31.10.07

O som, umas conversas e uma pose entediada

- Ontem eu entrei em um carro e logo percebi que o som não estava ali. Afinal, o silêncio não é tão difícil de perceber. Logo, ele explicou-me que tinha tirado o som porque tinha descoberto que o som atrapalha o relacionamento das pessoas. Que, ao invés de conversarem, ficavam escutando música.
- Eu nunca tinha parado para pensar nisso, mas vi que era verdade com o passar do tempo. De início, não falamos tanto porque aquela timidez dos primeiros momentos ainda precisava ser rompida, mas conversamos bem mais que das outras vezes.
- Em outro momento e em outro lugar, ele ligou o som. Numa estação, estava tocando forró e na outra, umas músicas bregas do tempo que vovó mandava mamãe chegar em casa antes das dez. Deixamos nas músicas bregas. Tempo vai, tempo vem, a música-tema de Titanic (de Celine Dion) começou a tocar. Não consegui me segurar e cortei o clima (“Titanic não!”). Ele desligou o som.
- Conversamos, conversamos, conversamos. Sobre tudo. Ou quase tudo. Esse foi o dia em que mais conversamos. Talvez continue sendo até o fim dos nossos dias “juntos”.

p.s.: Mamãe adverte: televisão no quarto estraga casamento!

Não sei o porquê, mas gostei muito dessa foto. Na verdade, sou eu e uma amiga no fundo de uma foto. Eu já percebi que sou meio perturbada e gosto de aparecer no fundo das fotos dos outros (sem querer, é claro). Achei tão expressivo a minha amiga (de laranja) com a mão no pescoço e eu na minha pose entediada de sempre.

28.10.07

Marley, Mágico de Oz e Vingança

- Às vezes eu fico pensando: o que faz as pessoas contarem o final do livro para outras? Por um instante, pensei que eu também fazia isso (!) mas depois pensei melhor e vi que eu não faço. Quando vou falar o resumo de um livro, tento omitir a maior parte das coisas importantes e sempre deixo a pessoa com vontade de lê-lo (Mesmo estudando colocação pronominal em Português, não tenho a menor idéia se esse “-lo” devia estar mesmo aí).

- Como consta aqui do lado, eu estou lendo Marley & Eu. E, quando eu estou lendo qualquer livro que seja (quer dizer, menos aqueles imensos ou que precisam de dicionário do lado), eu sempre os levo para onde eu for. Principalmente no colégio. Resumindo, as pessoas que vão participar da gincana do meu colégio estavam ensaiando a dança (Somewhere Over the Rainbow do Mágico de Oz) e eu, conversando com um amigo. De repente, um menino que senta lá do outro lado do mundo, chega do nada e pergunta quem tava lendo o livro. Não me deixou nem abrir a boca e completou: “Ei, pô, ele morre no final”. Espumei de raiva e o mandei parar. “É, ele morre com aquela doença lá”. E tudo fez sentido. Depois dessa, claramente o Marley morre no final. “Essas fotos aí foram tiradas quando ele tava vivo”. (JURA?!).

- Enfim, eu fiquei toda tronxa porque, mesmo o Marley sendo o pior cão do mundo, eu me apeguei muito a ele. Principalmente porque o meu poodle foi roubado (longa história...). Lá estava eu: ouvindo uma versão super lenta de Somewhere Over the Rainbow, morrendo de “saudade” de alguém e fico sabendo que o Marley morreu (afinal, é uma não-ficção, né). Folheei as últimas páginas do livro e li fragmentos que confirmavam aquilo tudo. Derramei uma lágrima e fiquei triste durante o resto do dia. Talvez eu nem tivesse ficado tão triste se não estivesse ouvindo a música repetidamente.

- Eu pensei que eu contava finais porque, logo depois, contei pra duas amigas minhas o que tinha acontecido. E elas com certeza iriam ler o livro depois de mim. E foi aí que eu percebi que faço isso por vingança! Afinal, já que estragaram o meu barato, tenho que estragar o barato de outros (risada maléfica). Errr, me surpreendo com meu espírito de vingança. Tanto que estou contando para você o final do livro. Meu Deus, vou procurar uma terapia (!).

26.10.07

Camarões, esponjas e o Japão

- Kuriko era um camarão fêmea um tanto solitário que, apesar de ser jovem, não lembrava muito bem de sua infância. Apenas possuía vagas lembranças de uma casa de forma cilíndrica e sabia que teve que sair de perto dos seus pais ainda cedo.

