3.7.11

Sobre a não-Cachaça, um cover de Beatles e falta de luz

Congresso em Sampa, assunto para outro dia, estava cansada da viagem de ônibus, na noite seguinte de ter ficado até 3h terminando um artigo para a faculdade e resolvi acompanhar o grupo para badalar sexta à noite. Passeio pela Paulista e Augusta, fomos para o Studio SP assistir a um show do Vanguart com covers dos Beatles. Estava tipo UAU vou ver Hélio Flandres de novo nessa vida, porque passei a gostar ainda mais deles depois do show que fui em Floripa e meus amigos se empolgaram porque um era cuiabano (cidade da banda) e o resto gostava muito dos Beatles.

Chegamos cedo e esperamos a casa encher, o que deu tempo para analisar todos os desenhos interessantes das paredes estilo galpão e escutar milhares de músicas alternativas demais até para estudantes de jornalismo. Veio uma Amy Winehouse perdida e, logo depois, She & Him com In the sun. Demorou muito para chegar ao nosso nível alternativo, quando dançamos um pouco e logo o show começou. Logo nada, que atrasou quase duas horas. Não dá nem para esboçar uma ordem do repertório depois daquelas cervejas caríssimas e da quantidade de informação que absorvi nos três dias de congresso sobre jornalismo investigativo. Sei que Can't buy me love tocou no começo seguida por outras músicas dançantes. Também ouvi Hey Jude, Come together, And I love her e o resto é realmente difícil de lembrar.

Sair em Sampa foi interessante e tudo, mas não contava com a má educação dos paulistanos. Uma coisa é uma desavisada pisar em você com aquele salto fino, outra é um marmanjo de 1,90 te empurrar para ficar bem na sua frente durante o show. Sem contar as pessoas que insistiam em fumar ali dentro e a falta de seguranças que, se estavam ali perto, não faziam nada. Mas não vi nenhum deles perto de mim.

Voltando ao Flandres, Reginaldo-bota-chifre-em-rede-nacional e guitarrista estranho, o show foi divertido, tirando a bola que o vocalista dava para os bêbados idiotas que insistiam em subir no palco. E a participação também da tal Bluebel (who???), uma horrorosa que estragou todas as músicas que cantou e, no final, teve seu microfone desligado porque até o cara do som percebeu que ela não deveria estar ali. Confesso que queria pelo menos uma musiquinha deles, de preferência Para abrir os olhos ou a símbolo Cachaça. Principalmente porque eles anunciaram que vão lançar disco novo em breve. Músicas que ouvi em Floripa nunca mais.

Tava tudo muito Vang Beats, mesmo com o gordo-alto-bêbado-que-foi-um-dos-que-fumou se balançando de um lado pro outro e esbarrando no maior número de pessoas que conseguia, até que a banda voltou para o bis e o microfone parou de funcionar. Depois de muita reclamação, ok, entendemos que não o som não ia voltar e estávamos conformados em ir logo embora. Só que aí faltou luz em tudo. Resumo da ópera: todos corremos para a fila, o segurança me barrou de acompanhar três dos meus amigos e tive que ir pagar em outro lugar. Depois de muita espera e confusão de bêbado, esses três amigos saíram sem pagar porque o sistema da comanda dali não tinha voltado. Eu e outros dois pagamos. Chegamos no hotel às 5h (sem ouvir que são cinco e meia da manhã e eu vou sair pra talvez te encontrar) e duas horas depois acordados para arrumar as malas e assistir a primeira palestra do sábado. Bom dia.

4 comentários:

Anônimo disse...

Já fui em um show do Vanguart, cuja sonoridade estava péssima e o microfone funcionava aos poucos. O show do Vanguart foi o primeiro da noite, mas eu estava lá para ver o Moveis Coloniais de Acaju. A galerinha fumando, benendo e fazendo bagunça não foi legal, muita gente se afastou da pista.
A Blubell canta na abertura do seriado global Aline. No disco, ela funciona. Nunca vi em show. Mas tem voz de cantora funkeira mesmo. Tá no ritmo errado.
Beijos.

Carlos Massari disse...

são paulo é um caso à parte, você precisa se acostumar com ela pra ela se acostumar com você. mas é quase que um mundo diferenciado.

Anna Vitória disse...

Tenho um certo trauma da Augusta, o dia que fui lá estava parecendo um formigueiro de hipster, tudo lotado cheirando a maconha, aquela beleza.
Mesmo com a falta de som, os bêbados esbarrando, a luz que sumiu e tudo mais.... invejinha de você, que viu meu Flanders lindo, DE NOVO!
hihihi
beijo

Joana disse...

E essas aventuras (convenhamos: foi uma aventura, certo?) são as melhores coisas da época em que estamos na faculdade. Viagem para palestras e congressos com os amigos, festinhas, barzinhos... No final, a gente esquece as coisas ruins e guarda os bons momentos :)