou Hitler e o Nazismo! Gente, eu fui estudar isso lá pra sétima ou oitava série. Ele tá na quarta! E ainda duvidou se eu lembrava o que eram as Capitanias Hereditárias. Ficou lá bestinha quando dei minha explicação, há! Ah, quando abriu meu caderno, viu logo os conteúdos mais fáceis (determinantes em matemática e dissolução em química) e olhava abismado para os cálculos. Mal sabe o que o espera...

- Acho que quando eu tiver 22 ou 23 anos e estiver aqui em São Luís em algumas férias, vou até o meu colégio e o procurarei no segundo ou terceiro ano. Vou falar pra ele não mudar de colégio. Muito fofinho ele.

4.11.07

Reflexões soltas

- Eu tenho só dezesseis anos e tenho também certeza do que eu quero para a minha vida. É estranho ver uma conhecida minha quase surtando porque não tem certeza do que quer e até agora quer seguir a profissão do pai. Eu lembro que há dois anos eu queria ser contadora que nem mamãe.

- Sou daquelas que põe o trabalho (no caso, estudo) na frente da vida amorosa e já li um livro chamado Porque Não Sobraram Homens Bons (livro para coroas complexadas, como diria meu ex-namorado) que trata justamente disso: mulheres que põe o trabalho na frente do amor e ficam loucas querendo casar depois. Se bem que isso não é problema pra mim já que vou casar com o Evaristo Costa e seremos âncoras do Jornal Nacional, substituindo Fátima Bernardes e William Boner.

- Queria ter um cara apaixonado por mim para ter alguém em quem pisar de vez em quando. Enquanto isso, acho a história da minha mãe e do meu padrasto a mais fofa do mundo (um dia conto aqui...). Não consigo entender namoros longos. Muito menos aqueles nos quais a mulher se submete ao homem. Na verdade, não consigo entender a cabeça das mulheres que submetem aos homens em pleno século XXI. Um dia, eu ainda vou abrir a cabeça da minha irmã e descubro!

- Talvez o meu maior talento seja em matemática e física e eu quero ser jornalista. Lembro do meu único não-dez que tirei esse ano em matemática: nas aulas, eu só conversava com o meu ex-namorado (que nem era meu namorado ainda!). Naquela época, eu não botava o ''trabalho'' tão à frente dos homens. Se bem que naquela época eu ainda não tinha me apaixonado por um guri que nunca vi na vida...

- Na verdade, já falei de mais sobre mim. O que importa é que todo mundo vai embora ano que vem e eu só no ano que que vem. Talvez seja melhor. Assim, eu completo minha transformação em um vegetal grudado em livros didáticos e nos oito livros de literatura do vestibular.

p.s.: de onde eu tirei que são oito livros? na verdade, eu nunca nem contei...

2.11.07

Almoço e Alinne Moraes

- Hoje, eu estava almoçando com minha mãe, meu padrasto e minha irmã. A televisão estava ligada e estava passando Da Cor do Pecado. Passou uma cena com a Germana (Aracy Balabanian) e a Moa (Alinne Moraes). Sim, eu sou noveleira.

Padrasto: Essa Alinne Moraes é uma menina linda!
Luh: É verdade...
Padrasto: Ela até fechou um contrato de exclusividade com uma marca de produto de beleza.
Irmã: Não, foi com uma de limpeza de pele!
Luh: Ela faz propaganda pra Elselve...
Padrasto: É, Loreal.
Luh: ... e pra Pure Zone.
Irmã: É! Essa mesma!
Mãe: O que é Pure Zone?
Luh: Zona pura ¬¬
Irmã: Uma marca de produto de limpeza de pele, mãe..
Padrasto: Mas ela é muito linda mesmo...
Mãe: Hummm, tu tá falando demais nela!
Luh: Haha, tá com ciúmes, é?
Padrasto: Olha! Ela que fica conversando no avião com o Cauã Reymond e reclama quando eu falo que a Alinne Moraes é bonita!
Luh: HÁ-HÁ-HÁ (minha risada cabulosa com direito a jogar a cabeça pra trás)

Nota: Uma vez, voltando de São Paulo, mamãe encontrou o Cauã Reymond no avião (quando ele veio participar da inauguração daquela loja A Vila - ou qualquer que seja o nome da junção da Carmen Steffens e mais outras duas lojas - lá no Calhau). Como teve um problema lá num sei onde no avião, ficaram parados um tempo no aeroporto de Brasília e mamãe aproveitou pra ir falar com ele. Eles até conversaram direitinho. Ele perguntou o que ela fazia e quando ela disse que era contadora, falou que tava precisando de uma! PENSE. MAMÃE CONTADORA DO CAUÃ REYMOND! *.* Enfim, ela falou que não trabalhava nessa área e tal. Mas ela fez o favor de não tirar nenhuma foto com ele. Disse que ia parecer muito ''groupie''. (Não, ela não falou essa palavra, haha).
Quando ela tava no aeroporto daqui, já com meu padrasto:
Padrasto: Ah, aquele galã de novela tá aqui... o C...
* O Cauã dá um tchauzinho todo feliz pra mamãe *
Padrasto: o.O

