20.6.11

Shhhhhhh!

A única balada de Floripa com vista pra ponte Hercílio Luz. Três djs tocando ao mesmo tempo. Headphones sem fio e a opção de escolher qual festa você queria acompanhar. Canal 1, rockzinhos animados na "disaster", canal 2, clássicos do pop na "2manyhits" ou o canal 3, músicas de pura vergonha alheia na "trashyk". Fui numa das festas do clube do silêncio, que tem acontecido no Brasil e fora daqui também. Era a segunda edição aqui em Florianópolis.


Usando o headphone, a festa acontecia também fora da pista, no banheiro, na área de fumante, na fila pra pagar a conta e na escada derruba-bêbado do lugar. E se você tirasse o fone, só encontrava silêncio nesses locais pouco ocupados. Na pista, cada um canta a sua música, dança a seu estilo. Os djs lutam para que a casa inteira cante a música do seu canal. Eu me arrisco a dizer que as músicas mais unânimes tocaram na trashyk. O auge da noite foi quando todos cantamos Olha o que o amor me faz, clássico da nossa geração do final dos anos 80 e começo dos 90, com direito a performance do dj. A verdade é que esse reservou muitas coreografias para a festa e eu mudava para o canal dele só pra acompanhar.

Robocop gay, Raimundos, lady gagaísmos e clássicos como I wanna rock and roll all night e Girls just wanna have fun também formaram coros. Mesmo com o volume no máximo (sim, isso também era regulável), era difícil escutar o que eu queria se não quisesse acompanhar a maioria. Porque, né, me desculpa, mas Raimundos não desce pra mim.

Os momentos de não-tá-tocando-nada-bom foram raros. Ganhei minha noite com as músicas de sempre (1 2 3 4)  e fui feliz rebolando devagar e depois desce, na boquinha da garrafa, declarando que a cor dessa cidade sou eu e arrasando na dança do ventre com a música da Jade. O sucesso ficou pra banda Uó, a nova maneira de ouvir tecnobrega e ainda parecer cool.


Os seguranças também receberam fones. E ficavam trocando de canal que eu reparei, hein. Chato vai ser ir a outras festas sem a opção de escolher a minha música, sempre fui viciada em ficar trocando de estação no rádio ou pulando pra próxima no aleatório do media player. Quero liberdade musical. Quero poder dançar música diferente da que meus amigos dançam. Quero meu headphone de volta!

9 comentários:

Ana Luísa disse...

Gente! Que fantástica essa festa! Também quero! Sério, amei!

Gab disse...

Que ideia genial. Já tinha ouvido falar dessas festas, mas não sabia que já acontecia aqui no Brasil. Que ótimo.
Todas as festas deveriam ser assim (:
Beijo.

EX- GORDA disse...

Podiam fazer isso em brasília pra ontem! Sou obrigada a escutar, toda santa vez, I gotta feeling do black eyed peas, quando saio para alguma buatchy da moda. Estou viciada em Banda Uó, apesar da linha tênue entre forró colapso e indie-rock-pop-modinha. ahahahah. VOU ME VINGAR DE VOCÊ MICK JAGGER! kk

Kah disse...

A ideia é ótima! Deve ser super divertido. Fiquei morrendo de vontade! Quando é que vai ter uma assim em Maringá?

Jana disse...

aaaaaaai luh, também amei essa festa! já tinha ouvido falar do clube do silêncio, mas fazia tantotanto tempo (e é algo tão distante da realidade fortalezense) que acabei esquecendo. é demais!

a título de curiosidade: também ganho a noite com as músicas de sempre! hahahaha kids e dog days sempre great :) em geral me derreto com d.a.n.c.e, bizarre love triangle, kiss with a fist e lizstomania (nunca me canso...).

Luiza disse...

Aaaaai, acho essas festas geniais!! Fui em uma faz um tempinho e putz, foi tão divertido! O mais bizarro era tirar às vezes o fone e olhar aquela pista cheia de gente dançando sem nenhuma música ambiente...haha

Tary ♥ disse...

Nossa, achei fantástica essa festa! Também quero ir a uma assim, mas aqui em Campo Grande... Deve ter sido mesmo muito divertido! Beijo, Luh :*

Joana disse...

Posso dizer que acho esse tipo de festa sem graça? Para mim, a graça de festas sempre foi ir até um lugar onde todo mundo canta, dança e curte a mesma música que você em alto e bom som... A gente dança, grita e se descabela e todo mundo faz igual. Nesse tipo de festa isso não acontece e para mim, perde a graça.

Anna Vitória disse...

ai, que divertido!
Mas eu ia ficar super desnorteada com uma coisa dessas, se bem que você disse que as pessoas se empolgam, cantam, e tal. Porque eu sou desses que empolga, canta e tal e iria morrer de vergonha de sair gritando uma coisa que os outros estariam totalmente alheios.
Ai que vontade de ir pra lugar onde tem festa boa com música boa. Aqui tem só tuntz-tuntz e Lady Gaga! :(