30.7.09

KFC: eu aprovo!

Lembrei de última hora de um dos meus maiores sonhos e que podia ser realizado aqui em Kingston. Tínhamos a noite livre e marquei de irmos lá. Comecei a me arrumar cedo e fiquei pronta antes de todo mundo. Tentei apressar a irmã, a mãe, o padrasto já estava impaciente também. Era perto de casa, chegamos logo, aquele prédio vermelho, todo bonitão... Uma fila razoável e eu nem sabia escolher o pedido. Pedimos o maior e quando eu vi aquele balde cheio de frango, meus olhos brilharam. Sim, fomos jantar no KFC. Agora quando assistir a um filme americano com uma #gordinhatensa se acabando na gordura do frango frito, vou poder dizer "Já comi desse frango, lalala!".

p.s.: O jamaicano não mandou e-mail! Ainda bem, eu acho.

29.7.09

No supermercado Loshusan

Lá estava eu namorando a estante de chocolates e, do nada, um atendente vem falar comigo. Claro que ele falou daquele jeito enrolado jamaicano e não entendi nada. Apontei pra minha orelha e falei, em inglês:
- Desculpa, não tô entendendo.
Ele fez alguns sinais de libras e disse: "Ah, você é surda?!"
- Haha, não, não. Sou brasileira e não entendo inglês muito bem.
- Ah, brasileira? Você mora aqui?
- Não, minha mãe mora e estou só de férias.
- E você fica aqui até quando?
- Vou embora nesse sábado.
- Ah, então me passa teu e-mail.
Eu já tava morrendo de vergonha e tive que esperar o amigo dele buscar papel e caneta.
- Será que tu sabes anotar meu e-mail? É Pinheiro... - brinquei.
Ele fez uma cara de quem não tava entendendo nada e peguei o papel pra anotar o e-mail.
- Agora me diz teu telefone.
- Ah, não tenho telefone aqui.
- Me diz teu telefone de lá que eu te ligo quando tu chegares.
- Não, não... fica só com meu e-mail mesmo.
- Você não quer o meu?
- Ah, se tu me mandar um, vou saber que é teu!
- Ah...
Vi a oportunidade para eu me mandar dali e larguei um "Bye!".

p.s.: Se só minha irmã fosse chavecada aqui na Jamaica, eu voltaria pro Brasil bem tristinha, hein!

28.7.09

Sobre minhas preferências literárias

Livro de Infância: O principal foi “Marcelo, Marmelo, Martelo” (história de um moleque danado que adorava inventar palavras). Mas também adorava “Sai da frente que aí vem gente” (não lembro a história) e “Ana Z, aonde vai você?” (essa menina caia num poço e vivia um monte de aventuras num mundo novo).


Personagem que queria ser: Mary Newbury, protagonista do livro “Filha de Feiticeira”. Meu blog antes desse era justamente o witch-child.blogger, nome do livro em inglês. E, mais recentemente, quis ser a Menina Má de “Travessuras da Menina Má”, ela ainda é um exemplo pra mim.


Primeiro livro enorme que lembra de ter lido: Harry Potter e o Cálice de Fogo.


Filme que ficou melhor do que o livro: Ih, acho que filme melhor que livro é lenda, ainda não passei por essa experiência.


Livro que te fez sonhar acordada (o): Harry Potter, que é um livro que mexe muito com a imaginação e livros com um romance que me conquistou como “Travessuras da Menina Má” e “A Garota das Laranjas”.


Livro que te fez chorar: Bem, como já falei aqui, nunca chorei lendo. Mas cheguei bem perto com “Marley & Eu” e “O Menino do Pijama Listrado”.


Livro que te fez rir: “Marley & Eu”, os livros de Meg Cabot e Luis Fernando Veríssimo têm umas partes bem engraçadas.


Livro que mudou a sua vida: Harry Potter, porque me fez amar livros, e Poliana, pelo jogo do contente que nada tem de bobo.


Livro que te causou dor: O Menino do Pijama Listrado.


Livro de cabeceira: Não sei bem qual livro colocar aqui, mas se for pra dizer um livro que eu leio partes aleatórias, em momentos aleatórios, pode ser qualquer um da Meg Cabot. Gostava de escolher um quando tava com insônia.


