12.7.09

Desafinados também têm um coração


"Você com a sua música esqueceu do principal,
que no peito dos desafinados no fundo do peito bate calado,
que no peito dos desafinados também bate um coração."

Os Desafinados é um filme que chama atenção pela sinopse amorzinha: na década de 60, quatro amigos têm uma banda de Bossa Nova e decidem ir à Nova York porque, à época, os gringos estavam bem interessados no estilo musical brasileiro. Interpretando um dos integrantes da banda, temos Rodrigo Santoro e, para completar, Selton Mello vive um cinegrafista amigo e companheiro de viagem do grupo (que se chama Os Desafinados, duh). Em NY, o personagem de Santoro conhece Glória (Cláudia Abreu), que vira vocalista da banda.
O interessante do filme é que ele começa com a morte de Glória, que já tinha uns sessenta e poucos anos. Selton Mello, o cinegrafista, tem a ideia de fazer um documentário sobre Os Desafinados. Marca, então, um reencontro com os antigos amigos para gravar depoimentos. O presente vai se alternando com as memórias dos músicos, é bem legal.
Nas duas horas de duração, ouvimos muita música, muita Bossa Nova. A trilha sonora é fantástica, baixei logo que o filme terminou. Sempre gostei desse tipo de música e adorei Os Desafinados. O contexto histórico da implantação da Ditadura Militar também dá mais intensidade para a história.
p.s.: Fica muito óbvio que a Cláudia Abreu dubla as músicas, mas elas são tão lindas que a gente releva.
p.p.s: E releva também o segundo papel de Rodrigo Santoro no filme. Bem no finalzinho, ele aparece como o filho praticamente adolescente de Glória. Teoricamente americano, ele chega falando num inglês de brasileiro e faz uma atuação péssima. Dá vontade de rir, sério.

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