27.1.08

Wuthering Heights

''Heathcliff, it`s me, I`m Cathy, I`ve come home. I`m so coooooold, let me-in-your-window ohhhhhh''
(Kate Bush)

"[...] As cruzes representam as tardes que passou com os Lintons, e os pontos, as que passou comigo. Percebe? Marquei todos os dias.
- Tolice... muita tolice, como se eu prestasse atenção! - replicou, em tom irritado. - E por que isso?
- Para mostra que eu presto atenção - disse Heathcliff."

"- Nunca disse antes que eu falava muito pouco ou que não gostava da minha companhia, Cathy! - exclamou Heathcliff, muito agitado.
- Quando as pessoas nada sabem ou nada dizem, não existe companhia - resmungou."

Nada melhor que passar o fim de semana ouvindo novamente a história de Cathy e Heathcliff que é contada pela criada Nelly. Principalmente porque achava ter perdido esse livro, mas, na verdade, minha mãe o tinha escondido em seu armário. É tão bom amadurecer literariamente e deixar de achar cansativas leituras que antes eu considerava. E como tenho lido obras românticas! Daqui a pouco, passarei a sonhar com o amor perfeito.

(O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë)

20.1.08

Sobre relacionamentos

''Quando você está amando e sofrendo, você não está amando. Porque quando se sofre não se ama de verdade''

Escutei uma garota falando isso em um daqueles programas da MTV tipo Vidalog há muito tempo e anotei porque, instantaneamente, lembrei do relacionamento que vivia uma conhecida na época. Eu, que gosto de estar solteira no momento, não tenho nada contra relacionamentos longos nos quais as pessoas se entregam totalmente e tudo mais. Só que relacionamentos desse jeito têm que acrescentar algo às pessoas e deixá-las felizes, é claro. Nada funciona direito quando só um é feliz e só um cede às exigências (ou frescuras) do outro.

O pior é quando você vê alguém deixando de viver a sua vida, perdendo uma parte da mesma que nunca voltará (afinal, nenhuma volta mesmo), perdendo seus amigos, perdendo seus hábitos, seus gostos, suas particularidades. Toda essa ausência de autoritarismo causando uma perda de personalidade. Ver alguém mudando completamente por causa de uma outra pessoa que nem vale à pena é triste. Ver uma mulher submissa em pleno século XXI é mais triste ainda e, pior, revoltante.

Ontem mesmo quando via a vitrine de uma livraria, reparei em um livro chamado Quando Termina é Porque Acabou (Greg Behrendt & Amiira Ruotola-Behrendt) que me lembrou aquela mesma conhecida que falei anteriormente. Depois de toda uma fase de torcida para que aquele relacionamento revoltante terminasse, começou outra fase ainda pior. Uma fase repleta de ilusões na qual ela está completamente cega e não acredita poder estar sendo iludida. Sempre pensei que após o término de um relacionamento, deveríamos curtir a fossa e, depois, superar. Não adianta ficar vivendo de passado que ele nunca virará futuro. É a hora de ouvir a verdade de quem se preocupa e sofrer logo tudo de uma vez para ficar, enfim, livre de todo sofrimento. Uma pessoa que escuta tudo e torna seus os pensamentos de outro, deveria ouvir A verdade ao invés de colocar na cabeça que não vai tomar a vacina contra a febre amarela só porque não sabe onde está sua carteirinha de vacinação e talvez sofra efeitos colaterais sendo que é pouco provável que já tenha tomado a tal vacina em toda a vida.

18.1.08

O amor nos tempos do cólera

(Depois de comprar o pão do dia anterior) eu fui ao cinema e assisti esse filme. Eu estava morrendo de vontade de assistí-lo porque eu li o livro recentemente e queria ver a Fernanda Montenegro em filme internacional.