31.10.07

O som, umas conversas e uma pose entediada

- Ontem eu entrei em um carro e logo percebi que o som não estava ali. Afinal, o silêncio não é tão difícil de perceber. Logo, ele explicou-me que tinha tirado o som porque tinha descoberto que o som atrapalha o relacionamento das pessoas. Que, ao invés de conversarem, ficavam escutando música.
- Eu nunca tinha parado para pensar nisso, mas vi que era verdade com o passar do tempo. De início, não falamos tanto porque aquela timidez dos primeiros momentos ainda precisava ser rompida, mas conversamos bem mais que das outras vezes.
- Em outro momento e em outro lugar, ele ligou o som. Numa estação, estava tocando forró e na outra, umas músicas bregas do tempo que vovó mandava mamãe chegar em casa antes das dez. Deixamos nas músicas bregas. Tempo vai, tempo vem, a música-tema de Titanic (de Celine Dion) começou a tocar. Não consegui me segurar e cortei o clima (“Titanic não!”). Ele desligou o som.
- Conversamos, conversamos, conversamos. Sobre tudo. Ou quase tudo. Esse foi o dia em que mais conversamos. Talvez continue sendo até o fim dos nossos dias “juntos”.

p.s.: Mamãe adverte: televisão no quarto estraga casamento!

Não sei o porquê, mas gostei muito dessa foto. Na verdade, sou eu e uma amiga no fundo de uma foto. Eu já percebi que sou meio perturbada e gosto de aparecer no fundo das fotos dos outros (sem querer, é claro). Achei tão expressivo a minha amiga (de laranja) com a mão no pescoço e eu na minha pose entediada de sempre.

28.10.07

Marley, Mágico de Oz e Vingança

- Às vezes eu fico pensando: o que faz as pessoas contarem o final do livro para outras? Por um instante, pensei que eu também fazia isso (!) mas depois pensei melhor e vi que eu não faço. Quando vou falar o resumo de um livro, tento omitir a maior parte das coisas importantes e sempre deixo a pessoa com vontade de lê-lo (Mesmo estudando colocação pronominal em Português, não tenho a menor idéia se esse “-lo” devia estar mesmo aí).

- Como consta aqui do lado, eu estou lendo Marley & Eu. E, quando eu estou lendo qualquer livro que seja (quer dizer, menos aqueles imensos ou que precisam de dicionário do lado), eu sempre os levo para onde eu for. Principalmente no colégio. Resumindo, as pessoas que vão participar da gincana do meu colégio estavam ensaiando a dança (Somewhere Over the Rainbow do Mágico de Oz) e eu, conversando com um amigo. De repente, um menino que senta lá do outro lado do mundo, chega do nada e pergunta quem tava lendo o livro. Não me deixou nem abrir a boca e completou: “Ei, pô, ele morre no final”. Espumei de raiva e o mandei parar. “É, ele morre com aquela doença lá”. E tudo fez sentido. Depois dessa, claramente o Marley morre no final. “Essas fotos aí foram tiradas quando ele tava vivo”. (JURA?!).

- Enfim, eu fiquei toda tronxa porque, mesmo o Marley sendo o pior cão do mundo, eu me apeguei muito a ele. Principalmente porque o meu poodle foi roubado (longa história...). Lá estava eu: ouvindo uma versão super lenta de Somewhere Over the Rainbow, morrendo de “saudade” de alguém e fico sabendo que o Marley morreu (afinal, é uma não-ficção, né). Folheei as últimas páginas do livro e li fragmentos que confirmavam aquilo tudo. Derramei uma lágrima e fiquei triste durante o resto do dia. Talvez eu nem tivesse ficado tão triste se não estivesse ouvindo a música repetidamente.

- Eu pensei que eu contava finais porque, logo depois, contei pra duas amigas minhas o que tinha acontecido. E elas com certeza iriam ler o livro depois de mim. E foi aí que eu percebi que faço isso por vingança! Afinal, já que estragaram o meu barato, tenho que estragar o barato de outros (risada maléfica). Errr, me surpreendo com meu espírito de vingança. Tanto que estou contando para você o final do livro. Meu Deus, vou procurar uma terapia (!).

26.10.07

Camarões, esponjas e o Japão

- Kuriko era um camarão fêmea um tanto solitário que, apesar de ser jovem, não lembrava muito bem de sua infância. Apenas possuía vagas lembranças de uma casa de forma cilíndrica e sabia que teve que sair de perto dos seus pais ainda cedo.