Livro comercialzão: “O Código da Vinci”.


Querido escritor: Antonio Prata.


Sente vergonha por não ter lido: Gonçalves Dias, conhecido nacionalmente e é meu conterrâneo!


Não suporta: Paulo Coelho e Lya Luft.


Para os apaixonados: “A Garota das Laranjas”.


Livro sensual: “O Amante Fantasma” e “Alma e Sangue”.


Para quando quiser ficar feliz: Não leia, vá tomar um sorvete! (Disse isso porque não lembrei nenhum livro lido capaz de deixar leitores alegres).


Para quando faltar esperança: Ler “O Maior Presente do Mundo”.


Livro que ganhou e nunca leu e nem vai ler: Um sobre sexo e Deus (?) que mamãe me deu há um bom tempo.


Para quando for preciso paciência: Sei lá... A história do Patinho Feio?


Livro que comprou e nunca leu: “Paula”, Isabel Allende. Mas foi porque ainda não tive tempo.


Biografia: Não é bem uma biografia, mas “Chico Mendes: Crime e Castigo”.


Para garotas: A coleção “O Diário da Princesa” (melhor série infanto-juvenil para meninas de todos os tempos!) e “Por que não sobraram homens bons” (só de brinks!).


Difícil: “Cem Anos de Solidão”. É tanto personagem com o mesmo nome que fiquei confusa.


Para quem gosta de escrever: Até bula de remédio é útil/bom para quem gosta de escrever.


Leitura de teatro: “O Pagador de Promessas”, Dias Gomes.


Conto gostoso de ler: Acho que nenhum me marcou tanto...


Não conseguiu terminar: “Maya”, Jostein Gaarder, e “Uma Breve História do Tempo”, Stephen Hawking.


Está na fila: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Paula”, “Novo Conto Catarina”, “Raízes do Brasil”, “Os Tambores de São Luís”, “A Hora da Estrela”, são tantos...


Livro que daria de presente: “Travessuras da Menina Má”, “O Menino do Pijama Listrado”, “A Garota das Laranjas”, depende muito do presenteado.


Pérola encontrada nos sebos: Nunca comprei livro em sebo :(

O que está lendo agora: Parei no meio de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “A Hora da Estrela” e “Tambores de São Luís”.

p.s.: Quem me passou esse meme foi a Mel.

27.7.09

Jamaica: primeiras impressões

Logo na sala de embarque, peguei uma fila enorme na Imigração porque mal dois ou três guichês estavam funcionando. As primeiras pessoas que falaram comigo em inglês me fizeram concordar com mamãe: jamaicanos realmente têm o sotaque muito carregado e misturam o inglês com um dialeto local chamado "patuá". Saí do aeroporto e a primeira coisa que fiz foi tirar meu casaco. O calor era in-su-por-tá-vel. Logo percebi que era muito mais quente que São Luís. Fomos almoçar fora e todos os atendentes foram muito simpáticos com a gente. Quem diz que brasileiro é um povo hospitaleiro é porque não conhece nenhum jamaicano. Eles sempre nos recebem com um sorriso (branquíssimo) no rosto e repentem calmamente as frases que não entendemos. Dá para ver que as pessoas ligadas ao turismo tentam deixar a melhor impressão possível, enquanto no Brasil a maioria das pessoas não são muito amigáveis e nem se preocupam muito com o turista. Ah, é claro que a maioria da população é negra. Os únicos brancos que vejo na rua são, na verdade, "amarelos" - descendentes de orientais. Vi brancos de verdade em grande quantitade só no Resort e num hotel que mamãe ficava antes de ter apartamento (fomos almoçar lá uma vez).
Foto: Monumento que tem na entrada do aeroporto. O pássaro é o humming bird (beija-flor), símbolo do país. O legal é que placas com o desenho dele guiam o caminho até o aeroporto.
Fotógrafa: Jaana Pinheiro (ou "Minha irmã").