- Sim, Kuriko tinha amigos e costumava frequentar as festas mais badaladas dos corais perto da casa que dividia com Tomoyo (as amigas moravam no Condomínio Coral Village). Porém, apesar da vida que levava, Kuriko se sentia só e frequentemente estava triste.

- Até que num tedioso domingo ensolarado, quando voltava da sua natação habitual, Kuriko conheceu Yakuda e logo percebeu que este era o camarão da sua vida.

- Yakuda e Kuriko passaram a se encontrar todos os dias e viviam uma linda história de amor. Estavam apaixonados.

- Numa noite de lua cheia, Yakuda preparou um jantar à luz de velas num coral deserto para Kuriko. Lá, fez o pedido com o qual todo camarão fêmea sonha. Ele a convidou para habitarem uma esponja e lá ficarem até esta morrer.

- Kuriko e Yakuda tiveram uma vida muito feliz dentro de sua esponja e tiveram muitos filhos saudáveis. No fim, Kuriko lembrou que a cada dos pais da qual lembrava também era uma esponja. Sua mãe, assim como ela, encontrara o camarão perfeito.

Texto escrito após estudar biologia (poríferos) e descobrir que camarões chamados de espongícolas habitam esponjas da classe Hexactinellidae e se alimentam e fazem todo o resto através do fluxo de água que passa pelas esponjas. Eles tem filhinhos que saem pelo ósculo (abertura da esponja) e morrem quando a esponja morre. Ah, eles ficam pra sempre na esponja porque crescem e não conseguem mais passar pelo ósculo. No Japão e nas Filipinas, o esqueleto da esponja com os esqueletos do casal de camarões é um presente típico de casamento que simboliza que o amor dos pombinhos vai durar pra sempre. Achei isso lindo.

21.10.07

Sobre livros

Essa semana, terminei de ler Mulheres de Cabul (Harriet Logan) e O Anticristo (Nietzsche). O primeiro é perfeito para ler de uma só vez já que é ilustrado, tem pouco texto (basicamente, só os depoimentos das mulheres) e apenas 110 páginas. O segundo não me agradou tanto. Tudo bem que Nietzsche tem um embasamento que poucos têm, que ele faz umas críticas bem inteligentes (ao cristianismo) e que ele percebe detalhes que eu, ao menos, nunca tinha parado pra pensar. Mas, sei lá, chega uma hora que todo mundo questiona sua religião. Ou quase todo mundo.

Feira de livros

# Ontem eu fui à Primeira Feira de Livros de São Luís (que pra mim foi a segunda, já que fui em outra no ano passado). Como uma criança numa loja de doces, percorri aqueles corredores e entrei em cada stand (a não ser aqueles que só vendiam livros infantis ou aqueles que vendiam enciclopédias).

Quando passávamos pela Praça Maria Aragão, procurando uma vaga, de um lado eu via aquela paisagem linda da beira-mar e do outro, aquela estrutura com a qual nós, maranhenses, não estamos acostumados mesmo. Sinceramente? Não parecia São Luís. Senti-me como se estivesse em uma cidade tipo Fortaleza ou Natal (sonha).

Embora só tivessem quatro corredores e poucos stands bons (porque tirando os infantis, não sobra quase nada! Tá, exagerei.), era tudo muito lindo. Todos aqueles livros lá em volta de mim. Todos gritando para eu os comprar. Amei passear por aquele paraíso e entrar em cada stand, ler títulos de livros, pegá-los, ler as costas e orelhas, abri-los e ler um parágrafo qualquer. Eu abri três versões de Memórias de um Sargento de Milícias de Manuel Antônio de Almeida (eu tava querendo ler desde que estudei em Literatura) e dessas três, duas eu abri na mesma página (113)! E ainda li o mesmo parágrafo. Cara, eu fico muito felizinha com essas coincidências.

- Três coisas que não gostei muito:
1) Para que todos aqueles livros que a gente encontra facilmente numa livraria? Acho que ninguém foi lá pra comprar livros de 55 reais (ou 40 ou 30). E o pior é que olhamos todos aqueles livros best-sellers que queremos ler e o preço desestimula total.
2) Acho que quando as pessoas abriam os livros, puxavam as capas o máximo que podiam porque quase todos os livros não fechavam direito. Eu ficava com muita pena.
3) Vi uma mulher completamente sem educação que estava lanchando e apoiando seu copo e sua coca-cola num dos livros que estavam à venda. Essa mulher não se toca? E nenhum vendedor reclamou. Ao menos eu não vi.