- Sim, Kuriko tinha amigos e costumava frequentar as festas mais badaladas dos corais perto da casa que dividia com Tomoyo (as amigas moravam no Condomínio Coral Village). Porém, apesar da vida que levava, Kuriko se sentia só e frequentemente estava triste.

- Até que num tedioso domingo ensolarado, quando voltava da sua natação habitual, Kuriko conheceu Yakuda e logo percebeu que este era o camarão da sua vida.

- Yakuda e Kuriko passaram a se encontrar todos os dias e viviam uma linda história de amor. Estavam apaixonados.

- Numa noite de lua cheia, Yakuda preparou um jantar à luz de velas num coral deserto para Kuriko. Lá, fez o pedido com o qual todo camarão fêmea sonha. Ele a convidou para habitarem uma esponja e lá ficarem até esta morrer.

- Kuriko e Yakuda tiveram uma vida muito feliz dentro de sua esponja e tiveram muitos filhos saudáveis. No fim, Kuriko lembrou que a cada dos pais da qual lembrava também era uma esponja. Sua mãe, assim como ela, encontrara o camarão perfeito.

Texto escrito após estudar biologia (poríferos) e descobrir que camarões chamados de espongícolas habitam esponjas da classe Hexactinellidae e se alimentam e fazem todo o resto através do fluxo de água que passa pelas esponjas. Eles tem filhinhos que saem pelo ósculo (abertura da esponja) e morrem quando a esponja morre. Ah, eles ficam pra sempre na esponja porque crescem e não conseguem mais passar pelo ósculo. No Japão e nas Filipinas, o esqueleto da esponja com os esqueletos do casal de camarões é um presente típico de casamento que simboliza que o amor dos pombinhos vai durar pra sempre. Achei isso lindo.

21.10.07

Sobre livros

Essa semana, terminei de ler Mulheres de Cabul (Harriet Logan) e O Anticristo (Nietzsche). O primeiro é perfeito para ler de uma só vez já que é ilustrado, tem pouco texto (basicamente, só os depoimentos das mulheres) e apenas 110 páginas. O segundo não me agradou tanto. Tudo bem que Nietzsche tem um embasamento que poucos têm, que ele faz umas críticas bem inteligentes (ao cristianismo) e que ele percebe detalhes que eu, ao menos, nunca tinha parado pra pensar. Mas, sei lá, chega uma hora que todo mundo questiona sua religião. Ou quase todo mundo.

Feira de livros

# Ontem eu fui à Primeira Feira de Livros de São Luís (que pra mim foi a segunda, já que fui em outra no ano passado). Como uma criança numa loja de doces, percorri aqueles corredores e entrei em cada stand (a não ser aqueles que só vendiam livros infantis ou aqueles que vendiam enciclopédias).

Quando passávamos pela Praça Maria Aragão, procurando uma vaga, de um lado eu via aquela paisagem linda da beira-mar e do outro, aquela estrutura com a qual nós, maranhenses, não estamos acostumados mesmo. Sinceramente? Não parecia São Luís. Senti-me como se estivesse em uma cidade tipo Fortaleza ou Natal (sonha).

Embora só tivessem quatro corredores e poucos stands bons (porque tirando os infantis, não sobra quase nada! Tá, exagerei.), era tudo muito lindo. Todos aqueles livros lá em volta de mim. Todos gritando para eu os comprar. Amei passear por aquele paraíso e entrar em cada stand, ler títulos de livros, pegá-los, ler as costas e orelhas, abri-los e ler um parágrafo qualquer. Eu abri três versões de Memórias de um Sargento de Milícias de Manuel Antônio de Almeida (eu tava querendo ler desde que estudei em Literatura) e dessas três, duas eu abri na mesma página (113)! E ainda li o mesmo parágrafo. Cara, eu fico muito felizinha com essas coincidências.

- Três coisas que não gostei muito:
1) Para que todos aqueles livros que a gente encontra facilmente numa livraria? Acho que ninguém foi lá pra comprar livros de 55 reais (ou 40 ou 30). E o pior é que olhamos todos aqueles livros best-sellers que queremos ler e o preço desestimula total.
2) Acho que quando as pessoas abriam os livros, puxavam as capas o máximo que podiam porque quase todos os livros não fechavam direito. Eu ficava com muita pena.
3) Vi uma mulher completamente sem educação que estava lanchando e apoiando seu copo e sua coca-cola num dos livros que estavam à venda. Essa mulher não se toca? E nenhum vendedor reclamou. Ao menos eu não vi.

