28.2.10

Mrs. Robinson, you are trying to seduce me! Aren't you?

Último dia de férias, último dia de fevereiro. Hoje é dia da tradicional festa no CA (Centro Acadêmico) organizada pelos calouros. Pelos meus calouros. Já falei que sou veterana agora? Não que eu possa sujar alguém, pois fui uma caloura fujona no passado. E sei que só consigo pensar em The Graduate. No ano passado, assisti a esse filme pela primeira vez e consegui escrever um post bem sóbrio. Agora não dá. TUDO é perfeito naquele filme. Os enquadramentos aleatórios, as transições de cena não são mais estranhas, a trilha sonora ficou mais que perfeita e amo todas as atuações. Até os gritos ridículos na cena que o Benjamin interrompe o casamento da Elaine são perfeitos, porque têm aquele humor de filme antigo. É lindo. Assisti ao filme ontem, sorrindo, e já estou com vontade de rever de novo.

Na verdade, eu queria mesmo o livro que deu origem ao longa. E queria também "Home school", a continuação da história, mas que só fui publicado em 2007 por causa de brigas envolvendo direitos autorais. Essas vão ser minhas primeiras compras na Amazon, mas eu tenho que esperar até o meu aniversário porque comprei três livros na volta de viagem no aeroporto de Miami ("Travesuras de la niña mala", "Mi pais inventado" e "The notebook") e ainda tenho que ler uns livros essenciais da biblioteca universitária.

Aproveito pra compartilhar o link com fotos e comentários sobre o making of do filme de 1967 e para perguntar: só eu não sabia que o diretor (Mike Nichols) é o mesmo de "Closer"?

26.2.10

Essa falta de empreendorismo...

Padaria boa é padaria completa. Pra quem não sabe, eu me mudei daquele pensionato em dezembro um pouquinho antes de viajar. Ou seja, nem deu tempo de esvaziar as caixas. Só essa semana fui conhecer a padaria que tem aqui na rua e foi uma decepção completa. Pensem num lugar vazio. Não sei se eu estava acostumada com outra padaria um pouco mais longe que é abarrotada de guloseimas, coisas úteis e com várias estantes. A perto daqui foi a mais pobre que eu já vi na minha vida. Nem bisnaguinha industrializada tinha. Pra mim padaria tem que ter bolos e salgados (não só aqueles com cara de rodoviária), pãezinhos de todos os tipos,  doces, chocolates, salgadinhos, arroz, feijão, comida pro papagaio... tudo. Saí de lá com três pães massa grossa e prometi a mim mesma que nunca mais voltaria ali.

Mas é claro que hoje resolvi voltar. Queria comprar uma batata palha. Moro entre o shopping e essa padaria. Fui até lá e é claro que eles vendem batata palha, mas estava em falta. Tive que voltar tudo e ir ao mercado do shopping de qualquer maneira. Se fosse existir uma próxima ida a essa padaria, ia perguntar se eles estão só esperando o estoque acabar pra fecharem o estabelecimento. Entenda estoque por 3 kg de arroz, alguns sacos de milho pra pipoca e uns fandangos. Mas, sabe, eu realmente não consigo aceitar que alguém abra um negócio pra não ganhar dinheiro de verdade. Nem me espanta que eles não tivessem troco pra 50 reais ao meio-dia naquela primeira vez que fui.

24.2.10

Segredinho antigo





Não que eu seja louca, ande com meu cabelo despenteado grande parte do tempo e use maquiagem muito forte e/ou borrada.
Também não fumo, não bebo até ficar bem podre, não me drogo e muito menos vendo drogas em baladas.
Mas, ainda assim, eu sou muito Effy Stonem e foi isso que me fez gostar ao menos um pouco da terceira temporada de Skins.

22.2.10

Nublado com chance de uma chuva leve de almôndegas

Assisti ao filme "Tá chovendo hamburguer" no avião (foi minha primeira viagem num boeing) e adorei. Afinal, impossível não gostar de...

... uma animação...
... com um humor besta...
... bastante comida...
... uma jornalista...
... a Torre Eiffel, Times Square e outros pontos turísticos do mundo...
... com um bicho de estimação bem fofinho... 
... e aquela relação dramática entre pai e filho?

18.2.10

See ya, Jamaica

Hoje é meu último dia em terras jamaicanas e eu fico me perguntando se ainda volto aqui um dia. Porque minha mãe se muda de volta pro Brasil em junho. E se eu for rica um dia, não vou querer voltar pra única ilha caribenha que eu já conheço, né? Tanto lugar pra visitar ainda...

E, sabe, essa ilha tem todas as praias lindas, o mar perfeito, uma cultura interessante, mas o que mais vai fazer falta é a comida. Tudo bem que os jamaicanos adoram uma pimenta e eu realmente não vou sentir saudades daquelas refeições que eles dizem ser "só um pouquinho apimentadas" e me fazem beber água a cada garfada. Lembro daquela cena da terceira temporada de Skins quando o africano come naturalmente aquele bando de pimenta vermelha numa aposta. Enfim, o que vai me fazer falta são os importados americanos no mercado (porque a Jamaica não produz quase nada, além de chips de banana). Os muffins e cupcakes de chocolate... As porções gordas na refeição (quando não era apimentada). O Burger King. O KFC. Wendy's. E o Fruit Punch jamaicano. Que existe em versão suco natural, suco artificial e refrigerante. Fruit Punch é o guaraná cor-de-rosa da Jamaica e eu adoro. Já contrabandeei uma garrafinha para minha mala.
Nem estou dando bola pros almoços que minha irmã e meu padrasto cozinharam (eu lavava a louça), mas pode apostar que sou sentir falta disso também quando voltar a almoçar no Restaurante Universitário.