Como a maioria dos filmes que são adaptações de livros, é feito para quem já leu a obra. Como a história é muuito longa (afinal, Florentino Ariza esperou durante mais de 51 anos por Fermina Daza), o filme é como se fosse a união de flashes das principais partes e tudo acontece muito rápido.

Juvenal Urbino e Florentino Ariza eram iguais ao que eu imaginava (menos o Florentino jovem que era muito bonito pra personagem). Mas a atriz que fez Fermina Daza era pééssima e não soube capturar a pose orgulhosa da personagem. Também não gostei do pai dela que saiu muito cômico. Recomendo a leitura e, depois, o filme para todos.

p.s.: Hoje eu quase peguei chuva. Alguém se habilita a salvar a minha ''franja'' me dando um guarda-chuva?

Porque eu não posso comprar pão

Ontem mamãe me pediu para comprar pão enquanto ela ia na casa dos sogros dela (que fica em frente ao supermercado). Fui até a parte que vende pão pensando que se eu encontrasse o homem da minha vida, ele me veria com a maquiagem pela metade (eu ainda ia terminar de me arrumar antes de sair).

Quando olhei a data de fabricação dos pães, percebi que todas eram 16/01/08. Pensei: ''Meu Deus, só tem pão de ontem? Não é possível! Humm, será que hoje é dia 16? Mas eu juraaava que era dia 17! Será que eu toda lerda pus a data errada no caderno da aula de hoje? Meu Deus, eu sou muito lerda! Hoje é dia 16! Domingo foi treze, segunda foi catorze, terça foi quinze e hoje é 16! Mas que estranho, esse pão tá meio duro. É, né, vou levar.''

Então peguei o pão, fui até o caixa e paguei. Depois que saí do supermercado, encontrei com mamãe.

Luh: ''Mãe, eu não sabia que hoje era dia 16!''
Mamãe: ''Luisa, hoje é dia 17!''
Luh: ''Ih, mãe, comprei o pão de ontem!''

15.1.08

Conversas no ônibus

Não sei porque, mas eu adoro encontrar pessoas conhecidas quando ando de ônibus (coisa que não é tão difícil já que São Luís não é nenhuma metrópole). Nesses dias, tenho lido Mensagem de Fernando Pessoa no ônibus (porque acho O Retrato de Dorian Gray muito grande e de vez em quando quase sempre gosto de procurar alguma palavra no dicionário). Enfim, eu estava com o livro na mão e, enquanto eu passava pela roleta, a cobradora falou que o livro era ótimo e que adorava Fernando Pessoa. Eu disse que gostava mais ou menos porque preferia prosa e, pronto, começamos a conversar sobre literatura.

A cobradora me falou sobre Rubem Alves. Disse que tinha lido um livro muito bom dele chamado Tempus Fugitis, que reúne crônicas numa prosa meio poética. Ela falou tão bem do autor que fiquei curiosa e quando falei ''vou procurar'', fui sincera. Depois de ler sobre ele, fui procurar o tal livro no submarino e ele custa apenas 10 reais. Pode ter certeza de que esse livro será meu breve, breve.

Ah, eu não estou louca. No começo do post disse que gosto de encontrar pessoas conhecidas no ônibus e só falei de uma cobradora que gosta de ler. É que eu encontrei a pessoa conhecida na volta para casa e ainda conversamos com uma desconhecida que estava sentada do meu lado. Só não falo sobre o assunto (vestibular) porque seriam três posts consecutivos falando sobre a mesma coisa. Até eu já cansei.

Mas, sabe? Eu adoro cobradoras simpáticas. Lembro de uma vez que estava voltando da escola com uma amiga e a cobradora foi tão simpática com a gente que eu nunca esqueci a cara dela. E a tenho visto bastante esses dias no ônibus que pego depois da integração. Hoje mesmo peguei o ônibus ''dela'' na ida e na volta.

p.s.: Lembrei agora de um cobrador que eu sempre ''encontro'' também. Ele seeempre está com as unhas GRANDES e FEITAS. Toda vez que o vejo ouço na minha cabeça o comentário que a minha amiga fez um dia ''Consigo imaginá-lo todo montado como travesti'' e me vem a imagem dele fantasiado de Carmen Miranda! Ai, ai, essa minha imaginação fértil...