- Livros que comprei:
1) As Confissões de Max Tivoli (Andrew Sean Greer) – parecia livro de livraria mesmo e só nove reais *.*
2) Deus-dará (Ana Miranda) – livro de crônicas.
3) Clarissa (Érico Veríssimo) – mamãe que queria me dar um livro do Veríssimo e a capa dele é roxa. COMO eu iria negar?
4) Vestibular sem Medo, Passei Quatro Vezes na Fuvest (Renato Amaral) – mamãe que empurrou pra mim. E eu, com todo o meu complexo, claro que ia querer ler.
5) Um Rosto de Menina (Josué Montello) – eu não podia sair sem levar um livro dele, né? Pior foi mamãe que nem sabia que a feira era em homenagem a ele!

- Poucos. Ano passado eu comprei sete. Mas voltarei lá para o encerramento com Ariano Suassuna (assim que escreve, né?)

15.10.07

Corazón Partío

# Outro dia Lorenna tava falando sobre coincidências e coisas que acontecem e lembram outras coisas e toda uma confusão lá. Lembrei desse post dela agora quando estava voltando pra casa.

Quando a novela Torre de Babel passava na Globo, a minha música favorita era Corazón Partío de Alejandro Sanz. Ah! Era a música favorita da minha vó também. Enfim, o tempo passou e eu claramente esqueci da música. Até que um dia a turma de inglês juntou com a de espanhol no meu colégio pra aquelas aulas felizes que as professoras botam a gente pra cantar umas musiquinhas. Adivinha! Corazón Partío era uma das músicas do repertório *.*

Acabou que toda a minha paixão pela música voltou e ela passou a ser uma das músicas que eu escuto repetidamente quando estou aqui no pc (junto com LDN da Lilly Allen; Over my Head de The Fray; Espatódea de Nando Reis; e Pulsos da Pitty). Eu tava voltando do cinema (Falando nisso, Morte no Funeral é muito bom!) e mamãe tava escutando um CD de músicas melosas. Depois de escutar a música tema de Don Juan DeMarco (de Bryan Adams) umas quinhentas vezes, perguntei pra mamãe se tinha Corazón Partío. Ela disse que achava que sim. Depois que eu procurei música por música e não achei ela me falou que não tinha. Okey. Eu tava morrendo de vontade de ouvir a música.

Quando chegamos aqui na porta de casa, mamãe não quis aceitar minha ajuda pra abrir o portão. Tudo bem, fiquei no carro. Aí deu uma vontade de botar na rádio. Na Jovem Pan, tava tocando uma músiquinha legal mas eu senti vontade de mudar. Quando coloquei na rádio ''1'', adivinhem qual música tava tocando! Corazón Partío! Tudo bem que era a versão com Ivete Sangalo mas ainda era a música! *.*


¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero,
y bajará la luna para que juguemos?
Dime, si tú te vas, dime cariño mío,
¿quién me va a curar el corazón partío?

13.10.07

Bel Canto

Em algum lugar da América do Sul, na residência de seu vice-presidente, a soprano mais venerada do mundo da ópera canta na festa de aniversário em homenagem ao poderoso empresário japonês Hosokawa. O anfitrião espera que o titã da indústria seja seduzido a construir uma indústria no seu país. Roxane Coss encanta os convidados internacionais com sua voz. É uma noite perfeita — até que um bando de terroristas armados toma a festa inteira como refém. As negociações vão e vêm, alternando-se os termos e as demandas, e os dias tornam-se semanas, as semanas alongam-se para meses.

# Quando se lê o resumo do livro, costuma-se pensar que ele causa uma certa agonia já que as personagens são reféns e que nós, leitores, desejaríamos que eles fossem libertos logo. Pelo contrário, com o tempo a gente passa a amar aquela rotina. A gente passa a amar a voz da Roxane e a acha bonita e sedutora e fica muito feliz quando ela e o Hosokawa começam a ter um caso. Sem falar no Gen (tradutor do Hosokawa que virou tradutor de todos porque lá estavam pessoas de todos os lugares imagináveis) que se interessa por Carmen, uma menina que tinha se fingindo de menino para estar no ''exército'' que seqüestrou todos os convidados daquela festa.

Roxane e Hosokawa. Gen e Carmen. Todo mundo estava tão feliz... As negociações das autoridades com os seqüestradores continuavam não dando muito certo, mas era raro encontrar alguém ali que não gostasse daquilo. Mais do que ter se acostumado àquilo, dá pra pensar que, no fundo, todos queriam continuar ali. Até que policiais resolvem invadir a casa e matam todos os seqüestradores. Hosokawa estava com Carmen quando os tiros começaram. Foram, juntos, ver o que era. Um policial reconheceu a farda de Carmen. Ele não sabia o que estava prestes a fazer. Nem sabia também quantas coisas poderia estragar com apenas um tiro. E atirou.

