Apesar de ter lido uns quatro livros dessa coleção, não vou falar sobre os órfaos Baudelaire. Como disse no post passado, viajei à Brasília para tirar meu visto americano. Bom, o voo era às 17:30 da quinta passada e eu tive que adiantar a aula daquele dia para poder chegar a tempo no aeroporto. Mas é claro que eu deixei para arrumar meu quarto (afinal, mamãe viria me visitar depois) e separar minhas roupas para colocar na mochila nessa mesma tarde. Ia pegar o ônibus das 16:20 para em uns 20 minutos chegar ao aeroporto e estava tudo certo... até eu me atrasar uns cinco minutinhos. Com o sinal fechado para os pedestres, vi o ônibus passando sem que eu pudesse fazer nada. Morrendo de raiva e com o cadarço do tênis desamarrado, fui de cara fechada em direção ao ponto de ônibus. Tropecei num desnível da calçada de cimento e caí pra frente. Mochila pesada com roupas e notebook, foi horrível. Meu joelho ficou todo ralado (como não ficava há anos), mas pelo menos a calça não rasgou. Eu não lembrava qual era o horário do ônibus seguinte e fiquei naquela "Arrisco esperar o próximo ônibus ou chamo um táxi?". Esperei uns dez minutinhos e chamei o táxi. Mas daí o ônibus passou em seguida e eu entrei nele porque o táxi ainda demoraria quinze minutos para chegar.
Cheguei ao aeroporto 17:16 e corri ao guichê de check-in com a identidade na mão. A atendente me informou que o serviço do voo acabava meia hora antes da decolagem. Meu mundo desabou. Imaginei que mamãe fosse me matar por ter perdido o avião e já tava quase chorando quando um supervisor apareceu e disse que daria para eu pegar o voo. Corri para a sala de embarque, subi a escadinha muito rápido e respirei aliviada quando atei o cinto da poltrona. Tive um voo tranquilo, uma viagem interessante e consegui meu visto! Quem sabe eu ainda faça um post sobre a viagem, não estou inspirada agora.
Pauta 1) Um grupo de amigos se juntou e montou o “Amigos de Aluguel”, um serviço oferecido para quem precisa de companhia para passear, fazer programações legais ou viajar. Eles deixam bem claro que não se trata de nada sexual e é apenas uma opção para quem não tem amigos e quer uma companhia bacana. O site deles é http://www.amigosdealuguel.com.br.
Acho bem válida essa ideia de promover interação entre pessoas desconhecidas. Às vezes realmente falta companhia para fazer as compras do mês, ir à sorveteria quando você está desejando aquele sundae ou para tomar uma água de coco na praia enquanto assiste o pôr-do-sol. Só não concordo quando essa ideia envolve dinheiro. Não dá para comprar companhia. Preferiria realizar qualquer atividade chata sozinha – enfrentar uma fila gigante no banco ou no Restaurante Universitário, por exemplo – do que pagar alguém para me acompanhar. Sentiria durante todo o tempo que, lá no fundo, a pessoa desejaria fazer coisa melhor. O site teria mais sucesso se unisse pessoas que precisam de companhia com as outras que não tem nada para fazer e aceitariam sair com desconhecidos sem cobrar. Juntando moradores da mesma cidade, é claro. Seria uma ótima maneira de fazer amigos de infâncias e, quizás, conhecer o amor da sua vida.
Pauta 2) O que salva o seu dia?
Não é difícil que eu acorde atrasada, perca ainda mais a hora enquanto me arrumo e chegue muito tarde para as aulas. Isso me estressa, fico extremamente irritada, mas não consigo mudar. É como se eu tivesse um gene “chegar atrasada sempre”. O que salva meu dia são pequenas coincidências ou um pouco de sorte, ambos capazes de arrancarem um sorriso meu. Seja um sol quentinho num dia frio, seja o meu ônibus chegando na hora que chego ao ponto, seja um elogio, alguém que reparou que cortei meu cabelo... Também não é raro que eu perca noites de sono por causa da insônia que volta e meia aparece ou por causa de trabalhos de faculdade. Já até fui virada assistir a aulas. Tanto nesse caso quanto em dias que eu simplesmente fico muito cansada, o que salva o meu dia é tirar um bom cochilo. Nada como acordar revigorada, com fome, disposta a fazer uma comida bacana e inspirada para estudar/ler/escrever ou fazer o que tiver para fazer.
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