23.7.09

Me encontre no flickr

Por mais que eu fique bastante tempo na internet (mamãe não está de férias e não é sempre que meu padrasto leva minha irmã e eu para passearmos), não estou com vontade de escrever por esses dias. Ainda assim, estou colecionando muitas, muuuuuitas fotos! Já comecei a colocar as melhores no meu flickr e é por lá, por enquanto, que vocês podem acompanhar como anda a minha viagem numa ilha caribenha! Estou juntando vários assuntos bacanas, tomara que eles não acabem esquecidos no meu documento do word intitulado "Ideias". Para forçá-los a olhar todas as minhas fotos, um pequeno preview:


20.7.09

Jamaica - a ida

Florianópolis
Depois do meu check-in conturbado para a viagem à Brasília, resolvi não me atrasar para o voo e cheguei com atencedência no aeroporto. Entreguei minha identidade, disse que ia para o Rio de Janeiro para pegar um voo com destino a Miami. A mulher perguntou se eu tenho dezoito anos completos e eu neguei. Ela perguntou sobre a autorização dos meus pais. "Está com minha irmã que mora em São Luís, vou encontrá-la no aeroporto do Rio". Descobri na hora que sem a autorização em mãos não poderia embarcar, a viagem já era considerada internacional desde Floripa. Não fazia sentido algum para mim, mas era o que os atendentes diziam. Comecei a chorar desesperadamente. Afinal, tudo o que não choro em filmes/livros, choro quando estou nervosa ou com raiva. Tentei ligar desesperadamente para mamãe, papai, minha irmã, qualquer pessoa que pudesse estar na internet para mandar e-mail para mamãe. Durante meia hora ligando, ninguém me atendeu. NINGUÉM. Chorava 1000 litros/seg e não sabia o que fazer. Depois de lutar para conseguir os documentos e aquela autorização para a viagem... não podia perder assim minhas férias no Caribe! Os atendentes foram muito amor e gentis comigo e me aconselharam a comprar uma passagem para o Rio. Assim, eu poderia embarcar por ser uma viagem nacional e, chegando lá antes do voo para Miami, tava tudo beleza. Felizmente, meu cartão de crédito (que tem um limite mínimo) passou e eu pude comprar uma passagem caríssima em seis vezes. Depois dessa, fico até com peso na consciência de pedir um presente bom de aniversário. É, eu faço dezoito anos daqui a onze dias. Vivi tudo isso porque mamãe não quis me parir um mês antes.
Rio de Janeiro
Cheguei no aeroporto Galeão e logo descobri que não poderia nem iniciar o check-in sem a autorização que estava com minha irmã. Pisei em solo carioca às 17 horas. Minha irmã chegaria às 21h. Meu voo para Miami decolaria às 10:35. Tive que ficar zanzando pelo aeroporto com minha mala gigante. Era bastante incômodo porque só podia andar de elevador e apenas um funcionava. O voo da minha irmã atrasou uns quarenta minutos e quando chegamos no check-in com autorização e tudo em mãos: "O check-in desse voo já foi encerrado". Oi? Não pude fazer o check-in antes porque um avião da SUA companhia aérea atrasou com minha irmã e a autorização dentro? Eles tiveram que levar isso em conta e me colocaram no voo. Estou começando a achar que tenho muita sorte ou que atendentes de aeroportos me amam, enfim. A mulher fez tudo muito rápido, super apressou minha irmã para embarcar logo (ela já tinha feito o check-in dela desde São Luís) e acabamos pegando uma fila enorme na parte onde pessoas marocam nossas bolsas e nos mandam tirar o sapato. Acabou que nem fui ao banheiro antes de embarcar, sou super noiada com isso. Para piorar, não fiquei numa cadeira de corredor e o avião ficou parado durante UMA HORA sem nem sair do lugar. Foram nove horas naquela cadeira apertada. A mulher que fez as reservas das passagens me deixou separada da minha irmã e ainda me colocou naquela fileira do meio, com quatro cadeiras. Apertado demais, jesus! Foram quatro horas pensando nas minhas necessidades básicas até que surgiu uma oportunidade para que eu fosse ao banheiro. Depois, a viagem foi mais tranquila, dormi, assisti filme, dormi, dormi, dormi...
Miami
Foi só quando desembarquei nos EUA que pude falar direito com minha irmã, antes mal tínhamos dito "Oi". Pegamos uma fila enorme na imigração e pudemos conversar sobre todos os meses que passamos separadas. Foi tudo bem com o homenzinho americano, ele nem pediu nossas carteiras internacionais de vacinação! Logo fomos procurar o lugar para fazer o check-in para o voo com destino a Kingston. Atravessamos o aeroporto, que é gigante, e demoramos horrores para encontrar o lugar certo. Demorou tanto que logo depois do check-in, embarcamos. Não pude nem conhecer o Starbucks. Nunca tomei café de lá. Vim do mato, lembra? O pior foi que não pudemos nem lanchar no aeroporto e depois descobrimos que não servem nem aperitivo no voo para Kingston, só uma bebida! A gente não comia desde antes de 6 da manhã, quando tomamos café no avião que ia para Miami, e já eram umas 11h.
Kingston
Mais uma fila enorme na imigração. Só que não tínhamos mais assunto e estávamos mortas de fome e de cansaço. Passamos mais de uma hora em pé com muita fome meesmo e carregando bolsas e mochilas com notebook. Maravilhoso. Quando finalmente pegamos nossas malas (que não foram extraviadas, ainda bem!) e saímos daquela área de desembarque, vi mamãe antes mesmo de sentir aquele vento quente, fazendo Kingston parecer o inferno. Sim, achei aqui mais quente que Teresina-PI. Como se já não bastasse a fome e o cansaço, o calor só me fazia sentir pior. Só depois de comer e dormir, voltei a me sentir Luisa.