"Roxane os viu no mesmo momento em que o homem com a arma os viu, em que Carmen viu César, e que o sr. Hosokawa viu Carmen e a retirou do espaço à sua frente, a força do braço dele atingindo um lado da cintura dela como uma explosão. Postou-se na frente dela no mesmo instante em que a estava jogando para trás de si, no mesmo instante em que o homem, que a tinha visto na frente, separada do sr. Hosokawa, disparou o tiro. A dois metros de distância não havia probabilidade de não acertar nela, a não ser por causa da confusão, o pipocar das armas, o frenesi das vozes, e o homem que estava na sua lista para ser salvo dando um passo na frente dela.''

E, no final, Hosokawa morto. Roxane com Gen. Não me lembro se falam o que acontece com Carmen, mas acho que não. Isso tudo por conta daquele homem com a arma. Na verdade, por causa de todos aqueles homens com armas. Não custava nada os reféns terem permanecido reféns... pra sempre. Porque sempre tem alguém que chega só para estragar tudo.

11.10.07

Duas larvas no frango

# Hoje, como toda quinta-feira típica, cheguei da escola e fui logo almoçar para ir me arrumar e ir pro curso e achei o almoço quente. É que eu sempre tenho que esquentá-lo e tal. Servi o arroz, o feijão, a farofa... até que chegou a vez do frango. Ele até tava com uma cara boa e era frango assado. Então fui partir um pedaço para eu comer e, assim que eu desgrudei o pedaço que eu queria do frango ''inteiro'', ploft. Uma coisa se mexeu. Eu cheguei perto pra olhar melhor e as vi. Duas larvinhas brancas com a cabeça preta. Duas larvas enormes que pareciam mais minhocas.

''ADRIANA! TEM DUAS MINHOCAS NO FRANGO! SOCORRO! SOCORRO!''
(Adriana é a menina que trabalha aqui)

''JAANA, JAANA, VEM CÁ! TEM DUAS MINHOCAS ENOOOOOOOOOORMES NO FRANGO!''
(Jaana é minha irmã)

Eu não tenho a menor idéia de como aquelas larvas foram parar ali. Afinal, o frango foi assado. COMO elas não morreram? Meu padrasto disse que o frango podia estar contaminado, mas isso foi muito bizarro. E o pior foi que isso aconteceu COMIGO. Logo a criatura mais fresca de todas pra comer. Quase que eu não conseguia comer o arroz/feijão/farofa que já tinha posto no prato. E não sinto mais a mínima vontade de comer frango. Sendo que frango constituía cerca de 75% da minha alimentação. Cara, acho que nunca mais vou comer frango. Traumatizei. E olha que depois que eu achei larvas na carambola, eu nunca mais comi carambola. Enfim, se eu morrer desnutrida, vocês já sabem a razão. (Y)

p.s.: consegui vender 20 rifas em dois (tá, foram três) dias *.* ainda tenho mais pra vender. alguém quer? (cesta com muitos chocolates deliciosos! u.u)

7.10.07

Eu, o moço e a luz enet

# Sexta-feira à noite: era hora de montar esse laptop aqui para perder mais do meu tempo sentada nessa cadeira velha. De repende, percebo que a luz enet do modem não tava ligando. ''Ah, não, isso não pode dar problema agora''. Mudei a posição do cabo, desliguei e liguei o modem umas quinhentas vezes e me desesperei.

Luh: ''Mãe, a luz enet do modem não tá acendendo?''
Mãe: ''O que é enet? Ah, minha filha...'' (e voltou pra cerveja)

Então eu resolvi ligar para a velox. 0800 56 56 58. A sede do atendimento ao cliente fica no Rio, né? Eu amo o sotaque de lá! (''Ow, prefixo 98 é de onde?'' *.*) E, dessa vez, foi um homem que me atendeu. O sotaque dele era mais bonito que o normal. Não sei, ele falava meio diferente. Acho que era mais jovem (e espero!). Ah, o nome dele era Leonardo. Enfim, eu contei o problema pra ele e ele me mandou trocar as pontas do cabo de lugar. Disse pra ele que já tinha feito isso e ele foi me mandando ir no menu iniciar e executar e não sei o que. Fui logo dizendo pro moço (era assim que eu chamava ele) que o telefone daqui de casa é de fio e fica longe do computador.

Moço: Você não tem celular?
Luh: Tenho, mas não dá pra ligar pro 0800 de celular, né?
Moço: Olha, pra mim que pode sim.
(pausa)
Moço: Olha, a informação que me deram foi que dá pra ligar de celular pro 1031 (ou algum número assim). Aaaaaaaah, vamo fazer o procedimento logo, ow! (Foi muito fofo o jeito que ele falou isso!)

