31.8.09

Blog day 2009


Já sou blogueira há mais de três anos, mas nunca tinha participado de um Blog Day. Sempre perdia a data, ó vida cruel. Hoje, não lembrei sozinha, é claro. Twitter salvando a minha vida, como sempre! O projeto consiste em indicar cinco blogs que você gosta para que as pessoas que acessam o seu blog conheçam outros e assim por diante. Saiba mais aqui. Já soube que recebi a indicação da Lusinha. Muito obrigada, Lu! Ah, como nunca participei do Blog Day antes, não vou indicar só blogs novos.

Comecei a acompanhar esse blog quando a Jana era vestibulanda (que nem eu). Agora ela estuda Engenharia Elétrica e tenta conciliar as exatas com seu lado artístico. Os textos que ela posta são leves e com uma boa pitada de humor. Além de sempre ter histórias interessantes para contar, ela também publica desenhos e HQ's.
A Irena é uma estudante de Jornalismo (uhuu) e Design, mas nem fala tanto sobre sua vida acadêmica. Na verdade, os assuntos mais abordados são sobre os vícios que ela adquire - e olha que ela é cheia deles: séries (Veronica Mars), músicas (French Navy) e Zooey Deschanel em geral. Sem contar o mais novo vício: The Virgin Suicides, livro e filme. Ela também publica umas ilustrações lindíssimas!
Anna é uma menina de quinze anos com a mente bem avançada pra quem tem essa idade. Eu, por exemplo, só tinha vento na cabeça. No blog, ela compartilha seus dramas de aluna nerd aplicada que estuda para o vestibular desde o primeiro ano. Além disso, ela fala bastante sobre Cinema e Música. Acho incrível o conhecimento que a guria tem nesses campos de cultura, principalmente sendo tão nova!
Praticamente uma enciclopédia cor-de-rosa, esse blog serve como um melhor amigo gay online. Dá dicas de beleza, receitas (!), fala sobre sexo com humor ou não e ainda tem estilos de post engraçados como o "Acordei meio malvada" e o "E-trash". O blog é tão bom que agora está hospedado no portal da MTV. Só não recomendo ler os posts quando estiver em público, alguns assuntos são meio... picantes! haha.
Blog de um jornalista formado na UFSC (opa!) que fiquei sabendo ao participar de uma das reuniões da VIII Semana de Jornalismo que acontece de 21 a 25 de setembro. Os posts falam sobre o trabalho dele como freelancer (jura?). É legal acompanhar os trabalhos interessantes que ele faz, as viagens então! Detalhe que só depois de muito tempo que eu fui me tocar que ele é o marido da professora que me deu aula de Fotojornalismo I. Mundo nada pequeno.

25.8.09

Meg Cabot na vitrine JÁ!

Desde que moro numa cidade com Saraiva, não deixo de entrar na livraria pra dar uma olhada nos livros. Já sei onde encontrar as obras do Erico Verissimo, Isabel Allende, aqueles mil autores que têm as capas parecidas com a do Mario Vargas Llosa... e achava que sabia onde estava a história da Mia Thermópolis e derivados. Crepúsculo não é difícil de localizar e perto dele ficam os infanto-juvenis mais famosinhos. Formaturas Infernais estava logo ao lado e, mantendo a lógica, os outros livros da Meg Cabot deveriam estar ali também. Mas no lugar onde meu cérebro insistia que os acharia, estavam uns áudiolivros aleatórios. Percorri toda a Saraiva, subi para o segundo piso, passeio o olho pelas seções mais acadêmicas e nada de achar livros infanto-juvenis dessa vida. Comecei a ficar ansiosa e a minha vontade era de perguntar para o primeiro atendente que passasse na minha frente "ONDE vocês esconderam os livros da Meg Cabot?". Claro que perguntei de forma mais civilizada e a mocinha me indicou uma seção atrás da revistaria. Oi? Eu nem imaginava que existia vida literária atrás daquelas estantes com revistas.
O único livro da coleção O Diário da Princesa era o número 10, lançamento escondido no fundo da livraria. Tinha outros da coleção A Mediadora e tal, mas vocês imaginam como fiquei aborrecida ao notar todo aquele destaque para Stephenie Meyer e nenhum para a Meg, que é a melhor autora infanto-juvenil de todos os tempos! Pior é que ao lado da esquecida Mia Thermopolis, estavam Harry Potter e os órfãos Baudelaire. Esse mundo está mesmo perdido, quero Meg Cabot, J. K. Rowling e Lemony Snicket na vitrine JÁ!
p.s.: Só para não desistirmos desse mundo de vez, reparei numa mãe e numa filha que perambulavam pela Saraiva. Pareciam estar procurando algum livro e quando a mãe perguntou se a filha não se interessava por Crepúsculo, ela negou prontamente. UFA!