Quatro cidades, três países, as três Américas... em menos de 24 horas.

13.7.09

Queria só uma vez

Sempre quis ir ao cinema sozinha. Até o ano passado, eu tinha a mania de falar durante o filme. Feio, eu sei. Mas era uma vontade incontrolável: eu me sentia obrigada a tecer determinado comentário ou fazer alguma pergunta. Disse que "tinha" essa mania porque acho que a estou perdendo. Quando assisti A Era do Gelo 3 com meus amigos da faculdade, só falei uma vez.
Hoje não consegui acordar muito cedo (minha ideia de não dormir não funcionou, como sempre), mas não perdi a hora do cartório, presenciei uma senhora reclamando horrores por estar esperando para ser atendida, sendo que muitos funcionários de lá estavam em horário de almoço. Almocei comida de verdade como há muito tempo não fazia, descobri que não existe Sedex 10 para São Luís (por motivos óbvios), deitei pela primeira vez no puff da Biblioteca Universitária. Já parou para pensar em quantas pessoas suaram naqueles puffs antes de você deitar lá? Pois é, relevei minhas frescuras e deitei. Tive que ir ao Iguatemi para comprar crédito, um tênis e um biquini. Dez minutinhos andando e lá estava eu no shopping. Faltava mais de uma hora para a sessão de Jean Charles começar e eu pensei "É hoje!". Já queria ver esse filme há um tempinho e ainda realizaria meu sonho de ir ao cinema sozinha.
Minutos antes da sessão começar, entrei na sala e percebi que devia ser a menor de todo o cinema. Ainda sim, fiquei toda abestalhada com a altura da última fila de cadeiras, é bem maior do que a do cinema de São Luís. A diferença de altura entre duas fileiras também é maior. Reparei também que meus únicos companheiros de filme eram dois namorados. Só quando sentei é que lembrei que era uma segunda-feira à tarde.
Assisti ao filme, não vi o tempo passar, não queria que o Jean Charles morresse e quase chorei nas cenas após a morte dele. É, quase. Na verdade, eu nunca chorei assistindo nenhum filme. A primeira vez que chorei assistindo alguma coisa foi no começo desse ano, na maratona de Desperate Housewives, na cena que a Bree chora a morte do marido. Ela sempre foi minha Desperate favorita. Derramei uma ou duas lágrimas, mas, ainda assim, não chorei vendo nenhum filme. E meio que me sinto incompleta por isso. Primeiro porque não chorar para mim significa ficar com as lágrimas entaladas durante as cenas tristes, o que me deixa muito angustiada. Seria bem melhor derramar rios pelos olhos, lavar a tristeza causada pela história e seguir adiante. Mas não, ela, a tristeza, continua dentro de mim. E se junta com tristezas de outros filmes. O Baiano de Sob Nova Direção desesperado com a morte de Jean Charles, a morte de Joaquim em Os Desafinados, o pai da garota que sai de casa em Quatro Amigas e um Jeans Viajante... E eu esqueço que essas tristezas são alheias e as deixo juntas com as minhas próprias.
Lembro de um filme que assisti na aula de Espanhol da oitava série. O filme era Amores Perros e, no fim, duas grandes amigas minhas estavam se acabando de chorar. Uma estava mais contida, mas a outra foi ao banheiro e não parava de derramar lágrimas. "Mas ele não conheceu a filha...", ela dizia com aquela voz chorosa e desesperada que não saiu da minha memória. Hoje, quando lembro disso, sinto inveja. Queria chorar e ter crises histéricas, se fosse possível, pelos problemas alheios. Queria só uma vez chorar e chorar e chorar até que as tristezas alheias se misturassem com as minhas e eu esquecesse a razão inicial de estar chorando.