Ele me falou que se eu fizesse o procedimento e a luz não acendesse era porque o computador tava com problema na placa de rede e tal tal. Eu anotei todo o procedimento, vim pro pc, fiz (ele ficou esperando no telefone) e não deu certo. Voltei toda triste pro telefone.

Luh: Moço, não funcionou!
Moço: Não?!
Luh: Quer dizer que o computador tá com problema? Mas, Moço...
Moço: Ah, então você vai ter que chamar uma pessoa aí pra...
Luh: Mas, moço, o que aconteceu com o computador, afinal?
Moço: A placa de rede num sei o que num sei o que e só uma pessoa indo aí pra consertar.

E ele também ficou todo sentido porque não tinha resolvido meu problema. Ah, cara, se eu ligar na próxima sexta-feira e pedir pra falar com um Leonardo eu consigo falar com ele? huahuahuhuahua. Séério. Sou uma viciada em vozes e cada vez mais viciada também no sotaque carioca. E ele era um atendente tão bem humorado. Logo depois que eu desliguei o telefone, minha mãe saiu do quarto.

Luh: ''Mãe, o computador tá com defeito na placa de rede. Tem que chamar alguém aqui.''
Mãe: ''Ai, filha, o que tá acontecendo?''
Luh: ''A luz enet, mãe! Não tá acendendo!''
Mãe: ''Tu já experimentou conectar o cabo na base do laptop?'' (normalmente, ela traz o laptop sem a base, então o cabo fica no laptop mesmo)
Luh: ''Não o.O'' (coloquei o cabo na base. Plim. A luz enet acendeu. Tá bom, tá bom. Não teve plim nenhum. huahuhua)
Luh: "Mãe! Por que você não me falou antes?!''
Mãe: ''Tu não perguntou.''
Luh: '' Oo''

p.s.: acho que isso tudo foi obra do destino para eu ''conhecer'' o Moço. Vai que ele é o homem da minha vida! huahuhuahua :D

3.10.07

Priminha

# Às vezes, eu realmente não consigo me entender. Sério. Por mais que eu saiba que tudo o que me dizem é verdade e que sim, eu estou perdendo grande parte da minha vida, eu continuo agindo do mesmo jeito. E tudo isso me deixa extremamente revoltada.
Por que eu não aceito sair? Por que eu não digo um sim de vez em quando? Por que eu não perco aula pra ir à praia? Tudo bem que eu não sou muito chegada em praia, mas as pessoas com quem eu iria não estão aqui perto de mim todo dia.

# O pior de tudo é que hoje eu quase fiz diferente. E é esse quase que quase me mata. Por que eu desanimei?

[pausa para rir um pouco]

# Eu tinha aberto o blogger para fazer um post cheio de lamentações, como dá pra perceber lendo as primeiras linhas. Maaaas a filha da minha prima (ou seja, minha prima de segundo grau que tem 5 anos) veio aqui pro quarto e começou a conversar comigo.
Enfim, não tem mais nada animador do que uma menina na fase dos porquês, que é super fofa e tem a risada super gostosa de ouvir.

"Vou te contar uma coisa que ninguém pode saber. A minha vó é apaixonada pelo Roberto Carlos! Ela tem cinquenta milhões de CDs lá em casa. É uma pilha desse tamanho ó. Parece uma montanha, uma montanha-russa."

"Por que você tem tantas Hello Kitties? Você sabe pintar uma casa com isso? Quem fez esse desenho? Por que o mouse tá em cima dele? O que tem dentro disso? O que é um disquete? O que tu tá fazendo? Só é difícil na hora de estudar, né? "

E o melhor de todos: "Luuuuuuuuuuh, você sabe ler? ''
(Ela me chamou de LUH! E eu nem pedi *.*)

# Ao menos ela me fez parar no começo de um post que ia ser o mais chato da história. Depois eu mando o agradecimento de vocês pra ela.

p.s.: Ela não é a coisa mais fofa desse mundo? Ela é a cara da minha irmã. Todos dizem que eu sou a cara da minha irmã. Logo, sou a cara da minha priminha também! Tá bom, tá bom. Parei com a caduquice.
p.p.s.: Se eu colocá-la para namorar com meu irmão por parte de pai sendo que ela é, na verdade, minha prima de terceiro grau não é algo tipo incesto não, né? *.*

29.9.07

Roxo

- É tão estranho se sentir melhor na casa alheia do que na sua própria casa. Não sei se foi porque o quarto era roxo, se eu passei quase uma tarde e noite sem falar com ninguém ou até se foi o frio que eu consegui sentir morando a dois graus da Linha do Equador.