23.8.09

Top 10 coisas que deixariam a escola melhor

A pauta pedia para deixar a escola mais legal e, do meu ponto de vista, uma escola boa o suficiente para que mais de 3 alunos entre 50 passem na universidade que querem é uma escola muito legal.
1) Armários de filme americano onde pudéssemos guardar nossos livros em vez de ficar carregando aqueles tijolos de casa pra a escola, da escola pra casa.
2) Livros didáditos bem escolhidos. Na minha antiga escola, os livros da lista eram todos da FTD, pois houve uma parceria com essa editora na hora de construir o ginásio esportivo. Seráá que não existia livros melhores que aqueles que eu era obrigada a comprar? E ninguém tem tanto dinheiro pra comprar vários livros de cada matéria, são caríssimos!
3) Professores que não mandassem os alunos fazer exercícios em sala de aula. Tem coisa pior do que acordar super cedo, se deslocar até a escola e na hora ter que fazer algo que você podia estar fazendo em casa, sem pagar nada?
4) Menor número de alunos nas turmas. Em salas com 50 ou 40 alunos, o nível de aprendizado é muito baixo!
5) Cantinas e restaurante que atendesse a todos os alunos. Porque passar 15 minutos na fila e ter só cinco para comer era horrível! E restaurante é essencial para as turmas que têm aula de manhã e pela tarde. A minha não tinha.
6) Apoio psicológico e acompanhamento para o vestibular. Estudar o tempo todo e bastante estressa muito. Aqueles adolescentes perdidos precisam ouvir conselhos, dicas e instruções de vez em quando. Principalmente quando estão em dúvida sobre o que fazer da vida.
7) Bibliotecas de verdade. Com pelo menos todos os livros que são exigidos na lista de material escolar de todas as turmas e literatura, não só os clássicos e principalmente os que vão ser abordados no vestibular local, para aumentar o gosto pela leitura dos estudantes.
8) Salas de estudo. Várias mesas, individuais ou grandes, num lugar confortável e silencioso.
9) Plantar a sementinha do esporte no coração dos gurizinhos. Porque deve ter escola negligente, como a minha era, que não obrigava os alunos a participar das aulas de Educação Física. Eu deveria ter reprovado por falta inúmeras vezes.
10) Aulas práticas. Porque passar uma manhã ou tarde ou o dia inteiro sentada numa cadeira (que muitas vezes nem é acolchoada) é muito chato. Aulas de física e química no laboratório, aulas mais dinâmicas de literatura, por favor!
p.s.: Ou talvez tudo isso reflita a minha frustração de ter estudado durante sete anos na minha ex-escola.
Pauta para o TDB