12.7.09

Desafinados também têm um coração


"Você com a sua música esqueceu do principal,
que no peito dos desafinados no fundo do peito bate calado,
que no peito dos desafinados também bate um coração."

Os Desafinados é um filme que chama atenção pela sinopse amorzinha: na década de 60, quatro amigos têm uma banda de Bossa Nova e decidem ir à Nova York porque, à época, os gringos estavam bem interessados no estilo musical brasileiro. Interpretando um dos integrantes da banda, temos Rodrigo Santoro e, para completar, Selton Mello vive um cinegrafista amigo e companheiro de viagem do grupo (que se chama Os Desafinados, duh). Em NY, o personagem de Santoro conhece Glória (Cláudia Abreu), que vira vocalista da banda.
O interessante do filme é que ele começa com a morte de Glória, que já tinha uns sessenta e poucos anos. Selton Mello, o cinegrafista, tem a ideia de fazer um documentário sobre Os Desafinados. Marca, então, um reencontro com os antigos amigos para gravar depoimentos. O presente vai se alternando com as memórias dos músicos, é bem legal.
Nas duas horas de duração, ouvimos muita música, muita Bossa Nova. A trilha sonora é fantástica, baixei logo que o filme terminou. Sempre gostei desse tipo de música e adorei Os Desafinados. O contexto histórico da implantação da Ditadura Militar também dá mais intensidade para a história.
p.s.: Fica muito óbvio que a Cláudia Abreu dubla as músicas, mas elas são tão lindas que a gente releva.
p.p.s: E releva também o segundo papel de Rodrigo Santoro no filme. Bem no finalzinho, ele aparece como o filho praticamente adolescente de Glória. Teoricamente americano, ele chega falando num inglês de brasileiro e faz uma atuação péssima. Dá vontade de rir, sério.

11.7.09

Californication


"Querida Karen,
Se está lendo isso, significa que finalmente tive coragem de enviar. Bom pra mim. Você não me conhece muito bem, mas quando conhecer vai ver que tenho tendência de falar que tenho dificuldade para escrever. Mas isso... isso é a coisa mais dificil que já tive que escrever. Não há uma maneira fácil de dizer, então falarei logo: conheci alguém. Foi acidental, eu não estava à proucura, eu não estava à caça. Foi uma tempestade perfeita. Ela falou algo, eu também. Quando vi, queria passar o resto da minha vida nessa converssa. Agora tenho essa sensação no peito. Pode ser ela. Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica. Exige uma grande quantidade de renovação. É você, Karen. Essa é a boa notícia. A má é que não sei como ficar com você agora. E isso me assusta pra caralho. Porque se eu não ficar com você agora, tenho a sensação de que vamos nos perder por aí. É um mundo grande, malvado, cheio de reviravoltas. E as pessoas têm um jeito de piscar e perder o momento. O momento que podia ter mudado tudo. Eu não sei o que está acontecendo com a gente e não sei te dizer porquê você devia arriscar um salto no escuro pra gostar de mim, mas, porra, você cheira bem, como um lar. E voce faz um café ótimo, isso deve contar pra algo, certo? Me liga.
Infielmente seu,
Hank Moody. "