- Significados do roxo:

1)Misticismo, esoterismo, calma, miséria, solidão, engano, autocontrole, erotismo, sonho, homem, noite, igreja. Corresponde à introversão e a dualidade, não sendo indicada para pessoas inseguras. Cor das pessoas altamente criativas e inovadoras é a cor da arte e da cultura. Sua forma é um octágono, seu som é o erotismo do sax, seu ritmo o tango, o rock. Seu aroma é afrodisíaco masculino, estimula as mulheres e seu sabor dos doces, chocolates etc. Cor erótica masculina. Sua cor oposta é o amarelo.
Realmente me senti muito calma lá. Pessoas criativas e inovadoras? Não sei se sou tão inovadora assim.

2)O Roxo transmite a sensação de tristeza. Significa prosperidade, nobreza e respeito.
Mas eu nem me senti triste! Talvez tenha uma influência diferente em mim, quem sabe.

3)O violeta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual. A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental. Ajuda a encontrar novos caminhos para a espiritualidade e a elevar nossa intuição espiritual. Traz poderes mentais. Deve ser usada para combater a insônia. Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação. Quando usada em excesso acaba provocando manias e fanatismo. Melhor usar às quintas-feiras (dia de Júpiter).
Metafísica, passei a gostar dessa palavra por esses dias. Agora que eu já não tenho insônia que eu fico sabendo disso? Eis a razão das minhas excessivas manias. Na maioria das quintas, uso roxo para ir ao curso! Tá bom, tá bom, uso roxo na maioria das vezes que saio.

4) O violeta é uma resultante da mistura do vermelho com o azul, conservando as propriedades de ambos, embora seja uma cor distinta. O violeta tenta unificar a conquista impulsiva do vermelho com a entrega delicada do azul. É a cor da identificação com o lado misterioso da vida. Permite a sensação de fusão entre sujeito e o objeto, entre o indivíduo e o todo. É, definitivamente, uma cor ligada ao encantamento, ao sonho, ao estado mágico da mente, aos desejos espirituais, ao deleite espiritual ou astral. O violeta é uma cor preferida mais pelas crianças ou por pessoas imaturas ou que estejam em processo de procura de um sentimento espiritual para as suas vidas. Mas isso não que dizer que a escolha do violeta signifique falta de maturidade ou de dependência. Quem prefere o violeta é claramente sensível e delicado. É a cor das pessoas que têm insegurança emocional e uma certa instabilidade psíquica. O violeta é uma cor feminina, transmitindo misticismo, identificação cósmica, intimidade sensível, encantamento e irrealidade.
U-hu, lado misterioso da vida! Espero estar à procura de um sentimento espiritual para a minha vida. Sensível e delicada? Onde? Afinal, é uma cor feminina ou masculina? (vide primeiro texto)

- Voltando: Então, eu não vejo a hora de me mudar. De ter um quarto roxo e tudo o mais. Se bem que eu queria um quarto quase vazio como o que passei o último dia. Mas isso é totalmente impossível. Afinal, eu tenho roupas e livros e bugigangas e caixas e diários e ainda dividirei o quarto. Ele acabará abarrotado com um armário, uma mesa com computador + lugar para estudar (nossa, que combinação, hein!), coisas pregadas na parede e uma cama daquelas que tem um colchão embaixo. Ai Deus! E quando a gaveta do bendito colchão estiver aberta?! Ah, cara, eu queria ter uma casa ''vazia'' para poder estudar.

- O apartamento seria silencioso, quer dizer, o barulho do vento nunca cessaria. Não teria TV nem na sala. A cozinha não seria cheia de guloseimas para eu não sentir vontade de comê-las e teria uma porta daquelas de bar de filme no deserto que a gente empurra. O espelho do banheiro não seria muito grande para eu não perder muito tempo lá. Não teria nada muito interessante a ser olhado pela varanda ou pelas janelas. Um quarto (roxo) teria só uma cama, uma mesinha e uma cadeira. Um outro seria lotado de livros como a biblioteca que Liesel visitava em A Menina que Roubava Livros e eu sentaria no chão para observar todos aqueles mundos em um só lugar. O último quarto... Ah! O último quarto não teria nada. Apenas tintas, mas aí teria alguma coisa. Então, só haveria tintas e vários tipos de pincéis e rolos para pintura. Eu pintaria várias coisas nas paredes e depois as pintaria novamente de branco para pintar outras coisas (Alguém se lembra de Como se Fosse a Primeira Vez?). A varanda teria aquelas telas que apartamentos com crianças têm já que eu sinto uma vontade imensa de me jogar das varandas e eu escreveria sobre a minha vida lá. Eu saberia cozinhar e só eu e uma faxineira teríamos a chave do tal apartamento.

- E, de repente, um post grande. Imenso, na verdade.

22.9.07

Desencontros amorosos

Sabe aqueles dias que Saturno se alinha com Vênus que forma um quadrado com Marte, Júpiter e nosso querido ex-planteta Plutão? Acho que hoje fui um deles. Quer dizer de ontem pra hoje.