20.8.09

O mundo dá voltas, CPM 22

Lembro de um dia nas primeiras semanas de aula do semestre passado quando eu tava meio triste, perdida, desanimada. Tinha acabado de perceber que a aventura onde me meti era bem mais complicada do que imaginei e não sabia por onde começar a vida nova. Tava comendo na lanchonete do centro onde estudo, acho que esperando a aula que só começaria 18h30. João, meu colega de curso, me ouvia falar sobre o que eu tava sentindo. Sei lá, eu não tinha ninguém nessa cidade, ele foi super gentil comigo e tava ali comigo, né. Meus olhos encheram d'água e ele falou:
- Não desanima, Maranhão.
Nunca esqueci do tom de voz, do jeito que ele falou pra mim. E obedeci. Continuo no Jornalismo, na UFSC. Apesar de sentir saudade das exatas, estou firme e forte nas humanas. Ele? Em Joinville, fazendo Engenharia da Mobilidade. Fez o vestibular de inverno da UFSC e desistiu do mundo jornalístico ainda na primeira fase. E eu acho isso tudo muito louco.

15.8.09

Jamaica, man



Devido a todos esses problemas de voos atrasados, perda do primeiro dia de aula, correria da vida universitária, acabei não fazendo todos aqueles textos sobre a Jamaica e, bem, vou tentar reunir os pontos principais nesse post.

Comida: Jamaicanos são muito chegados numa pimenta. Mamãe me avisou que os pratos locais eram realmente apimentados, ela passou mal nas primeiras vezes que comeu algo típico. Fugi de tudo que tinha (imagine aqui ler o adjetivo usado lá nos pratos apimentados, esqueci qual é) no nome. Até que no aeroporto, no dia da volta, resolvi experimentar um "Pattie", parecido com um pastel. O recheio, de carne, tinha tanta mas tanta pimenta que tinha que beber um gole de Coca a cada mordida. O que também tem bastante por lá é banana. Tem tudo feito com essa fruta, até cheeps. Isso porque foi a cultura que começou a substituir as plantações de cana-de-açúçar.
Turismo: Não, a Jamaica não se resume a praias belíssimas. Falando nisso, sabia que as praias são, em sua maioria, privadas? São propriedades de resorts, cercadas por muros. As que não fazem parte de um hotel, têm uma entrada onde você paga o ingresso. Claro que existem praias públicas, mas são raridade e os frequentadores são uma muvuca pior do que qualquer uma que você já viu na vida (palavras da minha mãe). As cidades turísticas (Ocho Rios, Port Antonio, Montego Bay, Negril) ficam todas no norte da Ilha e a capital, Kingston, no sul. Fui a Ocho Rios e Port Antonio e tive que enfrentar uma estrada péssima, curvas muito fechadas nas montanhas, um horror. Demoramos umas três horas pra ir de sul a norte na Jamaica, que é minúscula. Enfim, as praias, particulares, valem à pena e aquele país tem muita história para contar. A cidade de Port Royal merece um post só pra ela (em breve!).
Clima: Ô terra quente. Saí do inverno em Floripa, média de uns 13 graus, pra pegar mínima de 30 em Kingston. Sensação térmica por volta de 40 graus não é raridade lá. A cidade fica no litoral, tem muito vento (todas as árvores são curvadas), mas o ar do vento é muito quente. A brisa vem direto do inferno, sério. A região é frequentemente atingida por tempestades, ciclones, furações, todos os desastres naturais possíveis. Já teve até cidade destruída por tsunami (aquela Port Royal que merece um outro post). Mamãe morre de medo de ter furacão enquanto ela está morando lá e acompanha um site que monitora o movimento dos ciclones, etc.
Nativos: 99,99% da população é realmente negra. Os únicos brancos que eu via na rua, eram na verdade amarelos. Tem bastante descendente de oriental por lá. Só via brancos (todos turistas) em resorts, hotéis e restaurantes mais voltados pra estrangeiros. As mulheres abusam nos penteados e muitas usam perucas. Elas vestem roupas muito extravagantes - até as gordinhas. Pelo que percebi, a ditatura da magreza é lenda na Jamaica. Ainda bem. O mundo ainda não está todo perdido. Vi bastantes seguidores do rastafari, com todo aquele estilo Bob Marley de ser. A maioria das pessoas que ficavam no sinal, vendiam pitomba (que é um pouco diferente da brasileira). Reparei em vários negões bonitos. O povo é muito carismático! Brasileiro não é hospitaleiro coisa nenhuma, jamaicano que o é! Todos eram muito simpáticos tirando algumas caixas de lanchonetes que não tinham muita paciência pro nosso inglês pobre (como se eles não tivessem um sotaque carregadíssimo...).
Violência: Em Kingston, o sistema público de transporte é muito precário e não atende a todos os bairros. Por isso, a população usa meios alternativos como as vans e táxis compartilhados. Todos super lotados, é claro. Quando nesses táxis, o último passageiro era mulher, os motoristas se aproveitavam e as estupravam. Sim, estupros são bem mais comuns lá. Mamãe viu vários casos no jornal assim que ela se mudou pra lá, pense na preocupação dela... Não é recomendável aos turistas que andem na rua ou peguem táxi. Mamãe não se sente bem nem saindo sozinha de carro à noite.
Uma última consideração: A Jamaica foi colonizada pelos ingleses e os espanhóis, mas atualmente eles importam tudo dos Estados Unidos. Os supermercados são abarrotados de produtos americanos. Vemos franquias americanas em cada esquina. É um pedacinho da terra do Obama no Caribe.