16.2.10

Valentine's deception

Nem lembro há quanto tempo estava ansiosa pra assistir Valentine's Day (Idas e Vindas do Amor). Estreou aqui na Jamaica no dia 14, obviamente, e fomos assistir hoje. A promoção da segunda é que a cada ingresso que você compra, ganha outro de graça. Isso realmente devia existir no Brasil.

Mas, sabe, Julia Roberts. Jessica Alba. Bradley Cooper. Eric Dane. Ashton Kutcher. Topher Grace. Jennifer Garner. E Anne Hathaway. Não tinha motivo suficiente pra achar que o filme seria ótimo? Sem contar que eu senti uma vibe de Closer quando assisti ao trailer. Só eu fiz essa conexão? Porque, bem, um não tem nada a ver com o outro. Valentine's Day é um filme bestinha, com um roteiro mais ou menos e histórias fracas. Claro que o longa conta com ótimas cenas. Sorri, senti pena, fiquei boba com romance alheio (e falso). Mas nenhum personagem me marcou, nenhuma história me marcou, nenhum final foi tão bom assim. Ok, dois personagens tiveram um final totalmente inesperado que eu não vou contar aqui, maaas foi tão chocante que todas as jamaicanas (e alguns jamaicanos também) ficaram tão eufóricos, gritaram tanto que eu perdi boa parte da cena seguinte. Só não conto aqui porque sei que sou a única pessoa do mundo que realmente não se importa com spoilers. Ah! O filme tem um narrador aleatório que só aparece no início e no fim. Um narrador com uma voz chata. E pra mim esse longa não combina com narrador onipresente. Quer ver um narrador que deu certo? Assista 500 dias com ela.

Idas e Vindas do Amor é um filme fraco. E o superestimei também. Tudo bem, essas decepções cinematográficas não são tão incomuns. Só saí surtada do cinema porque o maldito microfone dos atores (aquele que fica pendurado) aparece três vezes. Em três cenas. Na casa dos avós. No aeroporto. E na cena final. Que estagiário ficou encarregado de editar o filme às pressas pra ele sair a tempo do dia 14 de fevereiro? Realmente não dá pra entender. A única teoria que faz nexo na minha cabeça é que venderam uma versão de custo mais baixo pros cinemas jamaicanos e a edição ainda não tava perfeita. Só pode ser isso. Não vejo a hora do filme estrear no Brasil para vocês me dizerem se os microfones aparecem.

+ Quer saber como foi minha primeira experiência no cinema jamaicano? Veja aqui!

p.s.: O que o diretor do filme tem contra a Taylor Swift? Porque o papel dela é sinônimo de "Como pegar raivinha de Taylor Swift em 1 passo".
p.p.s.: As propagandas, o hino e os trailers passaram tão rápido dessa vez. Lembrava de serem bem mais demorados.

13.2.10

Mulheres, mulheres

E aí que minha mãe teve algumas discussões com meu padrasto por N motivos. Meio brigados, meio acertados... fizemos programa de família o dia inteiro. Numa livraria do shopping, meu padrasto tava comprando uma caneta pra mamãe e a gente esperando do lado de fora. "Não comprei nada pra ele de Valentine's Day. Vamos lá comprar uma camiseta!". Subimos as escadas, reviramos a loja inteira, mamãe estava mais indecisa do que nunca. Toda hora escolhia uma peça diferente e desistia. No fim, ela desistiu da última camiseta e disse "Ele não merece presente nenhum, brigou comigo".

E, sabe, se nem eu consigo entender essa mulher, minha própria mãe... Fico imaginando como os caras conseguem ao menos fingir que entendem suas namoradas, irmãs e afins.

12.2.10

Broadway versus Hollywood

Primeiro: eu nunca imaginaria que a Broadway cortava a Times Square. Lembro que eu e minha irmã chegamos em NY totalmente perdidas e no primeiro dia nem acreditávamos que estávamos ali. Fomos para o museu de cera e oi, estávamos na Times Square. Oi, estávamos na Broadway. Assisti a três musicais e acho que o melhor jeito de comentar sobre eles é comparando com os respectivos filmes.

The Phantom of The Opera
Foi o primeiro que assistimos, porque eu sou muito viciada no Fantasma há anos! Nem me lembro quando foi que li Gastou Leroux. No dia, eu tava com medo de não aproveitar o espetáculo porque foi quando eu visitei o Museu de História Natural e tava super cansada, desanimada. Mas até parece. Sentamos nuns lugares bem ruins na primeira parte, mas ainda assim deu pra aproveitar bastante. Principalmente porque eu sabia toda a história e a maioria das músicas. Depois do intervalos, mudamos pra um lugar bem melhor porque a casa tava vazia, vazia. Dava até pra ver perfeitamente a expressão facial da Christine Daaé, imagina que sonho! Todos os protagonistas da série são ótimos atores e têm uma baita voz que combina com seu respectivo papel. Aquela atriz da Broadway sempre vai ser a Christine perfeita pra mim. Sem contar que tanto o Fantasma quanto o Raoul (mocinho) são bonitões. Mas o melhor ponto de The Phantom of The Opera é realmente o cenário. É incrível como eles conseguem trazer os bastidores da Ópera e o esconderijo subterrâneo do Fantasma pra um palco. Destaque para a hora que Christine vai pela primeira vez para o subterrâneo com as escadas se mexendo e mais de uma atriz vestida como a mocinha pra dar mais agilidade ao musical. É perfeito, um espetáculo. Só minha irmã viu como meus olhos ficaram cheios de lágrimas e como eu apertava minhas mãos uma contra a outra e as duas contra o meu rosto só de emoção de estar presenciando tudo aquilo.