- Livros que comprei:
1) As Confissões de Max Tivoli (Andrew Sean Greer) – parecia livro de livraria mesmo e só nove reais *.*
2) Deus-dará (Ana Miranda) – livro de crônicas.
3) Clarissa (Érico Veríssimo) – mamãe que queria me dar um livro do Veríssimo e a capa dele é roxa. COMO eu iria negar?
4) Vestibular sem Medo, Passei Quatro Vezes na Fuvest (Renato Amaral) – mamãe que empurrou pra mim. E eu, com todo o meu complexo, claro que ia querer ler.
5) Um Rosto de Menina (Josué Montello) – eu não podia sair sem levar um livro dele, né? Pior foi mamãe que nem sabia que a feira era em homenagem a ele!

- Poucos. Ano passado eu comprei sete. Mas voltarei lá para o encerramento com Ariano Suassuna (assim que escreve, né?)

15.10.07

Corazón Partío

# Outro dia Lorenna tava falando sobre coincidências e coisas que acontecem e lembram outras coisas e toda uma confusão lá. Lembrei desse post dela agora quando estava voltando pra casa.

Quando a novela Torre de Babel passava na Globo, a minha música favorita era Corazón Partío de Alejandro Sanz. Ah! Era a música favorita da minha vó também. Enfim, o tempo passou e eu claramente esqueci da música. Até que um dia a turma de inglês juntou com a de espanhol no meu colégio pra aquelas aulas felizes que as professoras botam a gente pra cantar umas musiquinhas. Adivinha! Corazón Partío era uma das músicas do repertório *.*

Acabou que toda a minha paixão pela música voltou e ela passou a ser uma das músicas que eu escuto repetidamente quando estou aqui no pc (junto com LDN da Lilly Allen; Over my Head de The Fray; Espatódea de Nando Reis; e Pulsos da Pitty). Eu tava voltando do cinema (Falando nisso, Morte no Funeral é muito bom!) e mamãe tava escutando um CD de músicas melosas. Depois de escutar a música tema de Don Juan DeMarco (de Bryan Adams) umas quinhentas vezes, perguntei pra mamãe se tinha Corazón Partío. Ela disse que achava que sim. Depois que eu procurei música por música e não achei ela me falou que não tinha. Okey. Eu tava morrendo de vontade de ouvir a música.

Quando chegamos aqui na porta de casa, mamãe não quis aceitar minha ajuda pra abrir o portão. Tudo bem, fiquei no carro. Aí deu uma vontade de botar na rádio. Na Jovem Pan, tava tocando uma músiquinha legal mas eu senti vontade de mudar. Quando coloquei na rádio ''1'', adivinhem qual música tava tocando! Corazón Partío! Tudo bem que era a versão com Ivete Sangalo mas ainda era a música! *.*


¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero,
y bajará la luna para que juguemos?
Dime, si tú te vas, dime cariño mío,
¿quién me va a curar el corazón partío?

13.10.07

Bel Canto

Em algum lugar da América do Sul, na residência de seu vice-presidente, a soprano mais venerada do mundo da ópera canta na festa de aniversário em homenagem ao poderoso empresário japonês Hosokawa. O anfitrião espera que o titã da indústria seja seduzido a construir uma indústria no seu país. Roxane Coss encanta os convidados internacionais com sua voz. É uma noite perfeita — até que um bando de terroristas armados toma a festa inteira como refém. As negociações vão e vêm, alternando-se os termos e as demandas, e os dias tornam-se semanas, as semanas alongam-se para meses.

# Quando se lê o resumo do livro, costuma-se pensar que ele causa uma certa agonia já que as personagens são reféns e que nós, leitores, desejaríamos que eles fossem libertos logo. Pelo contrário, com o tempo a gente passa a amar aquela rotina. A gente passa a amar a voz da Roxane e a acha bonita e sedutora e fica muito feliz quando ela e o Hosokawa começam a ter um caso. Sem falar no Gen (tradutor do Hosokawa que virou tradutor de todos porque lá estavam pessoas de todos os lugares imagináveis) que se interessa por Carmen, uma menina que tinha se fingindo de menino para estar no ''exército'' que seqüestrou todos os convidados daquela festa.

Roxane e Hosokawa. Gen e Carmen. Todo mundo estava tão feliz... As negociações das autoridades com os seqüestradores continuavam não dando muito certo, mas era raro encontrar alguém ali que não gostasse daquilo. Mais do que ter se acostumado àquilo, dá pra pensar que, no fundo, todos queriam continuar ali. Até que policiais resolvem invadir a casa e matam todos os seqüestradores. Hosokawa estava com Carmen quando os tiros começaram. Foram, juntos, ver o que era. Um policial reconheceu a farda de Carmen. Ele não sabia o que estava prestes a fazer. Nem sabia também quantas coisas poderia estragar com apenas um tiro. E atirou.

