- Ontem eu entrei em um carro e logo percebi que o som não estava ali. Afinal, o silêncio não é tão difícil de perceber. Logo, ele explicou-me que tinha tirado o som porque tinha descoberto que o som atrapalha o relacionamento das pessoas. Que, ao invés de conversarem, ficavam escutando música.
- Eu nunca tinha parado para pensar nisso, mas vi que era verdade com o passar do tempo. De início, não falamos tanto porque aquela timidez dos primeiros momentos ainda precisava ser rompida, mas conversamos bem mais que das outras vezes.
- Em outro momento e em outro lugar, ele ligou o som. Numa estação, estava tocando forró e na outra, umas músicas bregas do tempo que vovó mandava mamãe chegar em casa antes das dez. Deixamos nas músicas bregas. Tempo vai, tempo vem, a música-tema de Titanic (de Celine Dion) começou a tocar. Não consegui me segurar e cortei o clima (“Titanic não!”). Ele desligou o som.
- Conversamos, conversamos, conversamos. Sobre tudo. Ou quase tudo. Esse foi o dia em que mais conversamos. Talvez continue sendo até o fim dos nossos dias “juntos”.
p.s.: Mamãe adverte: televisão no quarto estraga casamento!
Não sei o porquê, mas gostei muito dessa foto. Na verdade, sou eu e uma amiga no fundo de uma foto. Eu já percebi que sou meio perturbada e gosto de aparecer no fundo das fotos dos outros (sem querer, é claro). Achei tão expressivo a minha amiga (de laranja) com a mão no pescoço e eu na minha pose entediada de sempre.
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