Love me, that's all I ask of you... !
Com um Raoul desses, dá até vondade de torcer pelo mocinho. Para ouvir Jennifer Hope Wills e Ryan Silverman (os da foto, os do musical) cantando essa música clique aqui. É triste descobrir que ela usa peruca na hora de interpretar a Christine...
O filme pode ser resumido em uma palavra: fraco. E sabe o por quê? Os atores não prestam. A Christine parece uma mosca morta e a atuação dela é digna de Malhação. Sem contar que ela dubla muito mal e aquela voz não pode ser dela. O Raoul tem cara de adolescente e nenhuma característica de galã-salvador-da-história. Muito menos tem a voz certa, que é tão importante num musical, dãr. E o Fantasma é completamente forçado, não tem um pingo de sensualidade e também não tem uma voz bacana. Se os atores que fazem os três papéis principais péssimos, como um filme pode ser bom? Essa é a questão: não pode. As músicas são ótimas, o cenário é interessante, a fotografia... normal. Além disso, a história ainda vem mastigadinha demais. Podia ter um pouco mais de mistério.

John Cudia (ou Fantasma), eu deixo você ser meu anjo da música! Por favor, arranje uma passagem secreta pro meu quarto através do espelho e me ensine a cantar ópera. Eu me caso com você, eu juro!

Chicago
Sabe, eu não queria assistir Chicago. Minha segunda opção era Mamma Mia!, mas por insistência da minha irmã compramos os tickets promocionais de Chicago e fomos. Apesar de termos sido avisadas que a Ashlee Simpson estava interpretando a Roxie. Foi uma decepção. Total. Primeiro que o cenário era fixo e consistia na orquestra em cima do palco, dando uma vaga ideia de casa de shows. Tudo bem que a gente veio do espetáculo que foi o jogo de cenário em O Fantasma da Ópera, mas podia ter coisa bem melhor ali em Chicago, né? Grades subindo do chão quando Roxie e Velma estivessem na prisão, qualquer coisa do tipo. A atriz que interpretava a Velma era perfeita. Negona linda do porte de Cláudia Raia (que eu nem acho bonito, mas no palco fica ótimo). Ela dava show de interpretação e dança. Já a Simpson, meudeus! Era uma magrela desengonçada e com uma atuação horrível. Sem contar que o papel da Roxie é muito puxado pra comédia no musical e, bem, não gostei. Tanto eu quanto minha irmã chegamos a cochilar rapidinho na primeira parte, porque as músicas são muuito parecidas e o musical fica meio monótono. Destaque apenas pras músicas da Mama e do Amos, marido da Roxie (Mr. Celophane, Mr. Celophane, should be my name...).

Divas! Na dança final, até a Renée arrasou.
O filme é infinitamente melhor! De início, estranhei Catherine Zeta-Jones e Renée Zellweger como Velma e Roxie, respectivamente. Mas Catherine me surpreendeu e deu conta do recado. E consegui me acostumar com a Renée no filme, mas ainda acho que outra atriz ficaria melhor. Só que no conjunto, o filme fica bem melhor que o musical. Só assistindo ele que eu fui entender a história de verdade. A Mama (Queen Latifah) sexy e carcereira ficou ótima. Richard Gere também é uma baita presença. Só me decepcionei com o Amos. Porque, no musical, o ator é um gordinho careca MUITO fofo e engraçado. Dá até saudade. Também adorei as músicas serem anunciadas pelo cara do piano. No musical, é a maestra da orquestra que faz isso. Ah, a negona que faz a Velma no musical é uma das assassinas secundárias do filme. Ela é aquela que matou o marido a facadas (e ele correu pra minha faca.. sete vezes!). No final, Catherine e Renée fazem uma dancinha em dupla bem mais bonita que a do musical. Porque a Ashlee Simpson do lado da Negona Linda é uma comédia de tão apagada e elas nem pegam em armas!

Roxie (Ashlee Simpson) e Velma (Deidre Goodwin). Acabei de descobrir que nenhuma das duas estão mais atuando nesse musical da Broadway. 