"Roxane os viu no mesmo momento em que o homem com a arma os viu, em que Carmen viu César, e que o sr. Hosokawa viu Carmen e a retirou do espaço à sua frente, a força do braço dele atingindo um lado da cintura dela como uma explosão. Postou-se na frente dela no mesmo instante em que a estava jogando para trás de si, no mesmo instante em que o homem, que a tinha visto na frente, separada do sr. Hosokawa, disparou o tiro. A dois metros de distância não havia probabilidade de não acertar nela, a não ser por causa da confusão, o pipocar das armas, o frenesi das vozes, e o homem que estava na sua lista para ser salvo dando um passo na frente dela.''

E, no final, Hosokawa morto. Roxane com Gen. Não me lembro se falam o que acontece com Carmen, mas acho que não. Isso tudo por conta daquele homem com a arma. Na verdade, por causa de todos aqueles homens com armas. Não custava nada os reféns terem permanecido reféns... pra sempre. Porque sempre tem alguém que chega só para estragar tudo.

11.10.07

Duas larvas no frango

# Hoje, como toda quinta-feira típica, cheguei da escola e fui logo almoçar para ir me arrumar e ir pro curso e achei o almoço quente. É que eu sempre tenho que esquentá-lo e tal. Servi o arroz, o feijão, a farofa... até que chegou a vez do frango. Ele até tava com uma cara boa e era frango assado. Então fui partir um pedaço para eu comer e, assim que eu desgrudei o pedaço que eu queria do frango ''inteiro'', ploft. Uma coisa se mexeu. Eu cheguei perto pra olhar melhor e as vi. Duas larvinhas brancas com a cabeça preta. Duas larvas enormes que pareciam mais minhocas.

''ADRIANA! TEM DUAS MINHOCAS NO FRANGO! SOCORRO! SOCORRO!''
(Adriana é a menina que trabalha aqui)

''JAANA, JAANA, VEM CÁ! TEM DUAS MINHOCAS ENOOOOOOOOOORMES NO FRANGO!''
(Jaana é minha irmã)

Eu não tenho a menor idéia de como aquelas larvas foram parar ali. Afinal, o frango foi assado. COMO elas não morreram? Meu padrasto disse que o frango podia estar contaminado, mas isso foi muito bizarro. E o pior foi que isso aconteceu COMIGO. Logo a criatura mais fresca de todas pra comer. Quase que eu não conseguia comer o arroz/feijão/farofa que já tinha posto no prato. E não sinto mais a mínima vontade de comer frango. Sendo que frango constituía cerca de 75% da minha alimentação. Cara, acho que nunca mais vou comer frango. Traumatizei. E olha que depois que eu achei larvas na carambola, eu nunca mais comi carambola. Enfim, se eu morrer desnutrida, vocês já sabem a razão. (Y)

p.s.: consegui vender 20 rifas em dois (tá, foram três) dias *.* ainda tenho mais pra vender. alguém quer? (cesta com muitos chocolates deliciosos! u.u)

7.10.07

Eu, o moço e a luz enet

# Sexta-feira à noite: era hora de montar esse laptop aqui para perder mais do meu tempo sentada nessa cadeira velha. De repende, percebo que a luz enet do modem não tava ligando. ''Ah, não, isso não pode dar problema agora''. Mudei a posição do cabo, desliguei e liguei o modem umas quinhentas vezes e me desesperei.

Luh: ''Mãe, a luz enet do modem não tá acendendo?''
Mãe: ''O que é enet? Ah, minha filha...'' (e voltou pra cerveja)

Então eu resolvi ligar para a velox. 0800 56 56 58. A sede do atendimento ao cliente fica no Rio, né? Eu amo o sotaque de lá! (''Ow, prefixo 98 é de onde?'' *.*) E, dessa vez, foi um homem que me atendeu. O sotaque dele era mais bonito que o normal. Não sei, ele falava meio diferente. Acho que era mais jovem (e espero!). Ah, o nome dele era Leonardo. Enfim, eu contei o problema pra ele e ele me mandou trocar as pontas do cabo de lugar. Disse pra ele que já tinha feito isso e ele foi me mandando ir no menu iniciar e executar e não sei o que. Fui logo dizendo pro moço (era assim que eu chamava ele) que o telefone daqui de casa é de fio e fica longe do computador.

