(Parte VI - 1988)
No final de 1987, Rosinha foi apresentada a um rapaz chamado Luiz. Ele era amigo de Francisco que, por sua vez, era namorado de Anna Paula, amiga de faculdade de Rosinha. Na verdade, a jovem de olhos verdes já não era chamada de Rosinha, exceto por alguns poucos familiares. Ela era conhecida por Rosa ou pelo nome: Rosângela.
Quando completavam um mês de namoro, Luiz, que já tinha vinte e oito anos, levou Rosa para jantar em um famoso e caro restaurante da ilha. Depois que fizeram os pedidos, ele falou com sua constante falta de jeito com as palavras:
- Rosa, eu quero me casar contigo.
- Pára com isso, Luiz. Não tô pra brincadeiras hoje. - respondeu, rindo.
- Mas eu não tô brincando.
Rosinha percebeu que, de fato, aquilo não era uma brincadeira e disse:
- Eu não vou me casar contigo agora, mas vamos ficar noivos. Daqui a um ano, a gente casa.
O ano passou e, como prometido, Rosa, com vinte e dois anos, casou com Luiz no dia 23 de janeiro de 1988. Fábio foi convidado e compareceu ao casamento. Foi a última vez que se viram até dezenove anos depois.
[...]
Rosa teve sua primeira filha, Janaína, em 1989 e a segunda, Andréia, dois anos depois. Separou-se de Luiz com seis anos de casada, quando Andréia tinha apenas três anos. Outros homens passaram por sua vida. Alguns foram importantes e marcaram a memória de suas filhas, outros nem chegaram a morar em sua casa. Luiz mostrou-se irresponsável desde o início e depois se mostrou um pai ausente para com as filhas. Com o tempo, mal pagava a pensão estabelecida pelo juíz e passava grandes períodos de tempo sem dar notícia. Ainda bem que Rosângela sempre foi uma mulher forte, soube criar muito bem as meninas. Luiz casou-se novamente, teve outros dois filhos. Dessa vez, dois meninos. Depois do divórcio, aconteceu a mesma coisa: pai ausente que não paga nem mesmo a pensão.
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