Mamma Mia!
Insisti pra que assistíssemos esse musical porque a escolha da minha irmã tinha sido péssima. Como conseguimos comprar ingressos de estudante, fomos! Afinal, era o último dia de viagem e estávamos bem pobrinhas. Só no último dia descobrimos que podíamos pedir o desconto de estudante na bilheteria no teatro  que eles nem pedem nenhum documento. E mesmo que a gente tivesse pago o preço inteiro, teria valido à pena. De início, não fui com a cara da atriz que interpreta a Sophie, mas ela foi me conquistando aos poucos. Tem uma voz ótima, é linda e meio histérica, mas combinou com a personagem. O musical aproveita muito bem a comédia da história. Tanto as amigas da Sophia como as amigas da Donna dão um show! Atuam super bem e nos fazem rir bastante. O cenário é simples, mas ele roda de um jeito que se transforma em várias coisas: terraço da casa/hotel, quarto da Donna, quarto de hóspede, praia... Destaque para a cena que a Sophie e o noivo estão na praia e os amigos dele chegam com roupa de mergulho, cortando o clima. Começam a dançar e é muito, muito divertido. Sem contar que o noivo da Sophie fica só de sunga pra depois colocar a roupa de mergulho e... Ai ai. Também é legal que quando o musical acaba, os atores ainda fazem um baita show. Cantam umas três musicas (ou mais), se despedem do público cantando e dançam pra caramba. Legal que até o ator que faz o padre dança (não só nessa hora, mas em todas as músicas do espetáculo).
Olha que cenário maravilhoso no musical! 
Ô uma lua dessas aqui na vida real...
O filme não é melhor e nem pior que o musical. Os dois são perfeitos, cada um na sua arte. Adoro a atuação da Meryl Streep e também a interação que ela tem com a atriz que faz a Sophie do filme. Já ouvi falar que preferem a atuação da atriz do musical como Donna, mas até hoje eu não consegui decidir se gostei dela ou não. Porque ela é muito estranha em algumas horas e em outras é a Donna pura. O grande destaque do filme é que ele tem uma fotografia que me agrada bastante. Os três pais são perfeitos tanto na Broadway quanto no filme. O bom do musical é que, como ele puxa mais pra comédia, o que virou gay quebra mais a munheca e o aventureiro tem um romance bem mais engraçado com a amiga gordinha da Donna. Só duas coisas me incomodam no filme. 1) A atriz que faz a amiga da Donna que se casou mil vezes, mas me acostumei melhor com ela quando reassisti ao filme ontem. 2) A Sophie de maiô. Como alguém consegue ficar tão bonita numa peça dessas? Sério...
Essa cena é ótima! Mas consegue ficar ainda mais engraçada no musical, quando a gente consegue olhar de perto todos esses marmanjos (bonitões) dançando uma coreografia bem mico!

Resultado
No fim das contas, dá empate. Porque o musical de O Fantasma da Ópera ganha, mas o filme de Chicago é melhor que o musical. E é impossível escolher entre Mamma Mia! nas telonas (telinha, no caso do meu notebook) ou nos palcos. 

11.2.10

(Para)nóias e a balança

Sempre fui muito magra. Sabe, raquítica mesmo. E quando eu era guria nem ligava pra isso, mas era bem zoada na escola por ser magrela. O tempo passou e, claro, continuei assim. Nunca fiz uma atividade física por tempo suficiente e passei muito tempo sem comer direito. Mas até quando eu passei a fazer todas as refeições no horário e comer melhor, engordei tão pouquinho que não fez diferença alguma. Só quando eu me mudei pra Floripa que surgiram algumas gordurinhas na barriga e nas costas (por que não nas pernas e nos braços, né?). E agora que eu passei uma semana na dieta de fast-food típica dos Estados Unidos que as pessoas foram realmente perceber que eu ganhei um quilinhos a mais. Já disseram que meu rosto tá mais redondinho (e que ficou melhor assim, sei...) e minhas gordurinhas estão claramente maiores. Mas, sabe, nem me importo. Porque tendo gordurinha em algum lugar, eu me sinto bem menos magra. Posso até arriscar que meus braços tão um pouco mais fofinhos. E, sinceramente? Estou bem mais feliz em frente ao espelho agora. Quem sabe esteja bem mais próxima da classificação "normal" do que da "magra" hoje em dia.

9.2.10

Post de fã

Já deve fazer um ano que a Meg Cabot lançou o último livro da série O Diário da Princesa e, bem, só fui ler Princesa para sempre esse mês. Até lembro do dia - há muito tempo - quando eu morava em São Luís e mamãe chegou de uma viagem trazendo o primeiro livro de presente pra mim. Como eu gostei da história, ela foi me dando os volumes já lançados até que eu li todos e tive que esperar o lançamento do resto a partir de A Princesa de Rosa-shocking. Eu já sabia que o último livro já estava à venda desde o primeiro semestre do ano passado, mas não é que eu estivesse com pressa pra ler. Talvez não tenha comprado pra não acabar com a série logo. Afinal, foram 10 livros que me acompanharam durante pelo menos seis anos.

E, sabe, eu sou muito fã de Meg Cabot. Porque é leitura adolescente, é leitura pra menina, mas tem muita referência boa na história. Foi a partir dessa coleção que eu me interessei por O Morro dos Ventos Uivantes e até O Fantasma da Ópera (se eu não estou enganada). Sem contar que depois de ler um dos livros, quando eles ainda não eram tão famosos e ainda não existiam tantos blogs assim, googleei e encontrei o blog de uma menina do interior do Rio falando sobre a série. Nos conhecemos e ficamos amigas. Ela tinha 14 anos, agora tem 20! E, sabe, essa amiga que me motivou a continuar tendo blog... Hoje ela não tem mais, mas teve durante muito tempo. E ela vivia fazendo "templates" exclusivos pra mim, isso quando eu ainda tava no blogger. Enfim, assim como a Mia defende no último diário que romances são necessários, eu também defendo. Porque romance é um tipo de leitura que é impossível não ser prazeroso. Nossa mente precisa desse descanso.

Ilustração da Irena Freitas, porque eu percebi que a Mia não tem imagem nenhuma na minha cabeça! Às vezes ela aparece meio Anne Hathaway, às vezes nem isso. Não tenho esse hábito de imaginar personagens, mas isso é assunto pra outro dia.

