21.6.08

Bumba-meu-boi

Mês de junho, época de São João. A TV local só mostra os arraiais da cidade (que não são poucos) e mesmo aqueles que não gostam, vão porque São Luís nunca tem muita opção de lazer mesmo.

Quando eu era criança, participava sempre do arraial da minha escolinha. Lembro que no último (quarta série) eu dancei quatro vezes na mesma noite (quadrilha, xaxado, dança country e alguma outra. Sei que não foi boi). Mas aí eu mudei para minha escola atual que não tem festa junina. Não para os alunos do ensino fundamental para frente. Então eu parei de dançar quadrilha, de ir a arraiais com mamãe e cheguei ao ponto de não gostar mais de São João. Tirando o mingau de milho, confesso.

Outro dia, na aula de inglês, a professora (que é australiana e mora aqui há menos de um ano) falou que estava ansiosa para assistir a uma apresentação de bumba-meu-boi e perguntou se algum dos alunos sabia a história que era contada na dança. Nenhum de nós sabia. Quer dizer, sabíamos que era algo relacionado com uma grávida que teve o desejo de comer a língua de um boi. Pensei, então, que eu andava muito alienada e corri para o querido google quando cheguei em casa.

Pai Chico trabalhava em uma fazenda e morava lá com sua esposa, Catirina. Ela fica grávida e deseja comer a língua de um boi de raça que era muito bonito e querido por todos. De tanto encher a paciência do marido, Pai Chico rouba e mata o boi e dá a língua dele para a mulher. Enquanto isso, o fazendeiro percebe o sumiço do novilho e manda que os vaqueiros o procurem. Os inúteis não encontram e pedem ajuda aos índios que finalmente acham o ladrãozinho. Curandeiros fazem o boi ressuscitar, o fazendeiro perdoa Chico e tudo acaba em festa (com o boi dançando alegremente).

p.s.: Daqui para o fim do ano eu conheço toda a cultura maranhense!
p.p.s.: Esse nem é o marcador certo, mas não tinha como escolher outro! haha.

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