Tudo começou uns dias antes quando eu saí de casa com a franja amassada dois dias seguidos (imagina se eu encontro o homem da minha vida!) e quando não vi aquela pessoa (se bem que eu tava com a franja amassada. Então acho que foi melhor mesmo). Hoje eu agradeci não ter namorado. Vai que o meu namoro também era prejudicado com essa coisa dos planetas. Bom, deixa eu falar logo.

1. A e B são namorados. Eu precisava muito falar com A. Liguei para A durante uns 40 minutos e nada. Depois eu descobri que o celular de A não estava recebendo as minhas chamadas. Como de costume, liguei para B para falar com A e, bom, B e A não estavam juntos. Sendo que eles precisavam estar juntos. Acabei denunciando A para B. A estava fazendo algo não muito certo. Só depois de algum tempo consegui falar com A e A me disse que eles já tinham brigado na véspera. É, Luisa, você conseguiu piorar ainda mais a situação.

2. Saí de casa e fiquei sabendo que C e D terminaram na véspera. E eu tinha pensado a semana toda que C nunca deveria terminar com D. Era uma história muito louca. Algo do tipo C teve que sair pra comprar umas coisas, D ficou na casa de C. Um E se meteu na história e C e D terminaram. Foi uma confusão, um mal-entendido. Nem eu entendi direito. Imagina vocês. Só sei que eles terminaram.

Além de que, o namorado de uma amiga estava sendo enganado e um amigo duma amiga quase morreu. E vai que aconteceu alguma outra coisa e eu ainda não soube. Tá que não foi nada tãão ruim assim. Eu ainda tô aqui vivinha da silva e as pessoas importantes também. E minha franja nem tava amassada hoje.

16.9.07

Wasted time

Curioso. Durante esse tempo que eu passei sem o blog, sempre tinha idéias para posts bem legal. E é claro que nessa semana eu sequer tive tempo pra lembrar que isso aqui existe.

Eu sempre soube que, na vida, a gente tem que engolir vários sapos mas não tem como não ficar super chateada quando um sapo bem grande aparece, esperando parar ser engolido.

Você se dedica por um tempo considerável fazendo certa coisa enquando você poderia estar fazendo inúmeras outras coisas mais úteis e, de repente, você descobre que tudo aquilo não serviu pra nada. Wasted Time, como diz aquela música de Skid Row. Mas o pior de tudo é quando usam aquilo que você produziu/pensou/teve a idéia para se basearem e fazerem uma coisa como se fosse inédita.

Tá, muitas coisas se alteraram mas a essência continua a mesma. Alguns personagens deixam de existir, mas outros criados por você estão lá, na história de outra pessoa, como se ela mesma os tivesse criado. O pior de tudo (e esse é o pior mesmo) é quando usam a sua piada. Já que estavam fazendo uma paráfrase, que mudassem logo tudo. Não era ela a engraçada? O que foi agora, tornou-se incapaz de pensar nas suas próprias?

É, deixa estar. Agora desejem-me sorte que eu ainda tenho que revisar a história dos outros porque até erro básico de português se encontra ali e eu não posso deixar um professor de português ler aquelas aberrações com meu nome no final.

Além de que, tenho que descobrir se a versão que recebi veio sem final. A não ser que na cabeça dela alguma coisa possa terminar com uma fala assim: ''mas você não podia ter me roubado, não podia''.

Eu tô aqui, rezando para que o final não tenha vindo. Ou eu vou ter que pensar num jeito de dar um fim na história dos outros.

~ Alguém já assistiu O Primo Basílio? Perceberam que Basílio escreveu o nome da Luísa errado em uma carta? Ele põs sem acento!!! É que ele tava pensando em mim *.*

10.9.07

De volta

Sinceramente, eu não sei porque eu decidi esse final de semana. Logo esse que eu gastei todo escrevendo uma peça inútil pra uma nota de redação. É, um dia eu ia ter que voltar pro blog.

''Paola fecha os olhos e se prepara para atirar. Agostinho levanta e fica entre Paola e Sandy/Laís. Paola atira e a bala pega em Agostinho. Sandy/Laís foge. Paola abre os olhos, vê que atirou na pessoa errada e corre até Agostinho.
Paola: Meu Deus! O que eu fui fazer?
Paola começa a chorar, desesperada. Michelle entra na sala. Paola pega a arma e aponta para si.
Michelle: PAOLA! NÃO!
Paola atira no próprio peito. Michelle corre até Paola e a abraça.
Paola: A Sandy... Era a ladra... Eu matei... o Agostinho... Sem querer... Ela fugiu...
Paola morre. Michelle começa a chorar em cima dos cadáveres.''

~ gostaram do template? eu quase usei esse.