Além de marcar o fim dos "diários divulgados" da Mia, Forever Princess também foi o primeiro livro que eu li em inglês. Sim, eu tenho 18 anos, sou formada em inglês pelo Wizard, mas nunca tinha lido um livro nessa língua. Não é de se estranhar que eu ainda não seja fluente, né? Bem, eu tava querendo comprar o livro, em português mesmo, em dezembro quando estava de férias em São Luís. Mas um livro de 25 reais não compensaria um frete lá pro Maranhão, né? Lembrei daquele dia em julho que fiquei em Miami e fui ao shopping. Lembrei da livraria e de ter visto o livro em inglês lá. E de ter lido as últimas páginas pra descobrir com quem a Mia ficava no final, mas isso não vem ao caso. Deixei pra comprar lá e assim o fiz. No primeiro dia em Miami, aquele que eu dei uma de Becky Bloom no Dolphin Mall, comprei o livro no mesmo lugar onde comprei meu moleskine querido.

Comecei a ler Forever Princess no voo de Miami pra NY e, no começo, tava meio travada. A linguagem é fácil, então eu entendia 95% das palavras só que lia meio empacando. Achei a "voz" da Mia meio estranha em outra língua. Por quase todo o voo, achei que a voz Mia traduzida pela Ana Ban nunca seria a mesma que a Meg Cabot deu a ela. Mas sim, eu consegui encontrar a Mia abrasileirada na versão original. Continuei a leitura só aqui na Jamaica e terminei de ler no mesmo dia. E, sinceramente, esse foi o melhor livro da série pra mim. Não sei se porque em inglês a personagem principal parece mais autêntica. Ou se depois de conhecer Manhattan eu já tinha ido a alguns lugares que aparecem na história. A série O Diário da Princesa foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida leitora e eu espero nunca ter vergonha de falar isso.

p.s.: Eu só preciso reclamar uma coisinha da tradutora e editora do livro, seja lá quem tomou essa decisão. No início da série, o J.P. aparece como "o cara que odiava milho no chili" e depois eles resolvem traduzir para " o cara que odiava milho no feijão" só porque ele ganha um destaque maior na história? Era melhor ter deixado "chili" mesmo!
p.p.s.: Não consegui ser sucinta na hora de falar sobre Meg Cabot. Mas em 6 anos não escrevi nenhum outro post sobre ela e seus livros. Tinha que escrever tanto, né?

8.2.10

Cinema na Jamaica: a experiência

O legal de fazer esses programas pequenos em vários lugares é conhecer as diferenças de cada país. Queria ter ido ao cinema nos Estados Unidos, mas sempre estávamos muito cansada pra assistir alguma coisa. E conhecendo nosso histórico de dormir em filmes, era melhor não arriscar. Agora estamos só descansando aqui em Kingston (capital da Jamaica) e fomos ao cinema daqui com mamãe e o padrasto.

O cinema fica num shopping minúsculo que fica aqui pertinho de casa e tem só duas salas de exibição. Pior é que eu acho que só existe esse cinema na cidade inteira. Duas salas para mais de 600 mil habitantes (é claro que fui ao google, nem imaginava que a cidade era mais populosa que Floripa): essa é a Jamaica. Enfim. Era uma quarta-feira e resolvemos assistir It's complicated (Simplesmente Complicado) com a Meryl Streep. Compramos os ingressos (600 dólares jamaicanos cada um, o equivalente a 12 reais), compramos pipoca fria e fomos procurar um lugar. A sala não era tão pequena quanto eu imaginava. Mamãe falou que a outra era bem menor. Tudo tinha um clima muito nostálgico com aquelas poltronas vermelhas antigas que fecham quando a gente levanta. Tinha suporte para o refrigerante, pelo menos. Mas sabe o melhor? Uma cortina cobria a tela!

Começaram as propagandas. Uns quinze minutos. Comemos boa parte da pipoca e começaram os vídeos sobre o país. Aquelas famílias felizes fazendo alguma refeição num parque feliz. Negros, brancos e amarelos, todos vivendo felizes e sem pobreza por perto. O beija-flor símbolo do país, os poucos prédios da capital, belezas naturais, tudo de bonito da Jamaica ao som do hino nacional. Sim, o hino. Quando todas as pessoas levantam de suas cadeiras, a maioria coloca a mão sob o peito e ficam murmurando a letra. Levantamos por educação, claro, mas é tudo muito surreal. O hino acaba, todos sentam e começam os trailers. 20 minutos de trailers. Minha irmã já tinha perdido a vontade de assistir ao filme quando ele finalmente começou.

Nos tocamos, então, que o filme não tem legenda e que iríamos nos virar com nosso inglês. O filme é bom, os atores não têm aquele sotaque péssimo dos jamaicamos, estávamos entendendo, nos envolvendo com a história, quando... Pause. Uma tela nos avisa que chegou a hora do "Intermission" e que a lanchonete está aberta. Fecham-se as cortinas. Rimos. Compramos uns chocolates, mas só depois de muito tempo o filme volta. Uma referência a The Graduate e a história me ganha. É muito engraçado, envolvente, os atores são perfeitos e foi um dos melhores filmes que vi esse ano. Lembrando que era uma comédia e não entendemos todas as piadinhas que apareceram no filme. Mas o pior era ouvir os jamaicanos rindo. Rindo alto e muito. Nunca vi povo tão efusivo, sério. E quando as cortinas se fecharam pela última vez, o pessoal aplaudiu. Bem, eles aplaudem o pouso do avião também. Vai entender.

Acho que valeu a experiência. E a sala não tem a melhor estrutura do mundo, mas talvez eu prefira essa relação intimista com a tela do que toda aquela modernidade do Cinesystem de Floripa (que foi o melhor cinema que eu já fui na vida, enfim). Hoje volto lá pra assistir Invictus, alguém já viu?