14.1.08

Vestibular²

Eu adorei fazer vestibular, cara. Como eu fiz a prova suuper devagar, não passei horas esperando para poder sair com a prova. Acertei 34 questões de 55. Só errei uma questão nas provas de português, inglês, geografia e química. Acho que fechei filosofia (é difícil não ter certeza de qual pus no gabarito) e só acertei UMA questão de história (me mata, eu sei). O pior foi que eu errei duas questões por besteira. Uma foi que eu pus em ordem decrescente ao invés de crescente (matemática) e, na outra, não me toquei que "assalariado'' queria dizer que recebe salário e não pessoa sem salário (sociologia). Eu, como todo esse meu jeito lerdo, tinha que dar um fora desses na prova. Depois disso só me enterrando mesmo.

Então tá, vamos falar sobre livros

Eu finalmente tomei vergonha na cara e resolvi fazer a minha lista de livros preferidos. Sempre que eu ouvia ou lia alguém falando dos que mais gostava, fazia uma cara de preguiça e pensava ''ah, mas são tantos'' e deixava pra lá. Separei os livros cujas histórias (a maioria bem louca) me agradaram, me prenderam e que foram muito bem escritas. Sei que ninguém quer ler isso, mas eu quero mostrar.

''Melhores'' Livros
(em ordem alfabética)

- Alma e Sangue, Nazarethe Fonseca
- O Amor nos Tempos do Cólera, Gabriel García Marquez
- Bel Canto, Ann Patchett
- As Confissões de Max Tivoli, Andrew Sean Greer
- O Fantasma da Ópera, Gaston Leroux
- Filha de Feiticeira, Celia Rees
- Marley & Eu, John Grogan
- A Menina que Roubava Livros, Markus Zusac
- O Menino do Pijama Listrado, John Boyne
- O Perfume, Patrick Suskind
- Poliana, Eleanor H. Porter
- Quando Nietzsche Chorou, Irvin D. Yalom
- Travessuras da Menina Má, Mario Vargas Llosa
- O Vendedor de Histórias, Jostein Gaarder
- A Viagem de Théo, Catherine Clement

Não falei sobre cada um dos livros porque isto seria cansativo até para mim.

12.1.08

Vestibular

Amanhã, dia TREZE, no setor TREZE, na sala TREZE, às TREZE horas faço o vestibular da UFMA como treineira. Coloquei por jornalismo por colocar já que nenhuma pessoa em sã consciência cursaria Jornalismo aqui no Maranhão (ao menos não alguém que pensasse como eu). E, sabe, eu não sofro pressão alguma pra passar. Porque a minha irmã mais velha simplesmente passou em primeiro lugar para Desenho Industrial quando fez o vestibular como treineira no começo do terceiro ano dela. Vale à pena ressaltar que eu ainda não tirei a minha foto 3x4 para o cartão de inscrição. Digamos que a foto 3x4 mais recente que eu tenho foi tirada na minha sexta série. No momento, estou procurando algo sobre as obras que irão ser abordadas nas questões de português/literatura para eu ao menos ter uma pequena noção. Também devo procurar algo sobre filosofia e sociologia, já que eu também não quero zerar essas provas. Desejem sorte para mim. E que mamãe não invente de ir à praia amanhã porque se eu chegar atrasada no meu local de prova (que fica num bairro sobre o qual nunca ouvi falar), provavelmente ficarei beem nervosa.

p.s.: melhorei da gripe faz um tempo já. Obrigada pelo apoio moral, h0h0.
p.p.s.: opa! tô indo tirar minha foto 3x4 agora. Depois mostro o desastre.

