15.1.08

Conversas no ônibus

Não sei porque, mas eu adoro encontrar pessoas conhecidas quando ando de ônibus (coisa que não é tão difícil já que São Luís não é nenhuma metrópole). Nesses dias, tenho lido Mensagem de Fernando Pessoa no ônibus (porque acho O Retrato de Dorian Gray muito grande e de vez em quando quase sempre gosto de procurar alguma palavra no dicionário). Enfim, eu estava com o livro na mão e, enquanto eu passava pela roleta, a cobradora falou que o livro era ótimo e que adorava Fernando Pessoa. Eu disse que gostava mais ou menos porque preferia prosa e, pronto, começamos a conversar sobre literatura.

A cobradora me falou sobre Rubem Alves. Disse que tinha lido um livro muito bom dele chamado Tempus Fugitis, que reúne crônicas numa prosa meio poética. Ela falou tão bem do autor que fiquei curiosa e quando falei ''vou procurar'', fui sincera. Depois de ler sobre ele, fui procurar o tal livro no submarino e ele custa apenas 10 reais. Pode ter certeza de que esse livro será meu breve, breve.

Ah, eu não estou louca. No começo do post disse que gosto de encontrar pessoas conhecidas no ônibus e só falei de uma cobradora que gosta de ler. É que eu encontrei a pessoa conhecida na volta para casa e ainda conversamos com uma desconhecida que estava sentada do meu lado. Só não falo sobre o assunto (vestibular) porque seriam três posts consecutivos falando sobre a mesma coisa. Até eu já cansei.

Mas, sabe? Eu adoro cobradoras simpáticas. Lembro de uma vez que estava voltando da escola com uma amiga e a cobradora foi tão simpática com a gente que eu nunca esqueci a cara dela. E a tenho visto bastante esses dias no ônibus que pego depois da integração. Hoje mesmo peguei o ônibus ''dela'' na ida e na volta.

p.s.: Lembrei agora de um cobrador que eu sempre ''encontro'' também. Ele seeempre está com as unhas GRANDES e FEITAS. Toda vez que o vejo ouço na minha cabeça o comentário que a minha amiga fez um dia ''Consigo imaginá-lo todo montado como travesti'' e me vem a imagem dele fantasiado de Carmen Miranda! Ai, ai, essa minha imaginação fértil...

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