6.2.10

Ohh, New York!

ormi o voo inteiro de Miami pra NY (quase três horas de viagem), pegamos nossas malas e assim que saímos do aeroporto, congelamos com o frio. Saía muita fumacinha da nossa boca e nós, nordestinas, ficamos todas felizes. Chegamos no hotel, fizemos o check-in e nos agasalhamos bastante pra poder sair à rua.

1º dia: Almoçamos no Burger King e fomos de ônibus até o museu Cooper-Hewitt de design, que fica pertinho do Central Park. Tava tendo uma exposição bacana com ganhadores dos prêmios dados pela fundação na última década. Quase não consegui tirar minha irmã da lojinha do museu, que vendia vááários livros de design. De lá fomos para o museu de cera Madame Tussauds, na Times Square. Foi bem divertido tirar foto com todas aquelas celebridades, apesar de que certos espaços do museu tem uma iluminação muito estranha e era uó ficar ajeitando a configuração da câmera pra tirar uma foto decente. Lá também assisti ao meu primeiro filme 4D (um curta do Bob Esponja) e super me assustei quando sentia uns cutucões na costa da poltrona. Tiramos algumas fotos pela Times, arranjamos um lugar pra comer e voltamos pro hotel - mortas. Esse dia era um domingo e fiquei impressionada com esses museus abertos e com a quantidade de ônibus que passava na rua. Igualzinho Floripa e São Luís (não mesmo!).

Ohh, Johnny Cash! "When the lights have lost their glow, you're gonna cry, cry, cry... you're gonna cry, cry cry..."

2º dia: Íamos começar um tour que durava dois dias e meio que dava direito pra gente andar nos ônibus da empresa. Esses ônibus fazem passeios turísticos e têm determinadas paradas, onde a gente pode descer e pegar o próximo ônibus. Maas vimos a previsão de chuva e resolvemos passar o dia em museu. Nosso plano era ir pro Museu de História Natural e no Museu de Arte Moderna, mas passamos tanto tempo no primeiro que simplesmente tiramos o segundo da nossa programação. Bom, tem tanta coisa nesse Museu de História Natural que nem querendo você consegue olhar - com calma - tudo que tem lá. Posso dizer que andei por (quase) todas as salas de exibição, mas não olhei praticamente nada com calma. E esse dia foi o "pior" pra mim porque eu já saí de casa cansada. Turismo cansa muuuito e eu já tava há quatro dias nisso, sem dormir muito bem. Eu tive que cochilar no meio do museu (sim, paguei esse mico) pra despertar, porque eu cheguei a cochilar andando (sim, isso é possível). Ah, só andamos de metrô nesse dia. Tão prático! E foi nossa primeira vez. Enfim, de lá seguimos pra Broadway/Times Square (tudo tão grudadinho!) e fomos assistir ao musical The Phantom of The Opera. Vocês não têm ideia de como eu estava feliz assistindo ao espetáculo. Foi uma felicidade maior do que quando passei na UFSC, sério. Mas deixo pra comentar melhor sobre o musical quando fizer meu post só sobre minha Broadway experience.

The phaaaaaaaanton of the opera is here... inside my mind!

3º dia: Nesse dia, apareceu o sol em NY e o frio só fez aumentar, teenso! Começamos aquele tour que durava 48 horas, não planejamos direito quanto tempo íamos passar em cada parada e acabamos perdendo tempo em lugares menos relevantes. Começamos no tour em Downtown e não tivemos tempo de fazer o do Brooklyn porque o último ônibus desse saía às 14:30. Ainda assim, foi um dia muito bom. Passamos pelo Empire State Building (não subimos nesse dia), Flatiron Building, Wall Street (e o touro que não fica bem na Wall Street), Rockfeller Center, sede da ONU, Chinatown, SoHo, Brooklyn Bridge, Battery Park (de onde saem os passeios pra Estátua da Liberdade), a vizinhança do Heath Ledger... Passamos bastante tempo no Ground Zero, onde ficavam as Torres Gêmeas. Fomos no memorial (provisório) das vítimas, é beem emocionante. E vimos as construções no memorial definitivo, é claro. Minha irmã patinou no gelo na pista do Rockfeller Center, mas eu preferi não pagar 20 dólares, já que eu tenho muitos traumas com pistas de patinação e não sei patinar meesmo, só iria me estressar. De lá, fomos pra Broadway assistir Chicago.

Morrendo de fome no Rockfeller Center, antes de jantar na Wendy's e de congelar durante uma hora enquanto minha irmã patinava no gelo

4º dia: Foi o último dia do tour e de novo não fomos muito espertas na hora de organizar nosso tempo e acabamos perdendo de fazer o tour por Uptown. Acho que eu e minha irmã ainda somos muito burrinhas nessa coisa de planejar itinerário de viagem, mas ok. Começamos o dia fazendo o passeio até a Estátua da Liberdade, que demora demaaais. Quase perdemos o tour do Brooklyn (de novo!) e tivemos que pegar o último ônibus (ou seja, não podíamos fazer nenhuma parada, porque ficaríamos sem ter como voltar pra Manhattan). A volta pelo Brooklyn acabou demorando demais porque o guia tava empolgado e foi isso que nos fez perder o tour de Uptown, mas tudo bem. Ficamos passeando ali perto da Brooklyn Bridge e achamos uma loja com uma promoção, que meudeus! Comprei ótimas blusas de frio por 5 dólares. E andamos até perto do Ground Zero (de novo) pra ver se achávamos uma lojinha onde mamãe viu uma caneca linda e não comprou. Mas quem disse que achamos? Aí fomos pra Times Square (pra variar...) pegar o ônibus do tour noturno pra vermos NY iluminada. Foi lindo e interessante, uma pena que não rendeu  boas fotos!

