Logo no início percebi que a linguagem não era fácil. Mas, além disso, havia algo estranho. A história não parecia contínua, os parágrafos não se encaixavam. Pensei que o problema era comigo, estava desacostumada a ler livros antigos (esse foi publicado em 1888). Li bem devagar e só fui terminá-lo nas férias de julho. Corri para o Google para ler resumos, ver se eu o entendia melhor. Percebi, então, que muitos fatos não apareceram na edição comprada pela minha amiga. Num site de livraria, descobri que O Ateneu tinha, em média, 190 páginas. E o que eu li não tinha nem metade!
Comprei, então, a edição da Coleção Grandes Leituras (que eu já conhecia de um outro livro) para não correr riscos. Logo que ele chegou aqui em casa, comecei a ler. Não sei se eu me traumatizei, se criei um bloqueio. Só sei que esse ele chegou no meio de julho e eu só o terminei hoje! Não é um livro ruim, mas depois de toda essa novela não tem como amar. É conhecido por Crônica de Saudades, porque a história é narrada pelo personagem principal já adulto que conta sua passagem por um famoso colégio interno quando era mais novo. Não se encaixa em um único movimento literário, tendo características impressionistas, realistas, naturalistas e expressionistas.
Realmente espero que, no futuro, eu resolva reler O Ateneu e goste. Assim como aconteceu com O Morro dos Ventos Uivantes e Helena (sim, a de Machado de Assis).
p.s.: Há uns vinte anos, existia um colégio com esse nome aqui em São Luís. Meu padrasto até deu aula lá!
Nenhum comentário:
Postar um comentário