Aniversário do padrasto

Reuniões de família (alheia) podem até se tornar programas bem agradáveis. Mesmo quando seus planos furaram e não lhe resta alternativa a não ser ir para a tal reunião. Toda vez que estou em uma situação dessas, minha mãe fica enchendo o saco me mandando ir conversar com os ''jovens''. O que ela não percebe é que o convívio com pessoas mais velhas, mais inteligentes, experientes e, claro, mais maduras só faz crescer o intelecto. Claramente eu gosto de assistir Big Brother (afinal, não há nada melhor que assistir a convivência de pessoas semelhantes a nós mesmos), mas assistir debates sobre religião e, ao mesmo tempo, duas mães conversando sobre o comportamento das filhas é bem melhor do que assistir ao canal pago do BBB na Sky (principalmente quando os participantes não estão fazendo nada muito interessante).

5.1.08

Metas para 2008

1. Voltar a malhar (numa academia de verdade, tudo bem?)
2. Entrar para um curso de redação.
3. Não desviar do meu foco que é passar na UFSC.
4. Achar um curso para fazer aqui no MA caso eu não passe na UFSC.
5. Não ficar louca de tanto estudar e sair mais, beeeeem mais.
6. Me dedicar mais ao inglês.
7. Se não conseguir fazer novos amigos, tentar manter os (poucos) que tenho.
8. Engordar alguns quilos.
9. Parar com a mania de ficar puxando cabelo (fico parecendo uma louca!)
10. Fazer o tratamento para melhorar minha postura e, assim, diminuir o meu problema de ter uma perna maior que a outra (por mais que a diferença ainda esteja aceitável). Mesmo que eu tenha que fazer o tal rpg que dizem doer pra caramba.

Gripe

Não tenho a mínima idéia do que fazer já que estou gripada. Já tomei remédio duas vezes e não melhorei. Tentei repousar, terminei de ler um livro (O Amor nos Tempos do Cólera de Gabriel García Marquez) e o máximo que me aconteceu foi a vontade de assistir ao filme que está passando no cinema. Vou é mudar de música, porque a única que tenho escutado desde que cheguei de Macapá é Cachaça da banda Vanguart.

É por causa desta querida gripe que ainda não pude começar os meus estudos pro vestibular. Tô indo pras aulas de química quase que obrigada. Eu só queria mais ânimo e uma cidade menos quente e que a época de chuvas não começasse.

1.1.08

No avião

No vôo de Belém pra São Luís, sentei na minha cadeira da janela e fiquei esperando que pessoas legais sentassem do meu lado (nunca tinha acontecido comigo). Um cara de boné sentou na cadeira do corredor e começou a dormir. Aparentemente, ninguém sentaria no meio. Até que vi um cara perguntando se a cadeira estava ocupada. Parece que uma loira (eu sei que era loira porque ele começou a resmungar, falando mal delas) roubou o lugar dele. Quando ele sentou, percebi que ele conhecia o cara de boné.

Eles eram baianos, reconheci logo pelo sotaque do de boné. Pra quem não sabe, gosto muito da Bahia porque meu pai é de lá. Eles eram daqueles baianos arretados e extrovertidos e passaram o vôo todo conversando e alizando comigo. Será que alguém de vocês sabe o que é azilar? Enfim, foi muito legal porque disseram que eu tenho cara de mulher do tempo (que não deixa de ser jornalista, certo?). Só não gostei quando disseram que pareço com Chris Flores do Hoje em Dia.
Eu não a acho muito bonita. E também nem acho que pareço com ela. Talvez eles tenham falado isso por causa da franja e do óculos preto de aro grosso.

Nessa viagem, conheci pessoas que nunca mais vou ver na vida. E isso é estranho, muuuuito estranho.

p.s.: tentei fazer uma lista de metas pra 2008 e não consegui pensar em nenhuma.