Sempre tive medo de que na hora que eu fosse apurar fatos para uma notícia, eu travasse, descobrisse que não levo jeito pra ser jornalista e que eu acabaria desistindo da profissão. Na aula de Técnica de Reportagem, Entrevista e Pesquisa Redação I, o professor, meu chará, mandou que fôssemos atrás de uma pauta pela Ufsc e voltássemos para escrever a notícia. Bom, a minha primeira ideia furou.
Fui à Biblioteca tentar descobrir sobre uma reunião que parecia ter ocorrido ontem, mas ninguém soube me informar. Resolvi ir, então, ao Centro de Cultura de Eventos, onde estava ocorrendo um Curso de Capacitação e, bem em frente à Reitoria, encontrei uma colega de sala. Paramos, conversamos sobre nossas pautas e quando olhei para o lado, vi que dois homens estavam trabalhando na restauração do mosaico que decora as paredes externas do prédio. Pensei que isso talvez rendesse uma boa pauta. Falei com a mulher que dá informações no térreo da Reitoria, que me encaminhou para Ouvidoria e acabei parando na sala do chefe do gabinete do reitor. Conversei com ele e, depois, com os dois homens que trabalhavam no mosaico. Finalmente voltei para a sala e comecei a escrever minha notícia.
Quarenta e cinco minutos depois (acha que é fácil?), consegui vomitar três parágrafos com três frases cada. Voltei atrasada, mas ao menos consegui uma notícia. E mesmo que o professor não tivesse dito que esse foi o melhor texto que escrevi até agora, eu já teria ficado suficientemente feliz por ter corrido atrás do fato e, principalmente, de ter gostado de fazer aquilo. Se ainda existia uma possibilidade remota que eu me decepcionasse com o curso, ela não existe mais.
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