Na aula de Redação dessa semana, em algum momento aleatório o professor falou que os americanos têm o hábito de dizer que as cidades e os habitantes possuem um certo clima, enquanto no Brasil a gente se preocupa em descrever os fatores geográficos. Como tudo o que eu não conheço de Floripa é a geografia - afinal, nunca fui a uma praia sequer -, me limito a dizer que são dois mundos diferentes. E pelas pessoas.
Em São Luís, nunca convivi com as jovens Sarney, Murad, Duailibe. Não era das escolas mais caras e muito menos ia a baladas. As pessoas que conheço, os amigos da minha irmã, os novos amigos que meus amigos fizeram depois que vim embora, todos poderiam ser classificados em duas palavras: glamour decadente. Essa expressão surgiu um dia na minha cabeça e nunca mais foi embora. E fica ecoando, reverberando, martelando no meu cérebro quando minhas amigas me levam para os lugares típicos das pessoas que curtem rock, insistem em formar bandas que eles próprios não levam à frente e que usam roupas na maioria das vezes impróprias para o nosso calor.
O glamour decadente encontraria sua chance aqui em Floripa no Ufstock, evento anual organizado pelo Diretório Central dos Estudantes. Ainda assim, a maioria das nossas festas são: Trote Integrado do CTC (Centro Tecnológico), Tourada da Mecânica, Linguição da Automação, Insanitária, Cervejada da Saúde e Happy Hours infinitos, com predominância dos realizados no Centro Sócio-Econômico. Nos arredores da UFSC, vivem os universitários bêbados que aproveitam qualquer festa com Sol barata, colecionam canecas de cervejadas e vivem o auge da bebedeira nas festas com 3 Heineken por 5 pila - essas só acontecem duas vezes ao ano. Convenhamos que as pessoas se vestem um tanto melhor por aqui, mas temos que conviver com os engenheiros que sempre fazem xixi na parede do CA do Jornalismo - um dos primeiros do corredor de centro acadêmico -, além de ter que aceitar o banho de cerveja. Esse sim é inevitável.
2 comentários:
Parabéns, Luh, você é uma guerreira!
Acho tão deprimente essas festas que o bonito é ficar "doidão".
Poderia ser um banho de champagne que fede menos, né?! Beijo
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