Moço: Você não tem celular?
Luh: Tenho, mas não dá pra ligar pro 0800 de celular, né?
Moço: Olha, pra mim que pode sim.
(pausa)
Moço: Olha, a informação que me deram foi que dá pra ligar de celular pro 1031 (ou algum número assim). Aaaaaaaah, vamo fazer o procedimento logo, ow! (Foi muito fofo o jeito que ele falou isso!)

Ele me falou que se eu fizesse o procedimento e a luz não acendesse era porque o computador tava com problema na placa de rede e tal tal. Eu anotei todo o procedimento, vim pro pc, fiz (ele ficou esperando no telefone) e não deu certo. Voltei toda triste pro telefone.

Luh: Moço, não funcionou!
Moço: Não?!
Luh: Quer dizer que o computador tá com problema? Mas, Moço...
Moço: Ah, então você vai ter que chamar uma pessoa aí pra...
Luh: Mas, moço, o que aconteceu com o computador, afinal?
Moço: A placa de rede num sei o que num sei o que e só uma pessoa indo aí pra consertar.

E ele também ficou todo sentido porque não tinha resolvido meu problema. Ah, cara, se eu ligar na próxima sexta-feira e pedir pra falar com um Leonardo eu consigo falar com ele? huahuahuhuahua. Séério. Sou uma viciada em vozes e cada vez mais viciada também no sotaque carioca. E ele era um atendente tão bem humorado. Logo depois que eu desliguei o telefone, minha mãe saiu do quarto.

Luh: ''Mãe, o computador tá com defeito na placa de rede. Tem que chamar alguém aqui.''
Mãe: ''Ai, filha, o que tá acontecendo?''
Luh: ''A luz enet, mãe! Não tá acendendo!''
Mãe: ''Tu já experimentou conectar o cabo na base do laptop?'' (normalmente, ela traz o laptop sem a base, então o cabo fica no laptop mesmo)
Luh: ''Não o.O'' (coloquei o cabo na base. Plim. A luz enet acendeu. Tá bom, tá bom. Não teve plim nenhum. huahuhua)
Luh: "Mãe! Por que você não me falou antes?!''
Mãe: ''Tu não perguntou.''
Luh: '' Oo''

p.s.: acho que isso tudo foi obra do destino para eu ''conhecer'' o Moço. Vai que ele é o homem da minha vida! huahuhuahua :D

3.10.07

Priminha

# Às vezes, eu realmente não consigo me entender. Sério. Por mais que eu saiba que tudo o que me dizem é verdade e que sim, eu estou perdendo grande parte da minha vida, eu continuo agindo do mesmo jeito. E tudo isso me deixa extremamente revoltada.
Por que eu não aceito sair? Por que eu não digo um sim de vez em quando? Por que eu não perco aula pra ir à praia? Tudo bem que eu não sou muito chegada em praia, mas as pessoas com quem eu iria não estão aqui perto de mim todo dia.

# O pior de tudo é que hoje eu quase fiz diferente. E é esse quase que quase me mata. Por que eu desanimei?

[pausa para rir um pouco]

# Eu tinha aberto o blogger para fazer um post cheio de lamentações, como dá pra perceber lendo as primeiras linhas. Maaaas a filha da minha prima (ou seja, minha prima de segundo grau que tem 5 anos) veio aqui pro quarto e começou a conversar comigo.
Enfim, não tem mais nada animador do que uma menina na fase dos porquês, que é super fofa e tem a risada super gostosa de ouvir.

"Vou te contar uma coisa que ninguém pode saber. A minha vó é apaixonada pelo Roberto Carlos! Ela tem cinquenta milhões de CDs lá em casa. É uma pilha desse tamanho ó. Parece uma montanha, uma montanha-russa."

"Por que você tem tantas Hello Kitties? Você sabe pintar uma casa com isso? Quem fez esse desenho? Por que o mouse tá em cima dele? O que tem dentro disso? O que é um disquete? O que tu tá fazendo? Só é difícil na hora de estudar, né? "

E o melhor de todos: "Luuuuuuuuuuh, você sabe ler? ''
(Ela me chamou de LUH! E eu nem pedi *.*)

# Ao menos ela me fez parar no começo de um post que ia ser o mais chato da história. Depois eu mando o agradecimento de vocês pra ela.

p.s.: Ela não é a coisa mais fofa desse mundo? Ela é a cara da minha irmã. Todos dizem que eu sou a cara da minha irmã. Logo, sou a cara da minha priminha também! Tá bom, tá bom. Parei com a caduquice.
p.p.s.: Se eu colocá-la para namorar com meu irmão por parte de pai sendo que ela é, na verdade, minha prima de terceiro grau não é algo tipo incesto não, né? *.*