Na Estátua da Liberdade (linda!) e na Brooklyn Bridge. Finalmente minha irmã pareceu em alguma foto, né?

5º dia: Era nosso último dia inteiro em New York e fomos presentadas com NEVE. Ficamos muuito felizes! Íamos subir no Empire State, mas eu não conseguia enxergar nem o bloco seguinte, imagina quanta neblina não devia ter lá em cima... Fomos andando pela Quinta Avenida até o Central Park. Entramos em algumas lojas pra fazer as últimas compras, tirei foto na Tiffany's. A neve parou de cair antes de chegarmos ao Central Park, mas tudo lá tava coberto com gelo, muuito amor! Tentamos andar por lá, mas só nos perdemos. Queríamos chegar no Upper East Side, ver o MET, mas não conseguíamos sair do lado West (sério). Cansamos de nos perder em meio a tantas árvores secas do inverno e ligamos pra minha vovóterana da UFSC que está fazendo intercâmbio na NYU. Ela nos mostrou alguns prédios (já que a universidade não tem um campus fixo), mas só entramos no do Jornalismo, que é PERFEITO. Ainda babo só de lembrar da estrutura do lugar. De lá, lanchamos e fomos adivinha pra onde? Broadway assistir Mamma Mia!

NEVE NEVE NEVE NEVE NEVE NEVE!!!

6º dia: Viajaríamos às 14 hrs, mas acordamos cedo pra subir no Empire State Building. A vista é perfeeeeeeita. E o dia tava muito bom, sem nenhuma nuvem no céu. Lá em cima é realmente muuito frio e tinha um lado do observatório que tava interditado de tanto vento! De lá, fomos na Macy's (a loja), porque mamãe queria porque queria que entrássemos lá. Compramos luvas na promoção. E fomos pra uma lojinha de lembranças porque eu ainda não tinha comprado minha blusa de "I (L) NY". Detalhe que eu perdi de comprar 5 canecas por 11 dólares. Comprei só duas e acabei ficando sem a minha ao chegar aqui na Jamaica e precisar dar algum presente pro meu padrasto (fail). Aí é claro que depois disso já estávamos atrasadas e corremos pra fechar nossas malas e seguir pro aeroporto. E foi quando precisamos dar tchau a New York. Triste, mas era o jeito.

Morrendo de frio no Empire. Mal consegui ficar mais de 10 minutos ali fora!

Conclusões: Quando eu vou voltar a NY??? Preciso fazer intercâmbio pra lá! NYU, me espere! hahahaha. Amei a neve, mas não amei ter meu pé congelado durante vários dias (mesmo com botas que teoricamente esquentavam). Sabe, não tem nem como descrever... Nova York foi a melhor cidade que eu já visitei na vida (é claro) e eu preciso voltar lá. Mesmo.

p.s.: Mais fotos da viagem só no orkut, já que eu tive preguiça de colocar no flickr. Então podem me adicionar lá. Procurem por Luisa Pinheiro, talvez me achem!

4.2.10

Miami Bitch, o relato

Depois de todos esses dias de pura procrastinação, acho que tá na hora de contar como foi minha viagem aos Estados Unidos. Bem, tudo começou em São Luís mesmo, chegando no aeroporto com horas de antecedência e o atendente dizendo inicialmente que minha passagem estava marcada pra Lisboa. Portugal? Que? Deu tudo certo com o check-in em São Luís. Deu tudo certo no check-in do Rio (apesar do calor terrível, não ligaram o ar-condicionado da sala de embarque dos voos internacionais). Só sei que cheguei em Miami umas 5 horas da manhã, ficamos na fila mais lenta da imigração, pegamos nossas malas e o carro oferecido pelo hotel nos levou embora do aeroporto.


1º dia: O hotel era muito bom considerando o preço que pagamos nas diárias. Sem contar que chegamos antes do horário do check-in e, mesmo assim, nos deram um quarto sem cobrar mais por isso. Nos arrumamos com calma e fomos de ônibus para o Dolphin Mall, um outlet. Detalhe que o ônibus tem um ar-condicionado muito potente. Até o shopping fechar, foi um entra-e-sai louco de lojas. Provei mil roupas, comprei nem tantas assim e totalmente esqueci de que tava precisando de um tênis. Eu e minha irmã compramos mais roupas de inverno pra nos preparar para o frio de NY. Tudo em promoções tão lindas, sinto saudade já...

Finalmente comprei meu moleskine, mas até hoje não terminei de escrever as memórias da viagem nele...

2º dia: Pela manhã, fomos ao Miami Art Museum que fica num centro cultural (em Downtown) junto com a Biblioteca Pública e o Museu Histórico da Flórida. O lugar era muito lindo e bem frequentado (só a gente parecia ser turista). Entramos no museu de arte e visitamos uma exposição de arte contemporânea que valorizava a integração entre a arte e o local da exposição, bem legal! Sem contar que tinha a "galeria dos visitantes" para deixar seus desenhos, brincar de fazer uma escultura, coisas assim. De lá, fomos de ônibus para Miami Beach. Almoçamos rapidinho e fomos para um tour que começava passeando pelas ruas de South Beach e depois mergulhava na água para vermos as casas dos famosos (era um carro híbrido). O guia falava rápido demais e eu cheguei a perder informações inteiras, mas passei pela casa onde Hemingway se matou, pelo restaurante "Bed" que aparece no filme Sex in the City, pela rua que aparece em Miami Ink, etc, etc.