9.8.09

Como perder dois voos num final de semana

Ih, sumi de novo, né? Digamos que a volta para o Brasil foi corrida e eu ainda tô meio sem muito tempo livre, primeira semana de aula é de adaptação, aquelas coisas.
- Dia 31, completei 18 anos. Não vou tirar a carteira de motorista tão cedo, mas pelo menos posso fazer viagens internacionais sem autorização dos pais.
- No dia seguinte, era a minha viagem de volta. Só teria duas horas nos EUA para passar pelo controle de passaporte, pegar minha mala, despachar a mala e embarcar. Claro que o avião atrasou mais de quarenta minutos para sair de Kingston cheguei em Miami uma hora antes do outro voo. Passei mais ou menos quarenta minutos na fila da imigração e gastei uns outros vinte procurando minha mala (mil e um voos chegando ao mesmo tempo). Perdi o voo. Para piorar, o trecho até Miami tinha sido pela American Airlines e o depois era pela TAM. Fui até o guichê da companhia brasileira e eles disseram que não podiam me ajudar, pois o voo para o Rio estava lotado. Que a responsabilidade era da AA. Fui para o outro lado do aeroporto, enfrentei fila e finalmente uma atendente que era obrigada a me ajudar. Foi uma luta até que ela arranjasse uma vaguinha pra mim, todos os voos para o Brasil lotados! O único era na noite de domingo. Tiveram que me dar hospedagem, vale-refeições, etc.
- Um dia em Miami. No hotel dentro do aeroporto. Foi uma aventura. Comi Burger King e tomei Starbucks pela primeira vez e ainda tive coragem de sair, fui ao Dolphin Mall.
- Fiquei tão abobada que esqueci que precisava fazer check-in com uma hora de antecedência, confundi o horário de decolagem e, sim, perdi outro voo. A sorte foi que conseguiram um voo naquela mesma noite, mas que iria para Buenos Aires antes de São Paulo e Floripa. Foi uma viagem bem mais cansativa, mas ao menos chegaria em casa poucas horas depois do previsto.
- Cheguei aqui em Floripa dia 3 de agosto. Perdi a festa de fim de férias, perdi todo o primeiro dia de aula.
- Ao menos aprendi minha lição: nem pensar em voos com poucas horas entre eles; fazer check-in com três horas de antecedência.
p.s.: Acho que estou gostando das disciplinas desse semestre, mas não tem calouro nenhum do nordeste, dá pra acreditar? Nem dá vontade de ser madrinha (para dar as xerox) de nenhum desse jeito...