9.7.09

Como perder cinco dias da sua vida

Ou como eu perdi quase toda a minha primeira semana de férias.
Há uns três ou quatro anos, meu discurso preferido (porque toda adolescente passa por essa fase dos discursos prontos) era que dormir é perda de tempo. Em 2006, eu estudava à tarde e tinha insônia, não dormia muito. Depois comecei a me preparar pro vestibular, endoidei de vez e passei a dormir cada vez menos. Nesse ano, me deparei com o horário maluco da UFSC. Alguns dias tinha aula de manhã, outros não, enfim. Só sei que comecei a dormir bastante. Tirando o mês de junho que era fim de semestre e quem já está na faculdade sabe como é uma correria só.
Fiquei de férias na sexta e tenho dormido durante tanto tempo que até o Garfield ficaria impressionado. O pior é que isso não quer dizer que eu não tenha saído. Lanchei no Bob's e deixei uma amiga na rodoviária, resolvi algumas pendências, fui ao cinema (e assisti ao meu primeiro filme 3D. Super recomendo A Era do Gelo 3!), fui a um rodízio de pizza e hoje curti meia-horinha da Biblioteca Universitária no seu estado milagroso de silêncio (fim da semana de recuperação, ninguém estudando/conversando lá). Só que não fui assim tão rápida de scannear uma foto e meus documentos que meu pai precisa para a autorização da minha viagem. É, como só faço dezoito no fim do mês, preciso da autorização dos dois responsáveis para fazer a tal viagem internacional. Hoje que eu scannei isso tudo. Jamaica, me espere, estou quase a caminho!

5.7.09

Olá, férias!

Para acabar com os posts "meus trabalhos de faculdade" desse semestre, vim mostrar os trabalhos finais que fiz para as disciplinas Redação para Rádio (para variar um pouco...) e Introdução às Artes Gráficas.
1) Inicialmente, o trabalho final de rádio tinha tema livre e eu já estava planejando fazer sobre o Maranhão. Mas o professor resolveu dar um tema: bastidores. Não quis pegar nada do tipo "shows, televisão, cinema, teatro" porque são bem clichês e um monte de gente já tava escolhendo esses. Depois de muito pensar, escolhi o Boi de Mamão ("folguedo catarinense filho legítimo do Bumba Meu Boi ou Boi Bumbá"). Fiz umas ligações e descobri um arraial onde haveria a apresentação de um grupo. Chegou a data
marcada e era justamente o último dia de mamãe aqui em Florianópolis (logo depois da viagem à Brasília). Eu tinha que escolher: deixar mamãe no aeroporto ou adiantar meu trabalho de rádio? Escolhi a primeira opção e atrasei toda minha vida. Não soube mais de arraial nenhum (terra sem cultura é fogo) e precisava de outro tema. Depois de ter o tema furado mais algumas vezes, finalmente escolhi falar sobre os bastidores de um telecar, aquele serviço de homenagens ao vivo. Foi tudo corrido, tive que fazer a entrevista por telefone (no laboratório de rádio, tem um telefone que podemos usar para fazer entrevista), passei a madrugada anterior à entrega do trabalho editando, mas deu tudo certo. (Não consegui hospedar o áudio no GoEar, então deixo um link para o arquivo no tumblr!) Clique aqui para ouvir.

2) Para Artes Gráficas, tínhamos que diagramar a capa de um jornal tablóide no photoshop. Oi? Eu sei que meu professor adorava nos mandar "brincar" nesse programa, mas diagramar nele? Como assim?! Indesign kd kd. Ainda não entendi a razão desse exercício já que vamos diagramar no Indesign para o resto da vida, mas tudo bem. Escolhi o tema "rodeio", ispirada pela minha dupla que é do interioRRR de São Paulo. Olhando agora, vejo que o espaçamento entre a manchete e a cabeça do jornal ficou muito grande e que isso desequilibra bastante a diagramação, mas já é tarde, né? Fazer esse trabalho foi bem divertido. Não rolou estresse porque eu e minha dupla já tínhamos uma noção de photoshop. Minha irmã sempre tinha o programa instalado no nosso computador porque ela estuda design. Eu "brincava" (já treinando para as aulas de Artes Gráficas), mas nunca imaginei que fosse fazer um trabalho nele, sei lá. Enfim, essa é a nossa Folha do Peão. (Clique aqui para ver ampliada)