Depois desse passeio, fomos andar por Miami Biach. Essa é a única parte de Miami onde dá pra caminhar (seja por questões de segurança, seja por questão de não ter ruas tão largas). Demos uma olhada na praia (vazia, com uma areia estranha e mar gelaaado), caminhamos pela Ocean Drive (rua que acompanha a praia e que não dá pra ver o mar, porque a vegetação litorânea atrapalha). Na verdade, estávamos procurando uma vista para o estacionamento de cruzeiros que minha irmã descobriu em algum lugar, acabamos dando a volta naquela ponta sul da ilha de Miami Beach e o máximo que vimos foi a Marina que já tínhamos visto com o tour. Andamos tanto que pegamos um ônibus pra voltar pra onde tínhamos saído. Olhamos ainda a Española Way e andamos pela famosa e turística Lincoln Road. Essa rua é cheia de barzinhos e lojas legais. Tem de tudo lá, até show de stand-up comedy. Só demos uma volta, passamos na loja caríssima do Romero Britto (Britto está em todo lugar por Miami, sério), pensamos em ir ao cinema, mas estávamos muito cansadas e resolvemos voltar pro hotel.

Miami beach: a areia é muito grossa e esfoliante, bem difícil andar nela. Achei estranho.

3º dia: Nossa programação era visitar o Design District (influência da minha irmã, estudante de Desenho Industrial, é óbvio) e à tarde ir pro Coconut Groove, onde ficaríamos até à noite. Mas no dia anterior, entramos num lugar de informação turística pra perguntar sobre restaurantes e acabamos saindo de lá comprando um citytour, já que minha irmã tinha ficado meio decepcionada com aquele do carro híbrido. Tudo bem, o citytour que compramos acabou sendo o FAIL da nossa viagem. 10 horas da manhã estávamos no lugar marcado pro ônibus nos pegar e ele simplesmente não apareceu. Ligamos para a empresa e o motorista disse que foi lá e não nos viu. AHAM. O tour foi adiado para a tarde e resolvemos passear por Downtown, já que estávamos perto de prédios bonitos, da American Airlines Arena, de um centro cultural e da sede do The Miami Herald. Bom, fizemos uma baita volta na avenida onde estávamos e quando já estávamos voltando, percebi que tinha perdido meus óculos de grau. FAIL again. Refizemos todo o caminho... e quando estávamos do outro lado da avenida em relação ao lugar onde percebi estar sem o óculos (demos uma volta imensa, não só atravessamos a rua), vi um vulto roxo no chão e, tcharam, era ele!

Corremos pra almoçar e pegar o ônibus do tour, que simplesmente atrasou mais de meia hora. E começou a chover. E descobrimos que o guia era muuito chato. E que o tour foi uma furada porque não, ele não parava nos lugares pra gente conhecer e tirar foto. Acabou que eu fiquei morrendo de sono e pesquei caranguejo a viagem inteira em vez de olhar de relance alguns bairros turísticos. Só fizemos uma parada: em Little Havana, que é horrível. Não tinha nada pra fazer e ainda tava chovendo e fazendo frio. Tomamos só um café e voltamos pro tour, que logo acabou. Ainda tínhamos direito a um passeio de barco pra ver o Millionaire's Row (sim, de novo), mas achamos melhor não arriscar com aquele tempo horrível e depois de tudo ter dado tão errado. Vai que aquele barco vira, né? Ficamos ali por aquela mesma avenida do começo do dia e passeamos por um shopping legal. Achamos moletons lindos por 5 dólares na promoção (!!!), olhamos vitrines, o hard rock café, etc... Pensamos em fazer algo à noite como ir ao cinema em Miami Beach. Só que todos nossos planos de última hora tinham dado errado. Melhor não arriscar, né? Voltamos pra casa, passamos no Taco Bell e compramos 2 burritos e 3 tacos (cada uma) pra nos empanturrarmos pelo dia ruim.

Muitos prédios bonitos em Downtown. Esse amarelo é super antigo e lá funciona uma faculdade.
No outro dia, acordamos cedo, fechamos a mala e voltamos pro aeroporto internacional de Miami (já tô ficando enjoada daquele lugar, sério) e pegamos nosso voo até NY. Tivemos um probleminha com o peso das malas, mas nada que malas de 10 dólares não resolvessem. Deu tudo certo e seguimos pra cidade que nunca dorme!

Conclusões: Dá SIM pra fazer turismo em Miami sem ir lá só pra comprar. Lá tem realmente as melhores promoções do mundo (não que eu seja assim tão viajada) e você vai voltar pro Brasil sem querer comprar roupa nenhuma, achando tudo muito caro, mas.... Lá tem bairros que super vale à pena conhecer. Como Miami Beach (que, na verdade, é uma cidade), Downtown, Coral Gables, Coconut Groove e muito mais. Sem contar que Miami é a cidade da arte, talvez por isso tenha tanto Romero Britto por lá. Mas se você gosta de arte contemporânea, o que não vai faltar é museu! Lá não tem metrô e o trem de superfície só existe em alguns pontos da cidade, mas andar de ônibus é super tranquilo (além de fresquinho). E, definitivamente, Miami é a cidade com maior número de palmeiras por metro quadrado.